quarta-feira, 31 de agosto de 2022
FESTA DO AVANTE! 2022 | no «Pavilhão da Mulher» há debates
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
domingo, 28 de agosto de 2022
FILME |«LIBERTAD»
sinopse
«Primeira e premiada obra de Clara Roquet, estreada em Cannes na Semana da Crítica, esta deslumbrante crónica adolescente da passagem à idade adulta num Verão na costa da Catalunha, é, como escreveu o El País, “uma explosão de descobertas e rebeldia”, intensa, calorosa e sensível, comovedora, e de uma sinceridade profunda. A Libertad que chega da Colômbia onde vivia com a avó, e que dá o título ao filme, irrompe pela vida de Nora, filha de uma família catalã burguesa em férias, para quem a sua mãe trabalhava. Pode a amizade entre as duas ultrapassar as barreiras de classes? Pode o olhar adolescente, utópico e naïve de Nora mudar o comportamento dos adultos à sua volta?
Esta sátira social dissonante é também uma experiência dos sentidos, quando o filme se deixa ir, embalado pelo magnetismo dos corpos adolescentes à beira do mar, atingidos pelo despertar irremediável do desejo. Um dos grandes filmes espanhóis do ano!». Daqui.
O Ípsilon dá-lhe cobertura (se puder não perca a entrevista à realizadora) - Clara Roquet: “A Espanha é um país muito racista e classista"
sexta-feira, 26 de agosto de 2022
«Foi a única mulher entre os que conceberam a Academia Brasileira de Letras, mas nunca chegou a sentar-se na cadeira dos “imortais” por ser mulher. Liberal, revolucionária, abolicionista, defensora dos direitos femininos, Júlia Lopes de Almeida escreveu pelos menos um romance imperdível: A Falência»
Sinopse
«Os senhores romancistas não perdoam às mulheres; fazem-nas responsáveis por tudo — como se não pagássemos caro a felicidade que fruímos!»
Francisco Teodoro é um homem ambicioso à frente de um florescente negócio de exportação de café. Na busca de protagonizar um quadro social ideal, casa com a bela Camila, jovem de origens humildes, para com ela constituir família. Com o passar dos anos, a paixão de Teodoro continuará a ser o dinheiro; a de Camila, o dr. Gervásio. Acomodada ao conforto que o marido lhe providencia, mas totalmente alheia aos negócios do mesmo, é apanhada de surpresa, quando, num revés do destino, a fortuna se eclipsa.
Considerado um dos romances brasileiros mais emblemáticos do final do século XIX, A Falência expõe a decadência económica e moral de uma burguesia urbana hipócrita, dominada pelo machismo e incapaz de superar a sua dependência das estruturas esclavagistas que acabavam de ser abolidas. Uma obra lúcida e sagaz de Júlia Lopes de Almeida, ícone do modernismo brasileiro.
Introdução de Alva Martinez Teixeiro - Saiba mais.
quarta-feira, 24 de agosto de 2022
VOLTEMOS À «FEMINIST LIBRARY»
We are delighted to share with you a series of interviews with feminist artists, creatives, writers and activists, created for the Feminist Library Youtube channel. We'd like to thank Shanelle Callaghan and the volunteers involved in this project.
In Episode 1 (above), Sánchez Benítez talks with The Feminist Library about the role tech companies play in oppressing systematically excluded communities, and how big tech contributes to the many crises we face today, most notably the climate crisis. She shares her vision for the future of AI and explains the urgent need to reimagine the use of technology for mutual, collective, and common enjoyment.
The full series can be seen here».
terça-feira, 23 de agosto de 2022
segunda-feira, 22 de agosto de 2022
SONIA PURNELL |«Uma Mulher Sem Importância»
Virginia Hall a socialite americana que ajudou a ganhar a Segunda Guerra Mundial, está envolta no esquecimento, apesar dos seus atos heroicos.
Nesta biografia sem precedentes e minuciosamente pesquisada, a autora traz à luz do dia uma das maiores heroínas de sempre desta época negra da História mundial.
Um livro que ressalva a importância da responsabilidade, perseverança, desenvoltura, lealdade, da nossa história e o respeito por todos os seres humanos.
Virginia foi a primeira mulher civil condecorada com a Distinguished Service Cross, em setembro de 1945.
Em 1942, a Gestapo enviou uma transmissão urgente: «Ela é a mais perigosa de todas as espias aliadas. Temos de a encontrar e destruí-la.». O alvo era Virginia Hall, uma socialite americana que conseguira entrar para o Special Operations Executive, a organização de espionagem chamada de «Ministério da Guerra Não Cavalheiresca», de Winston Churchill.
Apesar de ter uma prótese de madeira na perna esquerda, Virginia foi a primeira mulher aliada a ser enviada para trás das linhas inimigas, ajudando a acender a chama da Resistência Francesa.
