quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

«SAM» | faria hoje 100 anos |O MUSEU RAFAEL BORDALO PINHEIRO INAUGURA EXPOSIÇÃO SOBRE A OBRA DO ARTISTA | E HÁ CONVERSA ...





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Do site da Rádio Renascença:

«SAM nasceu há 100 anos. Obra do cartoonista reunida em exposição em Lisboa

31 jan, 2024 - 08:51 • Lusa

Samuel Torres de Carvalho nasceu em Lisboa em 31 de janeiro de 1924. Engenheiro de formação e profissão, aos 44 anos passou a dedicar-se às artes gráficas e plásticas, assinando como SAM (...)». Leia mais.

De lá: «(...)Há na obra plástica personagens que vêm do cartoon. E depois encontramos na obra gráfica objetos que vêm da obra plástica, como a série das cadeiras”, referiu.
Além das cadeiras, SAM dedicou séries a objetos como bules, torneiras, enxadas ou funis. O artista pegava em objetos funcionais e transformava-os em objetos artísticos ou decorativos. “Pegava num bule e criava cem, entre os quais um bule com buracos, outro que verte ao contrário”, recordou Laura Torres de Carvalho. (...)».
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

«The sixty-eighth session of the Commission on the Status of Women will take place from 11 to 22 March 2024»


 


«Themes

  • Priority theme: Accelerating the achievement of gender equality and the empowerment of all women and girls by addressing poverty and strengthening institutions and financing with a gender perspective
  • Review theme: Social protection systems, access to public services and sustainable infrastructure for gender equality and the empowerment of women and girls (agreed conclusions of the sixty-third session)».




domingo, 28 de janeiro de 2024

MULHERES EM DESTAQUE | Kapwani Kiwanga | EM SERRALVES

 



e da Wikipedia: «Kapwani Kiwanga é um artista canadense que trabalha em Paris, França. Seu trabalho é conhecido por lidar com questões de colonialismo, gênero e diáspora africana».

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doutra exposição




sábado, 27 de janeiro de 2024

«QUATRO POEMAS PARA RECORDAR O HOLOCAUSTO»

 


De lá:

Neste Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, num ano em que a lembrança desta tragédia é mais urgente que nunca, honramos a memória daqueles que perderam a vida nesta que é ainda uma ferida aberta na consciência global. Primeiro, com dois poemas que ficaram para sempre associados a esta página negra da História, da autoria do autor italiano Primo Levi, um dos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, e do pastor luterano Martin Niemöller. Por fim, com dois poemas menos conhecidos da autoria do português António Gedeão e do brasileiro Vinicius de Moraes. Os quatro, verdadeiras testemunhas de que, tal como Pablo Neruda suspeitava, “a poesia tem comunicação secreta com o sofrimento do homem”.

Primeiro eles vieram buscar os…., de Martin Niemöller

Quando os nazis vieram buscar os comunistas,
eu fiquei em silêncio;
eu não era comunista.

Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu fiquei em silêncio;
eu não era um social-democrata.

Quando eles vieram buscar os sindicalistas,
eu não disse nada;
eu não era um sindicalista.

Quando eles vieram buscar os judeus
eu fiquei em silêncio;
eu não era um judeu.

Quando eles me vieram buscar,
já não havia ninguém que pudesse protestar.





sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

DA PROGRAMAÇÃO DE SERRALVES 2024 | extensa retrospectiva da artista japonesa Yayoi Kusama de 94 anos | e «Homem com M Grande» do coreógrafo João Fiadeiro que a propósito lembra a mãe Maria Antónia Fiadeiro

 



Sobre a Programação de Serralves para 2024, a partir do jornal Público este excerto:

«(...) Kusama entre Março e Outubro

Depois de um ano de 2023 em que Serralves bateu o seu recorde de visitantes, com quase um milhão e 150 mil visitantes, contando apenas as actividades promovidas dentro de portas, a exposição de Yayoi Kusama é uma aposta segura para manter o número de entradas em alta. Conhecida pela sua obsessão com bolas e pontos, a artista japonesa é, aos 94 anos, um dos nomes mais populares e influentes da arte contemporânea.

