quarta-feira, 30 de setembro de 2020
LEMBRAR | «Council of Europe publishes new Report on gender equality and media»
«A new analytical Report looking at the current legal and policy situation regarding gender equality and media has been jointly released by the Council of Europe’s Gender Equality Commission and Steering Committee on Media and Information Society. The Report concludes that some progress took place at the level of national legislations and media regulations, since the adoption of Recommendation CM/Rec(2013)1 on gender equality and media. Nevertheless, media coverage of gender equality issues and of violence against women as well as gender inequalities in the profession, high levels of violence against women journalists and a weak representation of women in decision-making roles still need to be addressed».
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
«significantes femininos»
Maria Aires Silveira
domingo, 27 de setembro de 2020
JULIETTE GRECO
Já todos o saberemos, JULIETTE GRECO morreu. Como o Presidente da República de França a homenageou:«Elle était l’élégance et la liberté. Juliette Gréco a rejoint Brel, Ferré, Brassens, Aznavour et tous ceux qu’elle interpréta au panthéon de la chanson française. Son visage et sa voix continueront à accompagner nos vies. La " muse de Saint-Germain-des-Prés" est immortelle.».
sábado, 26 de setembro de 2020
SHERE HITE
SHERE HITE morreu no passado dia 9 de setembro. Como se pode ver foi autora do livro da imagem. A sinopse:
«Hoje consagrado como um livro clássico sobre a sexualidade feminina, O Relatório Hite foi revolucionário aquando da sua publicação em 1976. Para responder às questões com que as mulheres se confrontam quando lidam com os detalhes mais íntimos da sua sexualidade, a inovação que Hite introduziu foi simples: perguntou tudo às mulheres - e publicou as respostas.
Saiu em Portugal, pela Bertrand, em 1979, mas, apesar do muito que as mentalidades e os costumes se alteraram desde então, este continua a ser um texto marcante, as suas revelações igualmente relevantes, e o seu peso na nossa sociedade equiparável a outros textos fundamentais da segunda vaga do feminismo, como O Segundo Sexo e A Mulher Total». Veja mais.
E do que António Araújo escreveu no semanário Expresso desta semana:
«Nunca se perguntou às mulheres como se sentem em relação ao sexo.” Na frase de abertura, um programa revolucionário. E a sua autora, falecida em Londres no passado dia 9 de Setembro, bem merece ficar para a posteridade como “a grande perguntadora”, já que o que de mais bombástico existiu no Relatório Hite não foram as conclusões alcançadas – para muitos, pouco científicas e bastante questionáveis –, mas o facto de, pela primeira vez, alguém ter resolvido interrogar as mulheres sobre o modo como viviam a sua sexualidade, coisa que, pelos vistos, nunca merecera a atenção dos homens, na academia, na política, nem sequer na cama.
Nascida em 2 de Novembro de 1942 com o nome Shirley Diana Gregory, Shere Hite viu a luz do dia em St. Joseph, estado do Missouri, uma cidade ultraconservadora que, no passado, fora ponto de partida do lendário Pony Express, local de falecimento do gangster Jesse James e, mais recentemente, terra natal do cantor Eminem. Fruto de uma gravidez adolescente, criada pelos avós e por uma tia, Shere adoptou o apelido do padrasto, Raymond White, camionista de profissão, pouco antes de concluir os estudos secundários na Seabreeze High School de Daytona Beach, Florida, após o que se matriculou na universidade desse estado, onde se licenciou e obteve o mestrado em História. Em 1967, inscreveu-se na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, para fazer o doutoramento em História Social, que não chegou a terminar porque, segundo dirá mais tarde, o ambiente aí reinante era demasiado retrógrado para as suas investigações arrojadas.
Para ajudar a pagar os estudos, fez trabalhos como modelo e chegou a posar nua para a Playboy. Reza a história que foi então que teve a sua epifania feminista: num anúncio para as máquinas de escrever Olivetti, em que surgia vestida como uma secretária diligente e sexy, um publicitário desastrado resolveu introduzir uma piada misógina – “A máquina de escrever já é tão inteligente, que ela [Shere, a secretária sexy] nem precisa de o ser.” Ao que parece, a própria Hite, que já na altura frequentava os círculos feministas de Nova Iorque, participou nas ruidosas manifestações de protesto que se realizaram à porta da empresa.
