segunda-feira, 30 de maio de 2022

ANNE WEBER|«Annette, Epopeia de uma Heroína»

 


SINOPSE

Que vida! Nascida em 1923, na Bretanha, criada num meio humilde, Anne Beaumanoir foi, desde muito jovem, membro da Resistência comunista francesa e salvou dos ocupantes nazis dois adolescentes judeus, tendo sido premiada com a distinção Justos entre as Nações, instituída pelo Memorial do Holocausto Yad Vashem.
Depois da Segunda Guerra Mundial, exerceu a especialidade de neurofisiologia em Marselha. Em 1959, foi condenada a uma pena de dez anos de prisão por se ter envolvido no movimento de luta pela independência da Argélia. Deixou-nos a 4 de março de 2022, com noventa e oito anos, e, até ao fim, deu testemunho vivo, em muitas escolas, da importância da desobediência.
Anne Weber narra a vida inverosímil de Anne Beaumanoir, nesta brilhante epopeia biográfica de uma heroína. Os episódios da sua vida, escritos com grande mestria, levantam diversas questões: O que leva alguém a fazer parte de um movimento de resistência? O que tem de sacrificar? Até onde é possível chegar? Que objetivos consegue atingir?

Annette, Epopeia de uma Heroína, conta a história de uma heroína verdadeira, que tem muito para nos dizer.

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domingo, 29 de maio de 2022

FILME|«VIAGEM AO SOL»|Prémio Árvore da Vida





«O filme “Viagem ao Sol”, de Ansgar Schaefer e Susana Sousa Dias, foi distinguido este domingo com o Prémio Árvore da Vida, que o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) atribui a um filme da Competição Nacional de Curtas e Longas-Metragens no festival de cinema internacional IndieLisboa.

«Os sorrisos e os olhares de inquietação e expetativa, tristeza e abandono, interrogação e esperança que a realização dá a contemplar demoradamente, conduzem o espetador numa viagem feita de luzes e sombras que atravessa pobreza e analfabetismo, política e religião, segregação e misericórdia, lágrimas e esperança, separação e reencontro», refere o texto de justificação do júri. (...)». Continue a ler.




quinta-feira, 26 de maio de 2022

JORNADA NACIONAL DA PASTORAL DA CULTURA 2022|TEMÁTICA|«a nossa comum condição precária - numa tripla escala de problema social (laboral, económico, político), de questão cultural e de perspetiva cristã»|28 MAIO

 



«A segunda década do presente século foi vivida - em Portugal, a Ocidente e por todo o mundo - sob o signo da crise económica, social e política, agravada nos últimos anos pelos efeitos da crise sanitária, a que presentemente se veio juntar a calamidade da guerra na Europa. Um dos estigmas mais fundos e lacerantes dessa grave situação de crise reside na situação de precariedade, tantas vezes redundando em experiência limite de desemprego e de abandono, até à dificuldade extrema de subsistência física e de resistência anímica.

Nem as diversas áreas da vida cultural ficaram imunes a tal precariedade, nem a vida cristã de comunidade se alheou das suas causas e das suas exigências - sentindo-se profundamente interpelada e procurando reagir coerentemente.

Por consequência, tornou-se imperativo que a Jornada Nacional de Pastoral da Cultura 2022 elegesse para sua temática a nossa comum condição precária - numa tripla escala de problema social (laboral, económico, político), de questão cultural e de perspetiva cristã.

Assim, propomos que no próximo dia 28 de maio, sem desconsiderar de modo algum a importância humana e a responsabilidade cristã perante a experiência em chaga viva daquele problema, possamos ir além das causas conjunturais e dos remedeios epidérmicos, para já aí nos enfrentarmos cristãmente com o precário como categoria existencial do humano, mas também para logo pensarmos essa mesma categoria do precário no coração do processo cultural e para daí subirmos ao horizonte da mesma categoria na condição cristã do ser humano.

Para nos induzirem a pensar e para nos co-moverem virão até nós figuras marcantes da sociedade, da cultura e da Igreja em Portugal: primeiro, o testemunho inquietador de Rui Spranger e Eugénia Quaresma, mais a reavaliação de António Bagão Félix; de seguida, o encontro lírico com apelos do "caminho", com Manuel Afonso Costa e outros poetas, entre Pasolini e Card. Newman; depois, a questionação de Valter Hugo Mãe e de Isabel Lucas, mais a reflexão de Eduardo Paz Barroso; finalmente, a espiritualidade da condição precária, com Card. José Tolentino Mendonça a conduzir-nos pelas veredas da consciencialização e atualização da vida cristã perante a precariedade que nos é inerente».