Esta retrospectiva em Serralves, que estará patente entre Março e Outubro, incluirá mais de 200 obras, que abarcam todo o singular percurso de Yayoi Kusama, desde os desenhos que realizou na adolescência, em plena Segunda Guerra Mundial, passando por pinturas e esculturas, até às suas instalações imersivas de grande escala, que prometem alterar a perspectiva de quem se passear pelo Parque de Serralves. (...)». Saiba mais sobre Yayoi Kusama



Continuando com o jornal Público: «(...) E Homem com M Grande, do coreógrafo João Fiadeiro, integrado na 10.ª edição do festival O Museu como Performance, resgata, a pretexto dos 50 anos do 25 de Abril, “o vai e vem entre a história colectiva de um país e as estórias pessoais de uma família que atravessou três continentes, dois fascismos, uma mulher e meia criança”. Quanto ao “M” do título, “é de mulher”, explica o coreógrafo, destacando, de tudo o que deve à sua mãe, ter aprendido a ser “menos homem”. (...)». Lembremos, a mãe: Maria Antónia Fiadeiro. Que saudades!



«PEQUENAS ÁFRICAS _ o Rio que o samba inventou»

 


«A publicação traz fotografias e documentos apresentados na exposição Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou, que reconstitui a cena cultural carioca no começo do século 20, quando comunidades de afrodescendentes criaram o samba urbano. A mostra, em cartaz no IMS Paulista de outubro de 2023 a abril de 2024, aborda as complexas redes de trabalho, solidariedade e espiritualidade construídas nesse período histórico, além de suas reverberações no presente, das escolas de samba aos terreiros e quintais.

O catálogo traz fotografias de documentos da época, matérias de jornais, fotografias de artistas presentes na exposição, além de ensaios dos quatro curadores. Angélica Ferrarez, Luiz Antonio Simas, Vinícius Natal e Ynaê Lopes dos Santos». Saiba mais.



 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

MARIA DA GRAÇA CARMONA E COSTA

 

recorte de artigo do Expresso de Alexandra Carita
 online de 23 jan 2024


Haverá quem não conheça Maria da Graça Carmona e Costa que acaba de nos deixar, mas foi uma mulher a quem se deve continuar a dar visibilidade porque ela foi isto:  «A paixão pela arte levou-a desde cedo a entrar nesse mundo. Abriu uma galeria, mas não lhe chegou. Resolveu então criar uma fundação para ajudar a arte e os artistas contemporâneos portugueses. Não havia artista que não a conhecesse. E ela também os conhecia a todos. No momento do desaparecimento de Maria da Graça Carmona e Costa, esta segunda-feira, aos 90 anos, recordamos a sua história, contada na primeira pessoa e pela primeira vez ao Expresso em 2018» - destaque do trabalho do semanário.

Do que mais escreve Alexandra Carita: «Não há artista que não a conheça. E ela também os conhece a todos. Maria da Graça Carmona e Costa é a última mecenas a tratar a arte como deve ser. Em dezembro de 2016 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Lisboa e viu o Salão Nobre dos Paços do Concelho a abarrotar de gente para a aplaudir. Comoveu-se. “Eram os artistas, os críticos, os representantes dos museus, toda a gente. Isto prova que há amor, há troca entre nós. É que na vida, também, se não se troca amor, não vale a pena.” Espontânea, genuína, sincera e generosa, Maria da Graça fala com o coração na boca, a sabedoria dos seus 85 anos a correr-lhe nas veias e a alegria de fazer o que gosta a estampar-se-lhe no sorriso. Há quase 50 anos que está ligada ao mundo da arte. Tudo aconteceu naturalmente. Mas foi em 1997 que criou com o marido — Vítor Carmona e Costa, neto do marechal Carmona — a Fundação Carmona e Costa, uma instituição privada, com o objetivo de “ajudar a arte contemporânea portuguesa”. “Levo os artistas até onde os posso levar e divulgo o trabalho deles.” Tem feito tudo o que pode. E mais faria se pudesse! E é aí, no Lote 1 da Rua Soeiro Pereira Gomes, em Lisboa, que desde 2005 tem vindo a expor a obra de grande parte dos artistas nacionais. Pedro Cabrita Reis, José Pedro Croft, Rui Chafes, João Queiroz, Jorge Queiroz, Maria Capelo, Jorge Martins, Rui Sanches, Francisco Tropa, Pedro H. Paixão, Rui Moreira, José de Guimarães... a lista é imensa. (...)». Se puder não perca o trabalho do Expresso.

