sexta-feira, 29 de novembro de 2024

«As disparidades de género no setor tecnológico são agora ainda mais acentuadas devido ao significativo gap no uso e acesso de Inteligência Artificial no trabalho»

 



Sobre o Relatório da Randstad, a que se refere a imagem,  na EXECUTIVA: 


«IA: ferramenta para a desigualdade de género? -  As disparidades de género no setor tecnológico são agora ainda mais acentuadas devido ao significativo gap no uso e acesso de Inteligência Artificial no trabalho. O novo relatório da Randstad, "Understanding Talent Scarcity: AI and Equity", citado pela Forbes, mostra que 71% dos profissionais qualificados em IA são homens, contra 29% de mulheres, representando uma diferença de 42 pontos percentuais na lacuna de género. Uma das conclusões mais preocupantes revela que as mulheres recebem frequentemente menos prioridade no acesso a ferramentas de IA no trabalho: 35%, em comparação com 41% dos homens. De destacar ainda, que as mulheres têm menos 5% de probabilidades de lhes serem oferecidas oportunidades de desenvolver competências em IA. Por outro lado, sentem-se menos confiantes (30%) do que os homens (35%) de que a formação que receberam as preparou para utilizar a tecnologia nas suas carreiras. Segundo os especialistas, esta lacuna nas competências de IA pode exacerbar as disparidades salariais e limitar a progressão na carreira das mulheres, em áreas tecnológicas. A boa notícia, revela o estudo, é que o gap da IA diminui visivelmente, mas não totalmente, para as mulheres que estão no mercado de trabalho há menos de um ano, em comparação com as profissionais com 30 ou mais anos de trabalho. Para o CEO da Randstad, Sander van 't Noordende, não há dúvida de que há sinais promissores nas gerações mais jovens, com as mulheres a adquirirem cada vez mais competências em matéria de IA e a reduzirem o diferencial de género. Mas não é suficiente, sublinha, "é urgente que as empresas ajam rapidamente, para garantir que as competências e o acesso à IA chegam a todos os grupos demográficos." ». Disponível aqui.




segunda-feira, 25 de novembro de 2024

ACABAR A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES | «A epidemia de violência contra as mulheres e as raparigas envergonha a humanidade» - António Guterres

 

MENSAGEM PARA O DIA INTERNACIONAL PARA A ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES | 25 de novembro de 2024

«A epidemia de violência contra as mulheres e as raparigas envergonha a humanidade.

Todos os dias, em média, 140 mulheres e raparigas são mortas por alguém da sua própria família. Cerca de uma em cada três mulheres ainda sofre de violência física ou sexual. Nenhum país ou comunidade está imune e a situação está a agravar-se.
As crises de conflitos e do clima, e a fome agravaram as desigualdades. A terrível violência sexual está a ser utilizada como arma de guerra e as mulheres e as raparigas enfrentam uma torrente de misoginia online. A situação é agravada por uma crescente reação contra os direitos das mulheres e das raparigas. Demasiadas vezes, as proteções legais são anuladas, os direitos humanos são espezinhados e os defensores dos direitos humanos das mulheres são ameaçados, assediados e mortos por denunciarem.
Há quase trinta anos que a Declaração e a Plataforma de Ação de Pequim prometeram prevenir e eliminar a violência contra mulheres e raparigas, já passou a hora de o conseguirmos».
Fonte.


*
*  *





*
*  *
Lembremos post anterior:

domingo, 24 de novembro de 2024

TEOLINDA GERSÃO | «Autobiografia não escrita de Martha Freud »

 



SINOPSE


«Este é um romance sobre personagens históricas, mas não um "romance histórico", na medida em que pretende seguir/reconstituir/aproximar-se o mais possível da realidade, obrigando-se a usar sobretudo a interpretação (que as torna visíveis), reduzindo ao mínimo a fantasia (que iria "atraiçoá-las"). Apesar da subjectividade inevitável de tudo o que é escrito, procura ser "objectivo", porque alicerçado em documentos.
Uma vez que Freud sempre teve voz e Martha foi até 2011 silenciada e reduzida ao estereótipo de esposa, mãe e dona de casa, descobrir a sua personalidade "real" não me interessou menos do que a do homem célebre, complexo e multifacetado da sua vida. Aliás, neste caso a celebridade não importa, a matéria do livro é o diálogo de duas pessoas em igual medida importantes, que mutuamente se procuram, encontram e desencontram.
É possível que para o leitor (como no início para mim) as figuras de ambos se revelem muito diferentes do que esperaria. O que não considero uma perda, mas uma revelação surpreendente.»
Teolinda Gersão