O seu interesse pelo orgasmo feminino e pela compreensão da sua própria sexualidade levou-a a conceber um questionário em larga escala a que responderam 3.019 mulheres americanas de diferentes estratos socais e de idades compreendidas entre os 14 e os 78 anos, às quais foram feitas perguntas que iam da masturbação ao orgasmo, passando pelo coito, pela estimulação clitoriana ou pelo lesbianismo. Nesse inquérito, levado a cabo entre 1972 e 1974, colaboraram diversas organizações de defesa dos direitos das mulheres, como a National Organization for Women, além de grupos pró-aborto e revistas como The Village Voice, Mademoiselle, Brides, Ms e Oui, que publicaram anúncios sobre o projecto, os quais foram divulgados inclusivamente nos boletins de diversas igrejas. Os resultados contribuíram para desfazer mitos arcaicos sobre a sexualidade feminina, mostrando, por exemplo, que a estimulação clitoriana era muito mais importante para atingir o orgasmo do que a penetração vaginal (apenas 30 % das mulheres disseram alcançar o clímax através do coito), algo que, impõe-se dizê-lo, não era uma novidade absoluta e já tinha sido dito, por exemplo, no livro The Myth of the Vaginal Orgasm, que a feminista radical Anne Koedt publicara em 1970. Mas, para muitos milhões de mulheres em todo o mundo, o mais importante foi terem percebido que não estavam sozinhas no modo, ou modos, como viviam a sexualidade.
Depois da revolução operada pela pílula do Dr. Pincus, que ao dissociar o sexo da reprodução libertou as mulheres do fardo das gravidezes indesejadas ou acidentais, o livro de Shere Hite, saído em 1976, introduziu uma nova e radical transformação da intimidade feminina (e masculina), bem mais profunda e perene do que os excessos hippies dos anos 60, precisamente porque não trouxe o excesso nem enalteceu o desvio, mas, muito pelo contrário, evidenciou a normalidade, mostrando que não era anómalo nem motivo de vergonha preferir esta ou aquela via de alcançar o prazer, sendo inadmissível que existissem prescrições convencionais – e patriarcais – sobre a melhor forma de as mulheres chegarem ao orgasmo e, pior ainda, de o simularem para satisfação dos parceiros. (...)».
E o site oficial de Shere Hite: neste endereço.
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
FRANCISCO BETHENCOURT | «Os direitos das crianças»
Outro excerto:
«(...)
Li um artigo em defesa da neutralidade da escola, alheia a quaisquer valores, ironia das ironias escrito por um sociólogo, António Barreto. Tal coisa é uma fábula, qualquer programa de ensino reflete os valores da sociedade onde se insere, o nível tecnológico, as ideias mais recentes sobre ciência. Mais, as crianças não são uma tábua rasa. Será melhor deixá-las expostas às perversidades do “dark web” no isolamento dos seus quartos? Li também que a cidadania é subjetiva, enquanto os conhecimentos de história e de ciência são objetivos. Não precisamos de ler o Bruno Latour para saber que os conhecimentos estão em permanente evolução, a ciência de hoje é distinta do que era há cinquenta anos e do que será dentro de cinquenta anos, já para não falarmos de história, cujo conhecimento do passado varia com os constrangimentos do presente e o ângulo de abordagem. Li de novo as linhas de orientação da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, confirmei a minha ideia inicial, o programa é extremamente moderado, deveria abordar de forma mais clara o problema do racismo, que bloqueia qualquer sociedade, manifestamente contrário ao universalismo de igrejas monoteístas e à noção básica de igualdade perante a lei. Sei que o racismo foi retirado do programa escolar do 10.º ano há uns anos, deveria ser reintroduzido, pois a norma antirracista é a pedra angular de qualquer sociedade democrática. (...)». Também pode ler na integra neste blogue.
