«Sociedade Futura
A partir da segunda
metade do século XIX e especialmente nos anos do século XX que
antecederam a implantação do regime republicano em Portugal, assistiu-se
aqui à crescente edição, direcção e divulgação da imprensa periódica
feminina e feminista. A revista Sociedade Futura participou
neste processo editorial, concretizando o sonho há tempos acalentado
pela sua fundadora Maria Olga de Moraes Sarmento da Silveira que o
marido Manuel João da Silveira, médico naval, tornou possível. Como
confidenciou nas Memórias publicadas nos finais da vida o facto
de uma mulher fundar uma revista “traduzia não só ousadia
inacreditável, como perigosa ameaça de emancipação”. Desde a primeira
hora, a fundadora teve, pois, consciência das reacções que a sua
iniciativa editorial iria provocar, mas isso não a levou a abdicar de um
ideal que, no seu entender, se projectava no tempo, dando à publicação
nome de Sociedade Futura. Isto significa igualmente que
acreditava no carácter transformador da imprensa, nomeadamente da
imprensa periódica especializada. (...)». Continue a ler.
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