Virginia estabeleceu uma vasta rede de espiões por toda a França, organizou a chegada de armas e explosivos, dinamitou pontes, libertou prisioneiros, tornando-se num elemento central da Resistência. Embora o seu rosto surgisse em cartazes e tivesse a cabeça a prémio, Virginia recusou sistematicamente a ordem de evacuação.
Acabaria por escapar, depois de revelado o seu disfarce, numa arrojada e perigosa viagem a pé através dos Pirenéus, em direção a Espanha. Mas regressaria determinada a salvar mais vidas, conduzindo uma campanha de guerrilha vitoriosa e libertando dos nazis áreas de França já depois do Dia D».
«CAN GENDER EQUALITY BE SAVED?|The pandemic has wiped out decades of progress toward gender equality, with the most vulnerable groups – such as displaced women and girls – being hit the hardest. Young women and girls continue to fight for their rights, but they cannot overcome the powerful forces working against them alone»
domingo, 21 de agosto de 2022
sábado, 20 de agosto de 2022
GEOFFROY DE LAGASNERIE | «O Meu Corpo, Este Desejo, Esta Lei – Reflexões Sobre a Política da Sexualidade»
Descrição
«E se precisássemos de nos apoiar em princípios completamente diferentes para pensar a sexualidade e a luta contra as violências sexuais nos dias de hoje?
É o que nos propõe Geoffroy de Lagasnerie neste texto que tem por objectivo transformar o espaço de discussão sobre as principais questões da política da sexualidade: a dominação, o consentimento, as zonas cinzentas, a influência, a impunidade, a perspectiva das vítimas.
Um livro que lança as bases de uma concepção renovada, pluralista, libertadora e não repressiva do corpo, do desejo e da lei.»*O livro é a versão desenvolvida de uma conferência proferida por ocasião de colóquio «Édouard Louis: Escrever a violência», ocorrido na Cidade Universitária de Paris, a 19 de Junho de 2021.
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Hoje no Público /Ípsilon uma entrevista ao autor e se puder a não perder:
um excerto:
sexta-feira, 19 de agosto de 2022
«Roupas de mais de 100 vítimas de abusos sexuais em exposição na ONU»
quarta-feira, 17 de agosto de 2022
«Somos Diversas: empoderando mulheres cineastas pertencentes a grupos minoritários de sete países da América Latina»
«A partir do próximo mês de setembro, vai ter início o projeto “Somos Diversas: empoderando mulheres cineastas pertencentes a grupos minoritários de sete países da América Latina”. Promovido pela Federación Iberoamericana de Academias de Artes y Ciencias Cinematográficas (FIACINE), este projeto vai decorrer em sete países da América Latina – Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México e República Dominicana -, e conta com o financiamento do Fundo Internacional para a Diversidade Cultural (FIDC) da UNESCO.
Segundo María Fernanda Céspedes, diretora-geral da FIACINE, o projeto “procura identificar os grupos de mulheres cineastas pertencentes a minorias indígenas, afro, LGBTIQ+, migrantes e cisgénero que atuam no setor audiovisual na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala, México e República Dominicana, bem como as suas necessidades em termos de formação e emprego”.
Esta iniciativa vai realizar-se em diferentes etapas, primeiro através de um censo com um questionário que cada uma das Academias de Artes e Ciências Cinematográficas dos sete países em questão realizará junto da indústria de audiovisual. Depois destes, vão decorrer pesquisas específicas que permitam identificar as necessidades de formação e recursos humanos destes grupos. A última etapa consistirá em oficinas e fóruns para promover a criação de redes entre os grupos identificados nos diferentes países. (...)».Continue a ler.
terça-feira, 16 de agosto de 2022
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Mulheres no Festival de Teatro de Setúbal
Veja o Programa do Festival na integra
Sobre o Festival de Teatro de Setúbal podemos ler de JOÃO CARNEIRO no semanário Expresso desta semana - excerto: «(...) O festival abre com um espetáculo de canções, pelos Delamotta — João e Gonçalo Mota (CCJ — Claustros dos Conventos de Jesus, quinta). Mas abre, também, no mesmo dia, com “Mulheres Móveis”, um espetáculo com dramaturgia e encenação de Fernando Moreira; tem a ver com memórias, com testemunhos, com atividades concretas de um grupo de pessoas, num dado momento. Eram mulheres que, no concelho de Paredes, transportavam móveis à cabeça. Mobiliário. Ninguém fala destas coisas, ninguém pensa que falar de mesas, cadeiras, armários e afins tenha a ver, também, com uma maneira de transportar essas coisas, da maneira mais elementar. Com muito esforço, e com pouco proveito. “Mulheres Móveis”, um título quase literal, é um espetáculo de teatro documental. Mas não é só isso. No texto que integra a apresentação do espetáculo, é utilizada a expressão “a pobreza ajuda à fantasia”; é uma expressão que só pode ser usada por quem tem da pobreza uma visão crítica, evidentemente; não se trata de fazer a apologia da desgraça. Mas trata-se, sim, de acrescentar a “fantasia”, no melhor sentido da palavra, a uma pobreza que, além de documento, é transfigurada pela arte, e, muito particularmente, pelas palavras de Tonino Guerra, o grande escritor italiano (FMLT — Fórum Municipal Luísa Todi, quinta). Há outros espetáculos de carácter mais ou menos documental; políticos, no sentido de uma noção alargada do termo “político”. “Heroínas Sem Nomes”, do Grupo Teatral Damba Maria, que lida com o papel das mulheres no processo de pacificação em Angola, através da criação de três personagens emblemáticas — Angola da Paz, Angola das Dores e Angola Corrupta (ESSG — Escola Secundária Sebastião da Gama, dia 19); “Efeito Berbereta”, de Inês Marques e Joana Brito Silva, que encena questões de género e de organização ideológica das relações de parentalidade (ESSG, 24); “Noite”, de Carla Madeira, que convoca narrativas de carácter biográfico para mostrar a génese da intolerância, quer na família quer em grupos sociais alargados (ESSG, 26). (...)».