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
MARY GABRIEL | «Ninth Street Women»
They include Lee Krasner and Elaine de Kooning, whose careers were at times overshadowed by the fame of their husbands, Jackson Pollock and Willem de Kooning, but who emerged as stunning talents in their own right, as well as a younger generation: the bold Grace Hartigan, the visionary Helen Frankenthaler, and the fierce Joan Mitchell.
Despite being ostracized by much of the official art world, these women changed American art and society, tearing up the prevailing social code and replacing it with a doctrine of liberation. In NINTH STREET WOMEN, acclaimed author Mary Gabriel tells a remarkable and inspiring story of the power of art and artists in shaping a postwar America that would never be the same». Saiba mais.
terça-feira, 22 de setembro de 2020
«How do we imagine a space where we have spent so much time over the past months? What does it mean to curate an exhibition from our kitchens and bedrooms, with our laptops and screens?»
«Considering the ways in which lockdown has affected experiences of art and culture, Whitechapel Gallery’s Youth Forum, Duchamp & Sons, presents a virtually curated display featuring artworks drawn from the Hiscox Collection.
Confined to their homes and communicating virtually, Whitechapel Gallery’s youth collective, Duchamp & Sons, asked ‘How do we imagine a space where we have spent so much time over the past months? What does it mean to curate an exhibition from our kitchens and bedrooms, with our laptops and screens?’
The shared experience of lock down generated the themes for their curated display of work drawn from the Hiscox collection. Their chosen artworks either transport us to faraway destinations or compel us to look closer to home. Skyscapes and islands predominate with works such as Trevor Paglen’s CLOUDS (2018) revealing the pixel formulas required to image the sky, Lisa Oppenheim’s calendar of clouds, or Peter Doig’s radiant oarsman silhouetted against ‘Canoe Island’. A second gallery leads us back home with Gregory Crewdson’s cinematic view of small town goings on at twilight or Richard Billingham’s startlingly candid portraits of his family.
Through these galleries we can also hear the voices of the young curators sharing their thoughts on each work of art; their writings are also available online. (...)». +.
domingo, 20 de setembro de 2020
PETER HANDKE | «A Ladra de Fruta»
SINOPSE
Este romance narra três dias na vida de Alexia, a quem chamam a ladra de fruta. O primeiro desses dias é em agosto, na véspera da partida para a Picardia francesa, aonde vai procurar a mãe. Antes de partir, o pai dá-lhe alguns conselhos para essa viagem de aventura e iniciação, que de facto não começa com Alexia, mas com o próprio narrador.
Tal como outros livros de Handke, A Ladra de Fruta é um livro singular, reunindo o estranho e o maravilhoso, neste caso através da deambulação pelos campos, dos riscos da amizade e do inesperado. Acima de tudo, Alexia tem a capacidade de sentir com intensidade as experiências que procura ou que a vida lhe vai oferecendo. Saiba mais.
sábado, 19 de setembro de 2020
RUTH BADER GINSBURG |«foi mesmo uma mulher incrível»
Excerto:
«(...)Ginsburg, nascida a 15 de março de 1933 em Brooklyn, foi a primeira judia a ocupar um cargo no Supremo Tribunal de Justiça dos EUA, em 1993, durante a presidência de Bill Clinton, e ao longo da sua carreira foi consolidando o respeito que tinham pelo seu metro e meio de valores de grandes dimensões, entre os quais o feminismo.
A história da juíza foi retratada no filme "Uma Luta Desigual", lançado em 2018, no qual são abordados muitos dos feitos da juíza que morreu sem cumprir um dos seus desejos: "Não ser substituída antes de um novo presidente tomar posse", disse poucos dias antes de morrer vítima de um cancro.
Até aqui percebemos que esta mulher lutou de forma destemida, mas revelamos 5 pontos que mostram como Ruth Bader Ginsburg foi mesmo uma mulher incrível.
1. Co-fundadora de projeto dos direitos das mulheres
Desde cedo que Ruth sabia bem as causas pelas quais queria lutar. Depois de ter estado na Suécia e de contactar com movimentos feministas que emergiam na década de 50 naquele país, Ruth Bader Ginsburg decidiu dedicar-se também à luta pela igualdade nos Estados Unidos, para onde foi posteriormente para estudar Direito Comparado.