*
*  *

Sobre o livro no Semanário Expresso - Ideias - desta semana pelo Psiquiatra José Gameiro: 
«(..) Mas foi Martha a principal crítica de Freud. Para além de uma relação conjugal muito insatisfatória, parece que Sigmund não era muito dado ao físico e Martha, ao contrário do que se possa pensar de uma mulher em finais do século XIX, não se coi­bia de lhe dizer que precisava dele na cama. “No namoro deixo-lhe sugestões eróticas que não lhe interessam nem parece entendê-las.” Ele foge e teoriza, “a saúde, a frescura e a força da amada importa-me mais do que a felicidade de afagar o seu corpo frágil”. A relação foi-se degradando e o afastamento foi acontecendo. Tivesse ele vivido agora e seria despachado em grande velocidade, desculpem-me a imagem, mas era o que se chama nem coiso, nem sai de cima.

Sem querer ser especulativo, talvez esteja nestas atitudes a forma como maltratou, no sentido epistemológico, as mulheres. E muito escreveu sobre elas. Até publicou um artigo sobre uma Bertha, que nunca viu, mas que considerou um caso de sucesso.

Martha, nas suas cartas, refere que o marido lhe dizia que os doentes pouco lhe interessavam, apenas serviam de “instrumentos” para construir uma teoria. As análises eram por vezes intermináveis, porque era preciso ganhar a vida.

Até um dia em que Martha disse basta. Já então Freud se “entretinha” com a sua cunhada Minna, que vivia com eles e com quem viajava regularmente. Para a pequena história fica uma estada de duas semanas no Hotel Eden, ainda hoje um dos melhores de Roma. Para quem vivia apertado financeiramente existiam exceções. (...)».


sábado, 23 de novembro de 2024

COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES | INICIATIVAS | CIG organiza uma conferência | PCP propõe plataforma para avaliar situações de risco

 


Realiza-se no dia 25 de novembro, às 14h30, na Casa das Histórias – Paula Rego, em Cascais, a Conferência sobre o Combate à Violência contra as Mulheres e Violência Doméstica, e que pretende assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Este evento contará com intervenções de peritos nacionais representantes de instituições governamentais e da sociedade civil, numa reflexão conjunta para reforçar a proteção das vítimas e aprofundar o compromisso no combate à violência de género. Veja o programa.

*
*   *


Começa assim: « (...) Em conferência de imprensa, na Assembleia da República, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, apresentou um projeto de lei que tem como objetivo reforçar as medidas de proteção das vítimas de violência doméstica, com várias alterações legislativas.
Uma dessas alterações visa a criação de uma plataforma “de prevenção e monitorização do risco”.
“Muitas das vezes a vítima desloca-se a uma esquadra da PSP, faz uma denúncia, é registado. Ou muitas vezes, a vítima desloca-se ao hospital, é registado. Mas nunca é registado no mesmo sítio. Às vezes há vários registos, mas não há informação que aquela vítima já foi a um serviço de saúde, já foi a uma esquadra da PSP, já esteve em determinados sítios”, explicou Paula Santos. (...)».


sexta-feira, 22 de novembro de 2024

«A Vida Secreta dos Velhos»

 


Mohamed El Khatib

A Vida Secreta dos Velhos

«O fim da vida é o fim do amor?
Enfrentar o envelhecimento significa, por um lado, confrontar-se com o olhar social e, por outro, observar o seu próprio corpo desgastar-se, dia após dia perdendo a sua autonomia. E, no entanto, muitas vezes, o amor permanece. E mais ainda, o desejo, que pode ser acompanhado por uma sexualidade reinventada. Esta já não se conforma com o desempenho ou a pressão social, mas desenvolve o seu próprio ritmo, o seu próprio tempo, a sua própria intimidade frágil, mas igualmente intensa.
Para realizar o espetáculo, Mohamed El Khatib entrevistou pessoas, tecendo uma narrativa que reflete uma vasta gama de experiências de amor. Esta paisagem do amor na idade maior é um retrato nostálgico das nossas experiências amorosas, mas também uma promessa de que o desejo pode aninhar- se na fragilidade das vidas até ao último momento».