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segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

MARIA LAMAS | na Gulbenkian e na Revista do semanário Expresso

 


Excerto do artigo de Cristina Margato:

«(...)Lembrar “As Mulheres do Meu País”, em qualquer época, é fundamental. É um marco na história da luta pelos direitos humanos, no qual o movimento feminista se inclui. É também um registo de uma rea­lidade dilacerante que Portugal superou em três gerações. Dá uma impressão vívida e única do que era a vida da população portuguesa no final da década de 40. Não apenas pelos textos de Maria Lamas, que até agora têm sido a parte mais valorizada do seu trabalho. Também pelas suas fotografias.

Vista até hoje como jornalista, feminista, escritora, Maria Lamas merece ser igualmente conhecida como fotógrafa. E é através dessa perspetiva que se apresenta agora o seu trabalho na exposição que se realiza na Fundação Calouste Gulbenkian, proposta e desenvolvida por Jorge Calado, especialista em fotografia e crítico do Expresso.

Jorge Calado conheceu a obra de Maria Lamas desde criança. Começou a lê-la assim aos 4 anos. Os pais dele, também de Torres Novas, como a família de Maria Lamas, eram amigos da jornalista e foram eles que lhe passaram os seus livros infantis e as suas traduções. O crítico tem ideia de que foi a jornalista que incentivou a mãe a ser professora primária, numa altura em que o analfabetismo atingia 70% da população feminina e 50% da masculina. (...)».

E do site da Fundação: 



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e uma boa ocasião para revisitarmos  posts em que falamos de Maria Lamas, direta   ou indiretamente - veja aqui. De lá:




domingo, 21 de janeiro de 2024

JOSÉ MAURO DE VASCONCELOS |«O Meu Pé de Laranja Lima» _ «Um livro que urge descobrir, ou reencontrar, e que é aclamado como um dos mais importantes livros juvenis em língua portuguesa»| E PARA NOSSA SORTE A ADAPTAÇÃO PARA TEATRO FAZ PARTE DA OFERTA DO TEATRO DOS ALOÉS

 




SINOPSE

Esta é a história comovente de Zezé, um menino de seis anos nascido no seio de uma família muito pobre. Zezé é inteligente, sensível e criativo, mas muito endiabrado. Carente do afeto que não encontra junto do pai e da mãe, mais preocupados em sobreviver a cada dia, o menino perde-se nas ruas, onde só lhe dá para inventar travessuras.
Tendo aprendido demasiado cedo a dor e a tristeza, Zezé acaba por usar o mundo da sua imaginação para fugir da realidade da vida: toma por confidente um pé de laranja lima, a que chama Xururuca e ao qual revela os seus sonhos e desejos. Será nesta fantasia que Zezé vai encontrar a alegria de viver e a força para vencer as suas adversidades. O Meu Pé de Laranja Lima é a obra maior de José Mauro de Vasconcelos, um dos grandes nomes da literatura brasileira. Um livro que urge descobrir, ou reencontrar, e que é aclamado como um dos mais importantes livros juvenis em língua portuguesa.

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Ontem e hoje o Teatro dos Aloés levou a peça ao Teatro Municipal Joaquim Benite como se pode ver acima. Estivemos lá. E daí nos termos lembrado de trazer o livro, uma vez mais,  para o Em Cada Rosto Igualdade. Há tanto tempo lido  pela primeira vez mas cuja magia nunca mais se esqueceu. Quem sabe, agora em obra teatral  aparece por aí noutro palco ... É ir ao site da companhia de vez em quando - aqui. A nosso ver, poderia fazer parte de uma DIGRESSÃO pelo País. Assim, como há LER + (ver imagem inicial) poderia haver TEATRO + . Apenas uma ideia... E não precisávamos de olhar a iniciativa como uma ODISSEIA  mas como algo «normal» ... No âmbito de um SERVIÇO PÚBLICO DE TEATRO. 

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Já agora, encontrado (quase sem procurar) na internet e que talvez interesse para um conhecimento enriquecido:






quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

«Closing the Women’s Health Gap: A $1 Trillion Opportunity to Improve Lives and Economies»

 


Disponível aqui


«(...)In this report, women’s health is defined as biological conditions and general health conditions that often affect women uniquely, differently or disproportionately. There are many efforts to improve women’s health globally; however, this report focuses on the economic implications of the women’s health gap and the business case for closing it. (...).