Nesse seguimento, além de ter sido co-fundadora da revista “Women’s Rights Law Repoter”, em 1970, esteve também por detrás da fundação e direção do Projeto dos Direitos da Mulher na União Americana pelas Liberdades Cívicas (ACLU), onde trabalhou como advogada voluntária. (...)». Leia na integra.
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
BERNARDINE EVARISTO | «Rapariga, Mulher, Outra»
Jornal Público /Ípsilon | 18 SET 2020
«Bernardine Anne Mobolaji Evaristo nasceu em Woolwich, sudeste de Londres, em 1959, quarta de oito filhos de uma professora de inglês e de um soldador nigeriano que chegou a Inglaterra em 1949. Tem raízes inglesas, irlandesas e alemãs por parte da mãe, e nigerianas e brasileiras pelo pai»
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«Rapariga, Mulher, Outra é uma comédia séria sobre gente É sobre o que há de universal no humano. Nele, a escritora mulheres negras, quebrando estereótipos e traçando um ele, ganhou o primeiro Booker Prize para uma escritora Atwood, no que foi visto como gesto de um simbolismo»
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SINOPSE
«As doze personagens centrais deste romance a várias
vozes levam vidas muito diferentes: desde Amma, uma dramaturga cujo trabalho
artístico frequentemente explora a sua identidade lésbica negra, à sua amiga de
infância, Shirley, professora, exausta de décadas de trabalho nas escolas
subfinanciadas de Londres; a Carole, uma das ex-alunas de Shirley, agora uma
bem-sucedida gestora de fundos de investimento, ou a mãe desta, Bummi, uma
empregada doméstica que se preocupa com o renegar das raízes africanas por
parte da filha.
Quase todas elas mulheres, negras e, de uma maneira ou de outra, resultado do
legado do império colonial britânico. As suas histórias, a das suas famílias,
amigos e amantes, compõem um retrato multifacetado e realista dos nossos dias,
de uma sociedade multicultural que se confronta com a herança do seu passado e
luta contra as contradições do presente.
Um romance atual, brilhantemente escrito, que repensa as questões de
identidade, género e classe com o pano de fundo do colonialismo, da emigração e
da diáspora.
Força narrativa e escrita cativante num empolgante mosaico de histórias de vida
que farão o leitor repensar a sua maneira de ver o mundo». Saiba mais.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
MATILDE CAMPILHO | «Flecha»
SINOPSE
«Este é um livro de histórias. Narrativas que foram surgindo um dia depois do outro, às vezes durante a tarde, outras logo pela manhã, e a maioria delas quando a noite já havia caído. Talvez o escuro seja mais propício às histórias. Seja como for, de uma maneira ou de outra, todas quiseram chegar-se à luz. Nem que fosse por um segundo. Umas chegaram-se tanto que passaram a ser, elas mesmas, a candeia que iluminou uma noite inteira. Nestas páginas estão retratos imaginários, e dentro desses retratos podem inscrever-se, à vez, coisas como: uma paisagem; um objeto; uma pedra; um bicho; um fogo; um gesto; um instrumento musical; um rosto; um deus. Por vezes, essas coisas vivas e mortas misturam-se num só retrato, como acontece na vida.»
— Matilde Campilho, Apresentação. Saiba mais.
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Veja também aqui, no «Deus me Livro»
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
PLANOS PARA A IGUALDADE DAS EMPRESAS
2020-09-15 às 17h17
«Empresas podem entregar os planos para a igualdade
até 25 de novembro
Com o intuito de mitigar os efeitos da pandemia causada pela doença Covid-19, tem sido adotado um importante conjunto de medidas de apoio às famílias e às empresas, designadamente em matéria de flexibilização do cumprimento atempado de obrigações fiscais, contribuições sociais e obrigações administrativas, tal como a prorrogação do prazo de entrega do Relatório Único até 31 de outubro de 2020.