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

SÃO MULHERES | quem vence o concurso da CGD para jovens artistas | E «SEIS MULHERES» ESTÁ NO TITULO DA NOTÍCIA

 


Veja aqui, os nomes e as obras

Leia no jornal Público:

«Seis mulheres artistas vencem concurso para integrar Colecção de Arte Contemporânea da Caixa Geral de Depósitos

Escolha da terceira edição do concurso, destinado a artistas com idade entre os 25 e os 32 anos, recaiu sobre obras de seis artistas, cujos trabalhos foram adquiridos por um total de 48 mil euros. (...). Aqui na integra.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

«O Abuso Sexual _ Proteger Crianças Compete a Tod@s»

 



«A apresentação deste livro serve como mote para uma reflexão sobre abusos sexuais. O que pode mudar para combater um dos crimes mais hediondos? O que pode ser feito ao nível da prevenção?»




domingo, 17 de novembro de 2024

QUANDO A POESIA SAIU À RUA CELESTE CAEIRO FOI POETA EM AÇÃO | “Um soldado pediu-me um cigarro, mas eu não tinha. Nunca fumei. Mas dei-lhe um cravo, que ele pôs no cano da espingarda. Um colega fez o mesmo, depois os outros imitaram-nos. Dei os cravos todos. Foi o dia mais feliz da minha vida. Foi muito bonito.” | A CELESTE CAEIRO ACABA DE NOS DEIXAR | ENTRE TANTOS O PCP COMUNICA A TRISTE NOTÍCIA | O FALECIMENTO DA SUA MILITANTE

 



*
*  *

Vieira da Silva: A poesia está na rua

*
*  *
Ainda: «Presidente da República lamenta a morte de Celeste Caeiro
O Presidente da República manifesta tristeza pelo falecimento de Celeste Caeiro, a mulher que tornou o cravo símbolo do 25 de Abril, tendo anunciado a condecoração de Celeste Caeiro a título póstumo.
O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa conversou diversas vezes com Celeste Caeiro sobre a decisão de a condecorar em data oportuna, o que infelizmente não aconteceu por motivos de saúde». | 15 de novembro de 2024 


GOSTAMOS DE VISITAR O SITE DO «NEW MUSEUM» | no meio daquela oferta imensa, «Equity & Inclusion»



"Explores cultural influences on and diverse approaches to this timeless theme»




«The New Museum acknowledges its complicity in the systemic racism that permeates our culture. We are committed to taking action and making changes that will bring racial equity to our workplace, our leadership, and our programs. This means continuing to confront many hard truths and acknowledging that this work will be ongoing».



sábado, 16 de novembro de 2024

«Quando é que estamos em intimidade?»

 


De lá:
*
*  *

Sobre a exposição de João Pacheco na Revista do semanário Expresso desta semana:

«PARIS

Quando é que estamos em intimidade? No escurinho do cinema? Debaixo do chuveiro? Num sofá, com um livro? A sós ou com companhia, na cama? E um jantar romântico em casa conta, se tivermos telemóveis pelo meio? É claro que passou muito tempo desde que Edgar Degas pintou assim uma mulher a tomar banho. Esta pintura foi criada entre 1880 e 1886 e contém erotismo, também por nos dar a sensação de alguém estar a espreitar pelo buraco de uma fechadura. Pertence à coleção do Musée d’Orsay, mas até 30 de março está no Musée des Arts Décoratifs, também em Paris. Faz parte da exposição “L’intime, de la chambre aux réseaux sociaux” (A intimidade, do quarto às redes sociais). Sim, o tema da intimidade do quarto às redes sociais dá para muito. E cabem nesta grande exposição brinquedos sexuais e drones, bidés e perfumes, cartazes de publicidade e sofás. E também objetos de design e obras de arte de criadores como David Hockney, Henri Cartier-Bresson, Jean-Honoré Fragonard, Judy Chicago, Nan Goldin, Pablo Picasso, Philippe Starck, René Magritte ou Zanele Muholi.