Programa, Intervenientes, Inscrição - veja aqui


terça-feira, 24 de maio de 2022

«GENDER REPORT /GLOBAL EDUCATION MONITORING REPORT/ Deepening the debate on those still left behind»

 





Excerto (Pg.3):«(...)The 2022 Gender Report presents fresh insights on progress towards gender parity in education with respect to access, attainment and learning. It showcases the results of a new model that provide coherent estimates, combining multiple sources of information, on completion rates. It also reviews the results of learning assessments released over the past 18 months, which present an almost global picture of the gender gap in reading, mathematics and science achievement in lower and upper primary and lower secondary grades. They provide a baseline against which to assess the impact of COVID-19 on inequality when post-pandemic data start being released next year. 
A companion to the 2021/2 GEM Report, it emphasizes the role of non-state actors in influencing gender inequality in and through education. Non-state actors have filled in provision gaps left by the public education system. The 2022 Gender Report presents evidence on gender gaps in the share of students enrolled in private institutions by sex and what drives these gaps in the various regions. It also provides case studies on the privatization of childcare in high-income countries, the impact of non-state faith-based schools in Asia on gender norms and the role of women’s universities around the world. (...)».



«OUTRA LÍNGUA»|é um projeto criado por mulheres de Angola, Brasil e Portugal | NO TEATRO NACIONAL D.MARIA II | LISBOA

 



«A língua é portuguesa? Que língua falamos afinal? Todas as pessoas que falam português podem dizer que falam a mesma língua? E a(s) nossa(s) língua(s), o que diz(em) sobre nós? Outra Língua é um projeto criado por mulheres de Angola, Brasil e Portugal. Uma performance-conferência em que, a partir da experiência de falantes de português de diferentes países, questionamos se a nossa língua mãe é a mesma e se, intervindo sobre ela, podemos alterar a realidade que descreve». Saiba mais.



segunda-feira, 23 de maio de 2022

MARIA FILOMENA MÓNICA |«Duas Mulheres»

 


«Esta é a história de duas mulheres de diferentes gerações que fizeram parte da vida da autora. A primeira, a sua avó, foi adolescente nos «loucos anos 20»; a segunda, a sua mãe, viveu sob o salazarismo. Maria Filomena Mónica, que atravessou as mudanças de Abril de 1974, avalia essas duas mulheres através de recordações, cartas, diários, fotografias e outros documentos.

«Sabia que na minha família não havia nem sábios nem políticos célebres, mas de certo modo isso tornava o meu espólio mais valioso: aquelas cartas e aqueles diários haviam sido escritos por gente que não se tinha ilustrado, mas que, fosse por que fosse, decidira escrever. Sobre heróis, as biografias existem em catadupa; sobre os indivíduos com uma vida “normal”, poucas. Ora, estas são frequentemente mais capazes de nos revelar uma época do que aquelas. O facto de, há alguns meses, ter sido obrigada a abandonar o andar que alugara a fim de pôr os meus livros após a reforma da Universidade em 2002 obrigou-me a juntar documentos que andavam por esconsos».



«Quero dedicar a minha nomeação a todas as meninas e dizer-lhes que vão até ao fim atrás dos seus sonhos”, declarou Élisabeth Borne ao ser indigitada primeira-ministra de França. Três décadas depois da socialista Édith Cresson — entre maio de 1991 e abril de 1992, era François Mitterrand chefe de Estado —, volta a haver uma mulher no palácio de Matignon, sede do Governo»

 







sábado, 21 de maio de 2022

«Mulheres juristas contra nomeação de juiz anti-aborto para o Constitucional»

 


Excerto: «(...)Sendo a maternidade expressão da liberdade da mulher, fruto da sua consciência e responsabilidade, a APMJ lembra que «a disciplina legal do Aborto deve radicar nos princípios constitucionais atinentes» e assentar nos direitos fundamentais da pessoa humana, designadamente no direito à vida, à liberdade e à saúde, bem como no «reconhecimento constitucional da maternidade e da paternidade como valores sociais eminentes». 

