Excerto: «(...) Numa altura em que o dia passa a correr, o tempo é medido em 160 carateres ou num ‘gosto’, temos dificuldade em disponibilizar uma hora para poder doar sangue e com isso ajudar os outros. De uma forma puramente altruísta, pois deve ser das poucas ações em que quem recebe não sabe quem doou, e o agradecimento é algo muito íntimo, muito nosso, que partilhámos apenas com os nossos amigos e família.
Doar sangue deveria ser ensinado nas aulas de Cidadania, desde cedo na escola. Em casa, os pais deveriam promover esta ação como um dever. No trabalho, deveriam ser criadas condições para esta medida de responsabilidade social.
Numa sociedade humanizada, este texto não deveria precisar de ser escrito.
Hoje estou de novo de urgência. Ao iniciar o turno às 8h00, verifico um stock de componentes do sangue muito limitado, fruto de mais uma noite de enormes gastos. A urgência de um hospital central é a porta aberta para os casos mais graves. O impacto é devastador».
__________________
Semanário Expresso |25/10/24
Sem comentários:
Enviar um comentário