domingo, 14 de agosto de 2022
SUZANNE LACY | «she developed a social practice that reconfigured the parameters of performance art, centering her work on large-scale, long-term community projects focused on themes of violence against women, poverty, racism and more»
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
«Chalana é o símbolo de um tempo em que os jogadores tinham liberdade de falar sem autorização de clubes ou de empresários, e até as mulheres dos craques comentavam treinadores, táticas e tudo o resto, sem prejuízo da qualidade dos jogos, como foi recordado a propósito de Anabela, mulher do futebolista do Benfica desaparecido»
quinta-feira, 11 de agosto de 2022
Obras Completas de Maria Ondina Braga
A obra de Maria Ondina Braga encontrava-se ”há muito esgotada no mercado editorial português”, escreve a IN, no comunicado divulgado, adiantando que a sua produção literária será publicada em sete volumes, sob a coordenação dos professores Isabel Cristina Mateus e Cândido Oliveira Martins, e contará também com “a colaboração de estudiosos da obra da escritora, de várias universidades internacionais”.
Cândido Oliveira Martins, especialista em Teoria da Literatura, é o editor responsável pelo primeiro volume, que “permite ao leitor contemporâneo ‘descobrir a escritora mais cosmopolita da literatura em língua portuguesa do século XX’", detentora de "um percurso multicultural único e uma voz pioneira na afirmação de uma escrita no feminino, anterior à sua polémica irrupção nas vésperas de Abril”. (...)». Continue a ler.
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
Exposição «Constelação Clarice»
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
PAULA DE SOUSA LIMA | «Os Velhos»
«Nutrindo-se de existências (mais ou menos) comuns, “Os Velhos”, no entanto, proporcionam a experiência invulgar e do excessivo, porque do romance emana a “nudez crua da verdade”. É essa verdade que, dando mote às páginas do livro, se insinua no leitor e o faz compadecer-se das vidas que são erigidas e que acompanhamos em diversas fases, com destaque para a velhice. Dos habitantes de um lar da terceira idade, todos vergados à sua condição de tristeza, solidão e desesperança, destacam-se, ao longo da obra, Maria de Fátima, Ernestina dos Anjos e Bernardo Augusto, cujas vidas são objecto de estudo. No lar, já em idade vetusta, estas (e outras) personagens encontram o reverso do que devia significar a palavra lar. Sós, embora o espaço seja o de muitos homens e mulheres, desencantados, esquecidos da vida, perdidos da esperança, as personagens só têm praticamente existência de que o lar de idosos é a última fase do que foi a vida, fase esta de abandono, embora, aparentemente, nada lhes falte – faltam flores e Sol e risos e amor. A par do presente das personagens referidas, há um recuo ao seu passado. Dos nossos dias, passa-se para os anos trinta, quarenta, cinquenta, sessenta, setenta do século XX. Maria de Fátima é a personagem em que representa a mulher típica dos anos acima enunciados, resistente no seu papel de filha, esposa e mãe. Ernestina dos Anjos é uma mulher marcada, desde o nascimento, pela desdita, sendo, quando adulta, vítima das forças mais brutais de violência doméstica. Bernardo Augusto é um idealista, que luta contra o Estado Novo e é dele vítima. Encontramo-nos, assim, perante a diversidade do humano. Mais relevante, porém, é a ambiência do presente, no lar da terceira idade, para onde os velhos vão porque são incómodos ou por não terem outra opção e onde perdem a noção de tempo, pois cada dia é igual ao anterior e esquecem a esperança e a alegria. “Os Velhos” são um romance que se configura como um retrato dos nossos dias, descritos com crueza e força de linguagem, em que o tempo é demasiado precioso para se ‘desperdiçar’ com quem já, supostamente, nada tem para oferecer. Embora o narrador faça abundantes comentários, não há, moralismos nas páginas do livro – estes ficam a cargo do leitor.