Significa isto que toda a mulher «tem o direito de se defender de uma maternidade fruto da ignorância, da fraude ou da violência», sublinha a Associação, acrescentando que a maternidade «não é racionalmente concebível como uma obrigação ou um equívoco» e que a procriação e a gravidez «são situações tão livremente eleitas que não podem ser entendidas como contrapartida ou castigo decorrente do acto sexual». Como tal, defende que a gravidez não deve ser imposta «mediante uma cominação penal, transformando num processo obrigatório aquilo que é um acto livre e voluntário. (...)».



sexta-feira, 20 de maio de 2022

(Women) Artists

 


Veja aqui


O que queremos sublinhar: «Women» como categoria organizadora. Uma lista de mulheres artistas portuguesas onde a encontrar? Aproveitemos para lembrar o National Museum of Women in the Arts. Está fechado para renovaçção mas online continua a haver coisas de interesse:






quinta-feira, 19 de maio de 2022

ASSÉDIO NO ENSINO SUPERIOR | Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, enviou uma carta aos reitores com várias recomendações para prevenir assédio moral e sexual

 


Leia aqui


Excerto: «(...)  Porém, sublinha que não pode deixar de “manifestar” a sua “preocupação com as situações relatadas”. “Recomendo que, quando não o tenham feito até à presente data, as instituições de ensino superior: a) adoptem códigos de conduta e boas práticas visando a prevenção e combate ao assédio moral e sexual em contexto académico, quer entre docentes, funcionários e estudantes, quer entre pares; b) facilitem canais para apresentação de denúncias de assédio, com mecanismos ágeis de avaliação imparcial que permitam tramitar adequadamente as situações em causa; c) desenvolvam os procedimentos disciplinares que se revelem necessários em função da veracidade e gravidade das situações; d) promovam iniciativas de sensibilização junto dos estudantes, docentes, investigadores e demais funcionários, garantindo que as instituições continuem a ser espaços de liberdade, incompatíveis com situações de assédio moral e sexual”.

****************

Certamente que as recomendações que acima se divulgam terão aceitação por parte da generalidade das pessoas para lá das populações académicas, e os visados têm de lhes dar andamento.  Mas, a nosso ver, o assédio é parte de intervenção mais ampla que designaremos por «IGUALDADES» e que a bem dizer está no cerne deste blogue. Em post não muito antigo - IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NO ENSINO SUPERIOR | no dia 15 de junho, em formato online, houve encontro sobre igualdade de género e diversidade no Ensino Superior, organizado pela Universidade Nova - escrevemos isto:«lembremos a questão da IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES no Ensino Superior. Acentuemos que, a nosso ver,  a matéria tem de atravessar a gestão de cada uma das ORGANIZAÇÕES universitárias e politécnicas: não como uma coisa à parte mas imbuída no seu ADN». Continuamos a pensar o mesmo, e necessariamente precisamos de, em acção, conhecer as realidades, fazer diagnósticos, definir planos, ... Fixar estudos. Em particular fazer benchmarkings com os melhores a nível mundial. Ou seja, de forma permanente, olhar para o PROBLEMA na perspectiva da gestão estratégica e em paralelo na perspectiva da operacional. De maneira integrada, o longo e o curto prazos. Além do olhar «legalista»: necessário, mas não chega.

 


terça-feira, 17 de maio de 2022

AINDA É NOTÍCIA | «Jake Daniels é o primeiro profissional do futebol inglês a assumir a homossexualidade»



 

Do jornal Público:

«Jake Daniels é o primeiro profissional do futebol inglês a assumir a homossexualidade

Apesar de afirmar que sempre soube ser homossexual, Daniels conta que chegou a pensar, quando era criança: “Um dia, quando for mais velho, vou arranjar uma namorada e vou mudar e tudo ficará bem”. (...)». Continue a ler.




segunda-feira, 16 de maio de 2022

JOANA LEITÃO DE BARROS | «Veva» | «(...)viagem apaixonante ao longo do século XX, através das causas, dos amores, das desilusões e das tragédias de uma mulher portuguesa invulgarmente surpreendentes (...)»

 


SINOPSE

Genoveva de Lima Mayer Ulrich é uma mulher excêntrica que passeia o seu leopardo à trela pelas ruas de Lisboa dos anos de 1920. Organiza festas exuberantes na sua casa das Amoreiras, viaja sozinha pelo mundo, persegue caça grossa em África e convive com a alta aristocracia europeia ou até mesmo a família real britânica.
Casada com o influente e sóbrio Ruy Ulrich, por duas vezes embaixador em Londres, é também novelista e dramaturga, uma intelectual que publica opinião e discorre sobre sociologia e política internacional. Opositora do nazismo e do fascismo italiano, proclama a sua anglofilia aos microfones da BBC. Gosta de provocar e embaraçar Salazar.
Neste romance histórico sobre a vida atribulada de Veva de Lima, com recurso a algumas das notas e cartas mais íntimas da aristocrata, Joana Leitão de Barros conduz-nos numa viagem apaixonante ao longo do século XX, através das causas, dos amores, das desilusões e das tragédias de uma mulher portuguesa invulgarmente surpreendente; uma grande senhora do seu tempo que quebrou padrões e desafiou tabus como ninguém nesse Portugal bem-comportado que conviveu, estupefacto, com a personalidade fascinante de Veva. +. 