 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

«NEGRAS IMAGENS» | ebook disponibilizado gratuitamente pelo Instituto Moreira Salles

 




«Com o objetivo de difundir narrativas atualizadas pautadas em questões de raça e gênero, o IMS lançou o ebook Negras imagens − Formação a partir do acervo IMS.
A publicação reúne dez ensaios que analisam, a partir de um viés crítico, imagens de mulheres, crianças e homens negros presentes nos acervos de fotografia e iconografia do IMS, além de obras de autoria negra. Os textos são assinados por Alexandre Araujo Bispo, Ana Beatriz Almeida, Diane Lima, Ione da Silva Jovino, Janaina Damaceno, Juliana Barreto Farias, Mônica Cardim, Rafael Domingos Oliveira, Roberto Conduru e Vanicléia Silva Santos.
Nos ensaios, os autores e autoras desenvolvem temas que abordaram em um ciclo de encontros online, organizado pelo IMS em 2022, em diálogo com a exposição Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito. Nos textos, são evidenciadas narrativas pouco contadas, apontando possibilidades de construção de novos modos de interpretar a história afro-brasileira e o próprio conceito de patrimônio.
A publicação já está disponível para leitura e download gratuito no site. Acesse aqui».




FILME | «FOLHAS CAÍDAS» | Não há mil maneiras de o dizer: “Folhas Caídas” é o grande cinema, a grande arte, o grande filme indignado que nos enche os corações de ânimo e de esperança nestes anos 20 cinzentões que estamos a atravessar | DIZ O CRÍTICO FRANCISCO FERREIRAR

 



sinopse

Duas pessoas solitárias encontram-se por acaso na noite de Helsínquia e tentam encontrar o primeiro, único e último amor das suas vidas. Mas o caminho para atingir esse objectivo é cheio de obstáculos: o alcoolismo, números de telefone perdidos, não saberem o nome um do outro. E a tendência geral da vida em criar obstáculos no caminho daqueles que buscam a felicidade.Esta gentil tragicomédia é a quarta parte da trilogia da classe operária de Aki Kaurismäki (Shadows in Paradise, Ariel e The Match Factory Girl). Saiba mais.


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E  o trabalho de um critico no semanário Expresso:



Francisco Ferreira termina  a sua critica assim: «(...)Escrever sobre a felicidade de um filme como “Folhas Caídas” (o título vem de uma versão finlandesa de ‘Les Feuilles mortes’, canção escrita por Jacques Prévert, composta por Joseph Kosma, e imortalizada pela voz de Yves Montand) implica, uma vez mais, escrever-se sobre a honradez do olhar de um cineasta, uma pureza intacta que desconfia de tudo o que é naturalista e que prefere recriar, encenar verdadeiros heróis que nos vingam como já ninguém nos vinga das injustiças do mundo — seja pelo humor, seja pelo romantismo. Holappa e Ansa conquistaram qualquer coisa com a passagem destes anos em que Aki amadureceu. Talvez tenham aprendido que nesta batalha que é a vida, mais vale insistir do que resistir. Eles já não se suprimem por pancas obscuras. Já não dizem adeus à juventude por délicatesses rimbaudianas. Preferem adotar um cão. Percebem, apesar de tudo, que há quem esteja bem pior (os horrores da Ucrânia que saem do rádio de Ansa e que se tornam insuportáveis para ela). E é de certeza uma conquista que o cineasta finlandês que se ama tanto tenha chegado a um período da vida em que já pode terminar um filme como terminava o “Tempos Modernos” de Chaplin.

Não há mil maneiras de o dizer: “Folhas Caídas” é o grande cinema, a grande arte, o grande filme indignado que nos enche os corações de ânimo e de esperança nestes anos 20 cinzentões que estamos a atravessar».


terça-feira, 16 de janeiro de 2024

VIRGINIE DESPENTES | «Caro Idiota»

 


Sinopse

Da autora mais provocadora da literatura francesa, um romance atual sobre a violência das relações humanas.

Rebecca tem 50 anos, é uma atriz famosa e, embora se ache mais atraente do que nunca, começa a sentir na sua própria pele a discriminação da indústria cinematográfica. Oscar é um escritor só um pouco mais novo do que ela, cuja vida pessoal e carreira se encontram num caos ao descobrir-se no centro do mais recente escândalo MeToo. Zoé Katana, feminista e bloguista, é a jovem vítima que regressou do passado para finalmente ajustar contas com ele. 

