Do site da Rádio Renascença:
«SAM nasceu há 100 anos. Obra do cartoonista reunida em exposição em Lisboa
31 jan, 2024 - 08:51 • Lusa
31 jan, 2024 - 08:51 • Lusa
Primeiro eles vieram buscar os…., de Martin Niemöller
Quando os nazis vieram buscar os comunistas,
eu fiquei em silêncio;
eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu fiquei em silêncio;
eu não era um social-democrata.
Quando eles vieram buscar os sindicalistas,
eu não disse nada;
eu não era um sindicalista.
Quando eles vieram buscar os judeus
eu fiquei em silêncio;
eu não era um judeu.
Quando eles me vieram buscar,
já não havia ninguém que pudesse protestar.
Depois de um ano de 2023 em que Serralves bateu o seu recorde de visitantes, com quase um milhão e 150 mil visitantes, contando apenas as actividades promovidas dentro de portas, a exposição de Yayoi Kusama é uma aposta segura para manter o número de entradas em alta. Conhecida pela sua obsessão com bolas e pontos, a artista japonesa é, aos 94 anos, um dos nomes mais populares e influentes da arte contemporânea.
Esta retrospectiva em Serralves, que estará patente entre Março e Outubro, incluirá mais de 200 obras, que abarcam todo o singular percurso de Yayoi Kusama, desde os desenhos que realizou na adolescência, em plena Segunda Guerra Mundial, passando por pinturas e esculturas, até às suas instalações imersivas de grande escala, que prometem alterar a perspectiva de quem se passear pelo Parque de Serralves. (...)». Saiba mais sobre Yayoi Kusama
«A publicação traz fotografias e documentos apresentados na exposição Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou, que reconstitui a cena cultural carioca no começo do século 20, quando comunidades de afrodescendentes criaram o samba urbano. A mostra, em cartaz no IMS Paulista de outubro de 2023 a abril de 2024, aborda as complexas redes de trabalho, solidariedade e espiritualidade construídas nesse período histórico, além de suas reverberações no presente, das escolas de samba aos terreiros e quintais.
O catálogo traz fotografias de documentos da época, matérias de jornais, fotografias de artistas presentes na exposição, além de ensaios dos quatro curadores. Angélica Ferrarez, Luiz Antonio Simas, Vinícius Natal e Ynaê Lopes dos Santos». Saiba mais.
Vista até hoje como jornalista, feminista, escritora, Maria Lamas merece ser igualmente conhecida como fotógrafa. E é através dessa perspetiva que se apresenta agora o seu trabalho na exposição que se realiza na Fundação Calouste Gulbenkian, proposta e desenvolvida por Jorge Calado, especialista em fotografia e crítico do Expresso.
Jorge Calado conheceu a obra de Maria Lamas desde criança. Começou a lê-la assim aos 4 anos. Os pais dele, também de Torres Novas, como a família de Maria Lamas, eram amigos da jornalista e foram eles que lhe passaram os seus livros infantis e as suas traduções. O crítico tem ideia de que foi a jornalista que incentivou a mãe a ser professora primária, numa altura em que o analfabetismo atingia 70% da população feminina e 50% da masculina. (...)».
E do site da Fundação:
SINOPSE
Esta é a história comovente de Zezé, um menino de seis anos nascido no seio de uma família muito pobre. Zezé é inteligente, sensível e criativo, mas muito endiabrado. Carente do afeto que não encontra junto do pai e da mãe, mais preocupados em sobreviver a cada dia, o menino perde-se nas ruas, onde só lhe dá para inventar travessuras.
Tendo aprendido demasiado cedo a dor e a tristeza, Zezé acaba por usar o mundo da sua imaginação para fugir da realidade da vida: toma por confidente um pé de laranja lima, a que chama Xururuca e ao qual revela os seus sonhos e desejos. Será nesta fantasia que Zezé vai encontrar a alegria de viver e a força para vencer as suas adversidades. O Meu Pé de Laranja Lima é a obra maior de José Mauro de Vasconcelos, um dos grandes nomes da literatura brasileira. Um livro que urge descobrir, ou reencontrar, e que é aclamado como um dos mais importantes livros juvenis em língua portuguesa.
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Já agora, encontrado (quase sem procurar) na internet e que talvez interesse para um conhecimento enriquecido:
«(...)In this report, women’s health is defined as biological conditions and general health conditions that often affect women uniquely, differently or disproportionately. There are many efforts to improve women’s health globally; however, this report focuses on the economic implications of the women’s health gap and the business case for closing it. (...).