E agora, vai um duche?»

*
*  *

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

«TROPICAL GLACIAR» | por Lena D'Agua

 



De lá: «É impossível contar a história das últimas cinco décadas da Música Portuguesa sem escrever em letras garrafais o nome Lena d’Água e sem lhe atribuir a responsabilidade de “escrever” com a voz uma parte significativa da banda sonora das nossas vidas. Assim, como os americanos têm a Billie Holiday e os brasileiros a Elis Regina, nós temos a Lena d’Água. Com “mel” na voz e “veneno” na vida, mantém imaculados os dotes vocais, o timbre ímpar, a dicção perfeita e uma intuição felina para abordar as canções. A cantora regressa aos registos discográficos no último trimestre de 2024, com Tropical Glaciar que, tal como o antecessor Desalmadamente, tem autoria de Pedro da Silva Martins. Já é possível escutar os singles O que Fomos e o que Somos e Pop Toma». Escute aqui.


quinta-feira, 14 de novembro de 2024

«Assinala-se hoje, dia 14 de novembro, o Dia Nacional da Igualdade Salarial, em Portugal. Esta data não é fixa, pois representa o número de dias de trabalho em que as mulheres deixam, simbolicamente e em média, de receber os seus salários, enquanto os homens continuam a ser remunerados»

 



Cá estamos, uma vez mais, a constatar a desigualdade salarial. Por todos os lados, neste dia, lembram-nos o  problema. Nomeadamente com estudos - a dizerem-nos o que todos sabemos «a olho». Mas venham eles, sempre. De forma permanente, continuada e sistemática. Até porque  é de reparar que há estudiosos/as que nos alertam para défices de dados e informação, assinalando falta de transparência.  Quanto a soluções, bem vistas as coisas, continuamos com as mesmas. E contudo basta googlar para vermos como o problema está identificado e com diagnóstico. Já a prescrição, ...  Vamos a factos, qualquer pessoa pode verificar que não faltam Orgãos e Organismos para a Igualdade, Observatórios, Comissões, Grupos, Unidades orgânicas aqui e acolá, Estudos, Projetos, Fontes de financiamento, Iniciativas de massas, Espetáculos, Exposições, Livros, Filmes ... Tudo atomizado.  E nem nos podemos queixar de ausência de visibilidade  da «temática» (palavra hoje tão usada) pela comunicação social.  E como  é profusamente assinalado em diferentes sedes e por  intervenientes vários, não falta legislação. E até há consenso quanto ao facto de que «já estivemos pior». É verdade, temos avançado, a passo de caracol. Dá ideia que nos resta ficar chocados com a desigualdade entre homens e mulheres que persiste. No que hoje o dia nos convoca, com a disparidade salarial. Qual fatalismo. É claro que não nos podemos resignar. 
Neste quadro a pergunta que a nosso ver se impõe: então, onde é que estamos a falhar? O que temos de mudar? Onde podemos e devemos inovar? Sumarizando, o que fazer  que ainda não foi feito.
Pela nosso lado insistimos que a questão da IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES seja parte integrante dos PLANOS E RELATÓRIOS DAS ORGANIZÇÕES. Insistimos: as ORGANIZAÇÕES - quaisquer  elas sejam - no centro. A Igualdade no âmago da GESTÃO. A Igualdade nas ESTRATÉGIAS. Como nos pede o DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.  E até podemos dispensar os documentos específicos - mas podem, naturalmente, complementar, densificar - se concluirmos que tal apenas favorece  a IGUALDADE como coisa à parte, quando queremos que esteja em toda a parte. No ADN.
Dado o foco deste blogue - A  CULTURA E AS ARTES - tudo o que acabamos de escrever pode ser amplamente exemplificado com o SETOR. Em especial,  quanto a SALÁRIOS alguém nos pode dizer qual é a situação? E qual a ESTRATÉGIA para beneficiarmos da FORÇA DA CULTURA E DAS ARTES para a IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES. Talvez, melhor, para a IGUALDADE DE GÉNERO. Sem prejuízo, antes pelo contrário, de reconhecermos o esforço dos agentes culturais que nos proporcionam a OFERTA que vamos tendo quantas das vezes com salários miseráveis ou mesmo fazendo gratuitamente . Já agora, será que o MINISTÉRIO DA CULTURA nos poderia fornecer AGENDA CULTURAL PARA A IGUALDADE? Arrumada, atrativa, e gratuita. Profissional e de qualidade.