Regresso aguardado e festejado de Virginie Despentes, Caro Idiota é um romance epistolar dos nossos tempos que aborda temas e episódios atuais, um livro de raiva e consolo sobre a violência das relações humanas.


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No semanário Expresso desta semana temos uma entrevista com Virginie Despentes, por Cristina Margato:



o destaque:

Aos 24 anos alcançou “fama instantânea”, em França, com um livro sobre a violação de que foi vítima. Ganhou relevo entre o movimento feminista, anos depois, ao publicar o ensaio “Teoria King Kong”. No novo romance, “Caro Idiota”, a escritora reflete sobre as nuances do #metoo
e Começa assim:

«Numa época em que grande parte das mulheres se convencia de que não precisava de embarcar em manifestos feministas, por acreditar que a luta estava ganha, pelo menos no Ocidente, Virginie Despentes fazia questão de lembrar que o feminino era também o “sexo do medo”. O movimento #metoo, e tudo o que este haveria de revelar, estava então bem distante, mas a escritora francesa transportava no corpo, desde a adolescência, a violação, a humilhação, o nojo. Com a publicação de “Baise-moi”, em 1993, descobriu que muitas outras mulheres, tal como ela, haviam sofrido o mesmo, e foi isso que a fez olhar para a base do icebergue. A violação, um “risco inerente à condição de mulheres” e à expressão da liberdade, correspondia a um trauma que, ao contrário de todos os outros, não era confessável, “não entrava na literatura”. “Baise-moi” e a universidade punk-rock, enquanto lugar onde aprendeu a quebrar os códigos estabelecidos, criou a escritora, mas também a pensadora que haveria de escrever o ensaio-manifesto feminista “Teoria King Kong”. Livro no qual Virginie Despentes deixou claro que o corpo da mulher nunca deixou de ser um lugar de violência e de construção de virilidade. Depois apareceu o thriller punk-rock “Vernon Subutex 1” e “Vernon Subutex 2”, finalistas do Booker Prize, levados a palco, por Thomas Ostermeier, na Schaubühne de Berlim, e uma série francesa de televisão, com o mesmo nome. Durante mais de dez anos partilhou a vida com Paul B. Preciado, outro grande teórico das questões de género, com quem colaborou em “Orlando”. Acaba de lançar “Caro Idiota”, um livro que já incorpora a visão #metoo e que é pretexto para esta conversa. (...)». Se puder não perca a entrevista na integra.



segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

GULBENKIAN | PROJETO «ARTE E OLHAR» |«procura reforçar, através do teatro, a integração e colaboração entre alunos surdos e ouvintes, num agrupamento de escolas de Braga»

 







EXPOSIÇÃO | «DESASSOSSEGO»| DE MARTA DE AGUIAR| «Não há mensagens subtis, mas antes uma sublime forma de contar a dor, a superação e o riso»

 



Do Jornal de Notícias:

«(...) Em “Desassossego”, exposição individual que Marta de Aguiar apresenta no Art Lab 24, em Espinho, até 17 de fevereiro, com curadoria de André Lemos Pinto e Paulo Moreira, a artista explora uma narrativa pessoal e íntima, vestida de erotismo e despida de hesitações. As cinco obras, conjuntos escultóricos de perceção instalativa como é seu hábito, ocupam paredes e chão da galeria, numa escala de observação que coloca ao espectador o desafio de sentir o que não consegue ocultar-se.
Não há mensagens subtis, mas antes uma sublime forma de contar a dor, a superação e o riso. A apropriação é tendência e a obra “Marias(s)” é disso exemplo, tendo levado a artista a uma busca pelas campânulas certas da Vista Alegre que reproduzissem o peito certo da Mulher-Marta que pode ser uma mulher-outra qualquer que verá aqui, bem como em “Faço paisagens com o que sinto”, estórias ou medos. Seguramente empatia. Desta última interessa destacar, da composição de 24 elementos, a diversidade de materiais que vão do chumbo ao gesso, passando pelos espelhos, numa montagem rigorosa e com a semiótica do corpo sempre presente. (...)». Leia na integra.



domingo, 14 de janeiro de 2024

DA NEWSLETTER EXECUTIVA | «As trepadoras de coqueiros no Sul da Índia: mulheres que quebram as regras»