Duas pessoas solitárias encontram-se por acaso na noite de Helsínquia e tentam encontrar o primeiro, único e último amor das suas vidas. Mas o caminho para atingir esse objectivo é cheio de obstáculos: o alcoolismo, números de telefone perdidos, não saberem o nome um do outro. E a tendência geral da vida em criar obstáculos no caminho daqueles que buscam a felicidade.Esta gentil tragicomédia é a quarta parte da trilogia da classe operária de Aki Kaurismäki (Shadows in Paradise, Ariel e The Match Factory Girl). Saiba mais.
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E o trabalho de um critico no semanário Expresso:
Não há mil maneiras de o dizer: “Folhas Caídas” é o grande cinema, a grande arte, o grande filme indignado que nos enche os corações de ânimo e de esperança nestes anos 20 cinzentões que estamos a atravessar».
Da autora mais provocadora da literatura francesa, um romance atual sobre a violência das relações humanas.
Rebecca tem 50 anos, é uma atriz famosa e, embora se ache mais atraente do que nunca, começa a sentir na sua própria pele a discriminação da indústria cinematográfica. Oscar é um escritor só um pouco mais novo do que ela, cuja vida pessoal e carreira se encontram num caos ao descobrir-se no centro do mais recente escândalo MeToo. Zoé Katana, feminista e bloguista, é a jovem vítima que regressou do passado para finalmente ajustar contas com ele.
Regresso aguardado e festejado de Virginie Despentes, Caro Idiota é um romance epistolar dos nossos tempos que aborda temas e episódios atuais, um livro de raiva e consolo sobre a violência das relações humanas.
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«Numa época em
que grande parte das mulheres se convencia de que não precisava de embarcar em
manifestos feministas, por acreditar que a luta estava ganha, pelo menos no
Ocidente, Virginie Despentes fazia questão de lembrar que o feminino era também
o “sexo do medo”. O movimento #metoo, e tudo o que este haveria de revelar,
estava então bem distante, mas a escritora francesa transportava no corpo,
desde a adolescência, a violação, a humilhação, o nojo. Com a publicação de
“Baise-moi”, em 1993, descobriu que muitas outras mulheres, tal como ela,
haviam sofrido o mesmo, e foi isso que a fez olhar para a base do icebergue. A
violação, um “risco inerente à condição de mulheres” e à expressão da
liberdade, correspondia a um trauma que, ao contrário de todos os outros, não
era confessável, “não entrava na literatura”. “Baise-moi” e a universidade
punk-rock, enquanto lugar onde aprendeu a quebrar os códigos estabelecidos,
criou a escritora, mas também a pensadora que haveria de escrever o
ensaio-manifesto feminista “Teoria King Kong”. Livro no qual Virginie Despentes
deixou claro que o corpo da mulher nunca deixou de ser um lugar de violência e
de construção de virilidade. Depois apareceu o thriller punk-rock “Vernon
Subutex 1” e “Vernon Subutex 2”, finalistas do Booker Prize, levados a palco,
por Thomas Ostermeier, na Schaubühne de Berlim, e uma série francesa de
televisão, com o mesmo nome. Durante mais de dez anos partilhou a vida com Paul
B. Preciado, outro grande teórico das questões de género, com quem colaborou em
“Orlando”. Acaba de lançar “Caro Idiota”, um livro que já incorpora a visão
#metoo e que é pretexto para esta conversa. (...)». Se puder não perca a entrevista na integra.
Espetáculo por A Barraca, com encenação de Maria do Céu Guerra, um acolhimento da companhia Teatro da Terra | Classificação etária: M/ 14 anos | Duração: 70 minutos.SinopseMary Wollstonecraft (1759-1797), pioneira do pensamento feminista, a mulher que se atreveu a reclamar a igualdade entre mulheres e homens num tempo em que a própria ideia de igualdade era inadmissível, encontra-se gravemente doente, na sequência do parto sofre de uma febre puerperal aguda. No delírio da febre, Wollstonecraft acredita estar a dar uma conferência. O seu único público é na verdade a filha recém-nascida que virá a ser a aclamada escritora Mary Shelley, autora de um dos clássicos da literatura mundial: «Frankenstein».Comovente, dramático, poético, político e pedagógico, neste espetáculo Wollstonecraft diz à sua filha e a quantas mulheres e homens a escutarem: «não permitas nunca que te façam comer o pão amargo da dependência. Luta, luta para seres tu própria. E não temas nunca o que os outros possam pensar». Saiba mais.