Neste contexto de excecionalidade, foi decidido prorrogar por 70 dias, até 25 de novembro de 2020, o termo do prazo para as empresas cotadas e as entidades do setor empresarial do Estado e do setor empresarial local comunicarem os respetivos planos para a igualdade relativos a 2021, previstos no artigo 7.º da Lei n.º 62/2017, de 1 de agosto, e no artigo 3.º do Despacho Normativo n.º 18/2019, de 21 de junho. (...)». Continue a ler no Portal do Governo.
terça-feira, 15 de setembro de 2020
EXPOSIÇÃO | «Festa. Fúria. Femina. – Obras da coleção FLAD»
«(...)Três eixos emergem da Coleção e dão nome a esta exposição. “Festa. Fúria. Femina.” dialogam e geram ideários: celebram a coleção, evocam a dimensão de performatividade inerente às práticas artísticas contemporâneas e destacam a dimensão feminina, exigindo um renovado olhar sobre a história de arte que tanto escamoteou as artistas.
(...)Refiram-se três saliências que emergem da Colecção nesta proposta de exposição: Festa. Fúria. Femina. Não se excluem, pelo contrário, dialogam e geram, umas vezes parcerias semânticas, outras vezes tensões que produzem sentidos.
Se a modernidade se fez acompanhar da ideia de liberdade e de igualdade, nem sempre esta esteve subjacente à educação cultural e artística. A dimensão feminina, cuja presença nos museus ainda hoje é diminuta, exige com urgência uma postura de resgate face a uma história de arte que tanto escamoteou as artistas, pondo em destaque as suas obras num dispositivo de visibilidade como é uma exposição.
Trinta e quatro anos depois do início da colecção FLAD, o país tem uma composição populacional multicultural, com a emergência de artistas oriundos das mais variadas regiões e geografias e descendentes de outras práticas culturais.
Nesta nova geração de artistas, cada vez mais transfronteiriços e interdisciplinares, a presença de artistas mulheres não só não pode ser escamoteada, como a sua produção é determinante na cena artística internacional.
Com o retomar das aquisições de obras, e considerando as muitas mutações da cena cultural e das artes em Portugal, pretendeu-se recuperar o conceito de Colecção delineado por Manuel Castro Caldas, que pensou uma coleção “para poder fazer agulhas em várias direcções e em várias alturas sem que isso a venha desvirtuar. Pode decidir-se prolongar esta ou aquela linha, prosseguir numa exploração mais intensiva disto ou daquilo, sectorialmente... pode-se mesmo criar novas opções temáticas que enriqueçam os contos já existentes. Foi pensada como uma colecção em aberto”.
É esta transversalidade que esta exposição pretende mostrar.
António Pinto Ribeiro e Sandra Vieira Jürgens
(excerto do texto de curadoria da exposição)»
Sem Título, José Loureiro, 1990 © João Neves, FLAD.
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
MULHERES EM DESTAQUE | Ana Rocha de Sousa
Filme português "Listen" vence Leão do Futuro e prémio especial do júri no Festival de Veneza
A realizadora portuguesa Ana Rocha de Sousa venceu hoje o prémio 'Leão de Futuro', de primeira obra, e o prémio especial do júri 'Horizontes' no Festival de Cinema de Veneza, em Itália, pela longa-metragem "Listen", foi hoje anunciado. A cineasta recebeu os prémios de forma comovida e disse que Veneza "não está a desistir do cinema". Leia na integra. De lá:
«Pouco depois do início da cerimónia, a primeira boa notícia: o filme português "Listen", de Ana Rocha de Sousa, uma drama que envolve temas como imigração e adoção, conquistou o troféu 'Leão do Futuro - Luigi De Laurentiis', que distingue uma primeira obra, no valor de 100 mil dólares (84,4 mil euros). Após agradecer a Veneza por "não desistir do cinema", afirmou que "o mais importante é a mensagem" que está "a tentar espalhar". "Este filme não é apenas sobre a minha expressão como cineasta, é sobre a proteger aqueles que precisam de proteção. Este filme é dedicado a todas aquelas famílias que atravessam momentos muito difíceis e essa imensa dor", sublinhou. (...)».