domingo, 15 de maio de 2022

«Universidade de Lisboa quer paridade de género até 2025»

 



Excerto: «(...)A ideia é adotar medidas, com metas e calendários de aplicação definidos, que permitam garantir a igualdade de oportunidades, nomeadamente no que diz respeito às questões de género, sobretudo no que se refere a docentes e investigadores. “Há desigualdade no acesso e na progressão na carreira universitária e ainda é muito visível. As mulheres estão em maioria entre os estudantes e também no início da carreira, mas à medida que se vai subindo para patamares mais altos vão estando cada vez menos presentes”, lamenta o vice-reitor, João Peixoto. “É preciso atrair mulheres para cursos tradicionalmente masculinos e promover uma verdadeira igualdade de oportunidades na academia. Queremos evitar estereótipos e mudar mentalidades”, diz.

O problema é transversal a todo o ensino superior. Em 2019, havia em Portugal 945 professores catedráticos (a categoria mais alta da carreira docente universitária) para apenas 309 mulheres com a mesma posição. Sendo que em 2020, o número de mulheres doutoradas a residir em Portugal (51%) superou o número de homens. (...)».

 


sexta-feira, 13 de maio de 2022

GRAÇA MORAIS | DOUTORA HONORIS CAUSA| «A artista afirmou estar muito feliz com esta distinção que diz ser muito rara para mulheres e artistas»

 





ANA OLIVEIRA |«Assédio / Aproximações sociojurídicas à sexualidade»

 


Sinopse

O assédio constitui uma categoria que tem vindo a ganhar espaço no debate normativo contemporâneo, figurando nas agendas político-governativas, no repertório do ativismo social e na produção académico-científica. Neste livro, o assédio é encarado como um dispositivo de observação dos consensos e dos conflitos culturais que a função jurídica (laboral e panal), a a presunção sobre o sujeito (homem ou mulher) e o estatuto da sexualidade colocam às teorias feministas e aos estudos sociais do direito.
A autora procura demonstrar em que medida e em que termos a crescente densificação jurídica do assédio, ao invés de testemunhar uma lógica cumulativa e expansiva da aspiração anti-patrialcal, coloca em evidência os vícios e os paradoxos que percorrem o modo como se pensa, se prescreve e se tutela o campo da sexualidade, obrigando a um regresso crítico ao sujeito, à estrutura e ao direito enquanto objetos inacabados e constituintes da vida social.

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quarta-feira, 11 de maio de 2022

JULIÃO SARMENTO | «Marie» | NO JARDIM DA GULBENKIAN

 



«Criada originalmente para o pátio exterior da Sede da Delegação da Fundação em Paris, a obra, pertencente à coleção do CAM, é agora apresentada ao público pela primeira vez em Portugal.

Inspirando-se na arte clássica, Julião Sarmento recorreu às técnicas da escultura digital, em 3D, para produzir uma figura feminina em resina, com 1.80m de altura, que ostenta uma peça de vestuário em seda concebida pelo designer de moda Felipe Oliveira Baptista. A resina é um material capaz de resistir à ação do tempo, mas o tecido que a envolve, suscetível de uma natural degradação, será periodicamente renovado. (...)». Continue a ler.



segunda-feira, 9 de maio de 2022

TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE | COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA| «O Misantropo»

 


O MISANTROPO

Texto de Martin Crimp a partir de Molière | encenação de Nuno Carinhas

COMPANHIA DE TEATRO DE ALMADA

«Crimp tratou Molière como Molière tratou Plauto: apropriou-se do tema central e intemporal da história e redistribuiu os papéis com inteligência e respeito. O resultado é, e a um tempo, uma nova versão da peça de Molière e uma homenagem a esta. A escrita é fresca, incisiva e ferozmente divertida… Uma arrebatadora e sofisticada versão moderna de uma peça clássica.» (The Sunday Times)