 

«Sempre foi um trabalho feito por homens, mas a falta de mão de obra masculina levou a que muitas mulheres se tornassem trepadoras de coqueiros, no estado de Kerala, no Sul da Índia, onde toda a economia gira em torno da indústria do coco. As trepadoras, ou maram keri, que significa "mulher que ousa quebrar as regras" já representam 10% da força de trabalho, graças ao programa criado pelo ministério da Agricultura, o Friends of Coconuts, em 2011, que começou por ensinar mais de 5 mil desempregados entre os 18 e os 40 anos a subir aos coqueiros, tendo nos últimos anos gerado empregos a 68 mil pessoas, divulga o El País. "Isso abre as portas a muitas mulheres desempregadas para realizarem este trabalho, que normalmente está limitado aos homens. Cada vez mais mulheres estão a aceitar o desafio e a contribuir para a economia familiar", diz Mini Mathew, da agência governamental Coconut Development Board. Os salários das mulheres rondam as 15 a 25 rúpias (17 a 28 cêntimos de euro) por árvore, dependendo da altura, enquanto um salário médio no sector agrícola em Kerala ronda as 840 rúpias, cerca de 9,3 euros. Paralelamente, este programa proporciona formação para melhorar as competências de liderança e comunicação e capacitar outras mulheres. "Cheguei a trepar a 30 árvores por dia", conta Sugunan, de 47 anos, que aprendeu com o pai, ainda adolescente, a subir aos coqueiros para o substituir quando ele não conseguisse. Suni Lee, de 53 anos, que se juntou recentemente ao programa e foi a primeira mulher da sua turma, revela com orgulho "não estar dependente de nenhum homem para as minhas necessidades. Aprendi e não só consegui colher os meus próprios frutos para ter água de coco, como também criei um centro de formação onde ensinei outros a fazê-lo, tanto homens como mulheres." » - da Newsletter da EXECUTIVA -12/01/2023.

 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

«Nordic Youth Disability Summit 2023 _ Meeting report»

 



«This is a report on the results and implementations of the Nordic Youth Disability Summit, 2023 – the Nordic Council of Ministers' annual collaboration meetings with organisations for young people with disabilities. It presents statements developed during the summit on key topics in the Nordic Council of Ministers' programme for cooperation on disability issues». 



quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

SÉRIE NA RTP A NÃO PERDER |«Superior Interesse»

 







CENTRO CULTURAL DO SEIXAL | A BARRACA | com «De Mary Para Mary» | 13 JAN 2024

 


NO CENTRO CULTURAL DO SEIXAL
Espetáculo por A Barraca, com encenação de Maria do Céu Guerra, um acolhimento da companhia Teatro da Terra | Classificação etária: M/ 14 anos | Duração: 70 minutos.

Sinopse
Mary Wollstonecraft (1759-1797), pioneira do pensamento feminista, a mulher que se atreveu a reclamar a igualdade entre mulheres e homens num tempo em que a própria ideia de igualdade era inadmissível, encontra-se gravemente doente, na sequência do parto sofre de uma febre puerperal aguda. No delírio da febre, Wollstonecraft acredita estar a dar uma conferência. O seu único público é na verdade a filha recém-nascida que virá a ser a aclamada escritora Mary Shelley, autora de um dos clássicos da literatura mundial: «Frankenstein».
Comovente, dramático, poético, político e pedagógico, neste espetáculo Wollstonecraft diz à sua filha e a quantas mulheres e homens a escutarem: «não permitas nunca que te façam comer o pão amargo da dependência. Luta, luta para seres tu própria. E não temas nunca o que os outros possam pensar». Saiba mais.


Veja aqui



segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

JEAN-FRANÇOIS BRAUNSTEIN |«A Religião Woke»

 


SINOPSE
Uma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.
Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:
teoria de género professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.
teoria crítica da raça afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa racializada o é.
epistemologia do ponto de vista defende que todo o conhecimento é situado e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.
O objectivo dos wokes é desconstruir todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do bem e da justiça social.
É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.
Um ensaio chocante e salutar. Saiba mais.

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A nosso ver, qualquer que seja a  posição de cada pessoa sobre o «Wokismo», aqui está um livro que será útil ler para argumentação de qualidade ... Se ainda não conhece, pode começar a leitura neste endereço.