Desejando que não seja apenas «adorno», este pequeno mosaico:









_______________________
Atualizado

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

«aos 84»

 





«ALKANTARA FESTIVAL» VAI COMEÇAR | com a «A Noiva e o Boa Noite Cinderela» | 15 NOV 2024 | CULTURGEST | LISBOA

 



«Estou cansado deste caminho solitário e não quero morrer.
— Wayqeycuna, de Tiziano Cruz

Tenho 91 anos e quero fazer amor todos os dias.
— A vida secreta dos velhos, de Mohamed El Khatib


O programa do Alkantara Festival 2024 traz-nos danças e histórias entre a vida e a morte, a morte e a vida. Em algumas propostas, as vidas carregam o peso da violência, do luto, da injustiça. Noutras, há vida e amor até à última respiração.
Estas são realidades que andam lado a lado, muitas vezes de mãos dadas. Nelas encontramos desilusão. Mas também esperança, a possibilidade de versões mais otimistas do futuro. Versões daquilo que o futuro devia ser para mais pessoas, para todas as pessoas. Esse é o nosso sonho radical.
Um futuro em que envelhecemos, sem que ninguém fique pelo caminho.
Um futuro em que aprendemos sobre o tempo. Em que vivemos plenamente nos nossos corpos e no mundo, para além daquilo que esperaram de nós, para além do que esperámos de nós próprios, de nós próprias.
Um futuro em que temos mães e irmãs e filhas. Em que temos amizades que atravessam oceanos e alianças que mantêm o fogo aceso. Temos casas que são nossas, com paredes e memórias intactas. Temos as nossas línguas, todas as línguas. Gal Costa canta.
Um futuro em que aprendemos coisas, que esquecemos ou que ainda não tínhamos aprendido, sobre as árvores e a água. Em que prestamos homenagem à natureza e a quem já não está aqui. Em que há lugar para rituais, ancestrais ou novos.
Um futuro em que ainda sonhamos, ainda escrevemos, ainda dançamos. Ainda nos encontramos. Ainda contamos histórias.
Um futuro em que tu não morreste. Não morreste e não caminhas sozinho.

 

Carla Nobre Sousa & David Cabecinha
(direção artística)

08.10.2024

 *********************




«Na primeira parte de A Noiva e o Boa Noite Cinderela, a artista brasileira Carolina Bianchi percorre a história da arte, em formato palestra, para se debruçar sobre representações e histórias verídicas de mulheres brutalmente violadas e assassinadas. Uma delas é Pippa Bacca, artista italiana morta durante um projeto artístico em que viajava à boleia pela Europa, vestida de noiva.

O que se segue é a confusão entre realidade e fantasia. Carolina Bianchi prepara e toma uma mistura de boa noite cinderela — ou droga da violação, que deixa as suas vítimas inanimadas e completamente indefesas. O seu corpo fica entregue a oito performers do coletivo Cara de Cavalo, com quem cria o espetáculo. Aqui assistimos à realidade depois do trauma, um lugar onde passado e presente colapsam. Uma jornada para um abismo. Um pesadelo.

Contém descrições detalhadas de violência contra mulheres, feminicídio, drogas, violação, lesões autoprovocadas».



segunda-feira, 11 de novembro de 2024

ISABEL ALÇADA | ANA MARIA MAGALHÃES |«O Longo Caminho Para A Igualdade_ Mulheres E Homens No Século XXI»

 


«Sabes que todas as Pessoas podem escolher a profissão que quiserem? Sabes que todas as escolhas são válidas? As Pessoas devem acreditar nos seus sonhos! Por isso, tivemos a ideia deste livro... Esperamos que as personagens desta história te inspirem a descobrir que tens a capacidade de escolher livremente a tua profissão. Texto de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, e ilustração de Susana Carvalhinhos, esta edição tem o apoio do iGen — Fórum Organizações para a Igualdade». Saiba mais.