sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

MARIA ONDINA BRAGA |o ano do centenário do seu nascimento

 


«No dia 13 de janeiro de 2022 completaram-se 100 anos sobre a data de nascimento da escritora bracarense Maria Ondina Braga. Até 13 de janeiro de 2023, é uma ocasião privilegiada para se proceder à celebração do I Centenário do Nascimento da escritora. Neste espírito, e congregando várias entidades e parceiros institucionais, elaborou-se um programa de atividades em torno da ativa promoção do conhecimento da sua vida e obra, em vários níveis de intervenção e tendo como alvo públicos diversificados.


Nascida em Braga, a escritora Maria Ondina Braga tornou-se uma cidadã do mundo, face à sua vocação cosmopolita, viajando e trabalhando em vários continentes e países – da Europa (França, Inglaterra), passando pelo Brasil, por Angola e por Goa, com destaque para Macau e para a China. A sua obra multifacetada (contos, romances, crónicas, memórias) mostra-se profundamente marcada pela congenial vocação para a viagem e para o diálogo intercultural.


As mais recentes publicações de estudos críticos sobre a obra de Maria Ondina Braga demonstram cabalmente que a sua escrita atrai a atenção ensaística de investigadores de vários países – Europa (França, Inglaterra, Itália, etc.), Brasil, EUA, Macau e China. Esta forma de receção crítica é um sinal eloquente de que a obra da escritora nascida em Braga se tornou motivo de interesse à escala global.


Por outro lado, as diferentes temáticas abordadas, da viagem e multiculturalidade ao silêncio das mulheres diagnosticado à escala global, da memória ao registo etnográfico, antropológico ou ecológico ou ecocrítico, passando pelas histórias e segredos ou ainda pelas biografias de outras mulheres escritoras, “suas companheiras de solidão”, como Virginia Woolf, as irmãs Brontë, Jane Austen, Selma Lagerlöf, Sei Shonagon, Katherine Mansfield, Irene Lisboa, Ana Plácido, Rosalía de Castro, Carson Mc Cullers ou Anaïs Nin, para citar apenas algumas delas, confirmam a amplitude temática de uma escrita que não se confina a um género ou a um registo autobiográfico e parece ganhar nos dias de hoje uma renovada e acutilante atualidade». Saiba mais



Hoje no Theatro Circo de Braga a assinalar a data «EU VIM PARA VER A TERRA»: «“Eu Vim Para Ver a Terra: viagens com Maria Ondina Braga” é um evento performativo e interartístico concebido no âmbito das Comemorações do Centenário da escritora portuguesa mais cosmopolita do século XX, nascida em Braga, a 13 de Janeiro de 1922.
Através do diálogo entre a palavra de Maria Ondina Braga com os sons do piano de Luís Pipa, a pipa de Lu Yanan, as atmosferas luminosas de Mariana Figueroa e as imagens contruídas em tempo real pelo artista plástico João Alexandrino (JAS), o espetador é convidado a viajar por diferentes geografias, culturas, ambientes, emoções e sonoridades, acompanhando a escritora no seu percurso pelo mundo. (...)». Continue a ler.




E a não perder na TSF: «Se o centenário do nascimento de Maria Ondina Braga (cuja programação termina esta noite com um espectáculo na sala principal do Theatro Circo) te passou ao lado, por inconseguimento teu (perdoa que use um palavrão ontem novamente retirado do baú), podes compensar a perda que a ti mesmo infligiste, visitando um destes dias o espaço tão delicado, de uma densidade subtil, que lhe foi dedicado no jardim do museu Nogueira da Silva, em Braga.

Ali encontrarás alguns objectos do seu uso quotidiano, e sentirás o aconchego de um espaço pensado também para a leitura.

Se és do digital, arquiva esta: os teus dedos podem alcançar num toque suave, o espólio de Maria Ondina. Muitos dias têm cem anos, mais velozes passaram os do centenário que a escritora pretendia adiar por uma década. (...)». Ouça aqui.

Ainda, lembremos o post:Obras Completas de Maria Ondina Braga .



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