LANÇAMENTO | «Artistas Plásticas em Portugal» | 15 SET 2020 | 18:00H | JARDIM DE ESCULTURAS DO MNAC | LISBOA
|||Dia 15 de Setembro, pelas 18h, o livro "Artistas Plásticas em Portugal" (coordenação de Sandra Leandro) será lançado no Jardim de Esculturas do MNAC, contando com a presença de diversos autores dos diferentes capítulos que constituem o volume ||| Jardim de
Esculturas do MNAC ||| entrada pela Rua Serpa Pinto, 4. |||
Entrada livre
(sujeita às indicações da DGS)
domingo, 13 de setembro de 2020
«Desigualdade é obstáculo para o desenvolvimento, diz secretário-geral da ONU»
«Há cada vez mais um reconhecimento por parte de economistas, empresas e sociedade civil do mundo todo de que as desigualdades são um obstáculo ao desenvolvimento, sendo necessária uma ação global coordenada para combatê-las.
A avaliação foi feita pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, em entrevista à CNN Brasil, publicada na quinta-feira (10).
“Creio que há cada vez mais governantes que compreenderam isso, e estão disponíveis para lutar contra as tendências que inevitavelmente fazem as desigualdades aumentarem”, salientou. (...)».
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
FILME | «Ordem Moral» | ESTREIA HOJE
Sobre o filme no semanário Expresso desta semana:
«A fuga de Maria Adelaide Coelho da Cunha com o seu chauffeur abalou a sociedade lisboeta na passagem dos anos 10/20 do século passado. A história, apaixonante e cheia de mistérios, inspirou “Ordem Moral”, um filme de Mário Barroso, em estreia na próxima quinta-feira
TEXTO JORGE LEITÃO RAMOS
(...)
A HISTÓRIA DE MARIA ADELAIDE
Ela tinha pouco mais de um metro e cinquenta, era muito bela e, por testemunhos do seu tempo, inexcedível atriz, sobretudo a declamar a poesia de seu marido, Alfredo da Cunha, cujo mérito lírico o passar dos anos fez fenecer até ao olvido. Era uma mulher independente sob qualquer ponto de vista: tinha uma grande fortuna pessoal — da sua herança fazia parte a propriedade do “Diário de Notícias” que o pai fundara e, agora, o marido dirigia — um vasto círculo de amizades e interesses, não era raro sair de casa logo ao princípio da tarde e tornar perto da hora do jantar, sem dar contas a ninguém de onde ia, com quem ou para quê. Chamava-se Maria Adelaide Coelho da Cunha e era uma das mais proeminentes figuras sociais na Lisboa dos convulsos anos 10. (...)».
terça-feira, 8 de setembro de 2020
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
HOJE NO INDIE LISBOA 2020 | «Overseas»
«Overseas é um excepcional retrato de classe, género, condição humana, no qual ficamos a conhecer a realidade de algumas das Overseas Filipino Workers (OFW’s). Sung-A Yoon consegue traduzir tudo a que se sujeitam as mulheres filipinas quando aceitam ir trabalhar para outro país, para casas de pessoas que só conhecem de entrevistas por telefone ou skype. Para conseguirem atingir tal meta, enfrentam um treino rigoroso de preparação da separação da família e contra quaisquer agressões – físicas e verbais – tal é a certeza que esse é um desfecho possível. Mais do que um desfecho, um período de pelo menos dois anos que deverão enfrentar sem desistir. Estas mulheres juntar-se-ão aos 10 milhões de filipinos além-mar: outra expressão e outro filme não descreveriam melhor este sistema de escravatura moderna. Sung-A Yoon mantém intacto, contudo, o estoicismo destas mulheres, num filme humanista e delicado, uma surpresa imperdível. (Mafalda Melo)».
«a clássica obra ‘Orixás’, da artista plástica Djanira, foi retirada do Palácio do Planalto»
Tirada daqui
Sobre o mesmo assunto em português:
Governo retira obra clássica dos Orixás do Palácio do Planalto em novo ataque contra religiões negras
«Tua cantiga»
Bem sabemos, a canção provocou algum alarido - acusavam ser de teor machista. Mas a maioria, como sempre, esteve com Chico Buarque ... vendo o contrário. Da nossa parte, impossível não gostar. Só para ouvir aquele silentemente ...
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