Alceste abomina a hipocrisia a as calculadas e caluniosas piadas dos tagarelas. Depois de atacar contundentemente Covington – um crítico de teatro que pensa que consegue escrever peças de teatro –, Alceste decide visar Jennifer (novo nome de Célimène), a mulher que ama. Mas e se a sua determinação em dizer a verdade se demonstrasse mais destrutiva do que o instinto para a evitar? A mais famosa comédia de Molière (1622-1673), O misantropo (1666, originalmente interpretada pelo próprio Molière), com o seu intenso conflito entre a conformidade e a inconformidade, é actualizada com arte nesta cáustica versão contemporânea. Estreada no Young Vic Theater, em Londres, em 1996, e depois apresentada em Nova Iorque em 1999 com Uma Thurman no papel da mulher de Alceste, questiona com acutilância a relevância do teatro numa era pós-industrial marcada por uma generalizada decadência dos melhores valores humanos e por um vigoroso individualismo.

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quinta-feira, 5 de maio de 2022

ANTÓNIO GARCIA PEREIRA|«Porque deve a violação ser crime público»

 


Começa assim:«Tenho a honra de integrar – juntamente com Francisca Magalhães de Barros (activista), Manuela Eanes (Presidente honorária do Instituto de Apoio à Criança – IAC), Dulce Rocha (Presidente do IAC), Rui Pereira (Professor universitário) e Isabel Aguiar Branco (Advogada) – a equipa dos primeiros subscritores da petição que foi entregue ao Presidente da Assembleia da República, Dr. Augusto Santos Silva, no passado dia 28/03.

Tal petição – que, mercê da dedicação e do esforço da Francisca Magalhães de Barros, conta com 106.700 assinaturas! – visa que o Parlamento aprove uma simples, mas muito importante, alteração legislativa: que o crime de violação (actualmente, semi-público) passe a ser um crime público. Ou seja, que fique legalmente estabelecido que, para que o respectivo processo-crime seja instaurado, basta que seja dada notícia às autoridades do acto ilícito, por qualquer meio e por qualquer pessoa, sem que seja necessária a apresentação pela vítima de queixa-crime contra o violador.

É de notar que a Convenção de Istambul[1] – de que Portugal é signatário e que está em vigor na ordem jurídica portuguesa – impôs aos Estados que adoptassem medidas legislativas internas que precisamente evitassem que a perseguição criminal dos violadores ficasse inteiramente dependente da apresentação da queixa-crime por parte da vítima ou que garantissem que o processo-crime possa continuar, mesmo que a vítima retire ou desista da queixa[2], conhecendo-se como se conhecem as situações de estigma, constrangimento (físico, social e financeiro) ou até de verdadeiro terror a que as vítimas estão (a maior parte das vezes, senão mesmo sempre) sujeitas.

Ora, mercê da pressão das posições e dos interesses que se opõem a essa correcta orientação, o Estado português adoptou a solução de manter o crime de violação como um crime semi-público (dependente da queixa da vítima a ser apresentada no prazo máximo de seis meses) e de acrescentar ao Código Penal que “o Ministério Público pode dar início ao mesmo (procedimento penal – nota nossa), no prazo máximo de seis meses a contar da data em que tiver conhecimento do facto ou dos seus autores, sempre que o interesse da vítima o aconselhe[3] (sendo nossos os negritos). (...)».



DOS OUTROS | FRANÇA | «Observatoire 2022 de l'égalité entre femmes et hommes dans la culture et la communication»

 



«Consacrée grande cause nationale par le Président de la République pour la durée du quinquennat, l’égalité entre les femmes et les hommes fait, depuis 2013, l’objet d’un rapport annuel du ministère de la Culture pour mesurer la part des femmes dans l’administration, les institutions et les entreprises culturelles et médiatiques. Né d’une volonté d’objectiver le propos sur la place des femmes dans les professions, l’accès aux moyens de production et la consécration artistique, l’Observatoire de l’égalité entre femmes et hommes dans la culture et la communication paraît chaque année à l’occasion de la journée internationale des droits des femmes.

Cette nouvelle édition 2022 montre que la part des femmes progresse dans l’encadrement intermédiaire de l’administration centrale du ministère et de celui de ses opérateurs, et la représentation est également de plus en plus paritaire au sein des conseils, commissions, instances et jurys des métiers de la culture. Les femmes occupent trois des cinq postes de présidence des entreprises de l’audiovisuel public. En comparaison, elles restent minoritaires à la direction d’administration centrale du ministère, et à la tête des cent premières entreprises des secteurs culturels en termes de chiffre d’affaires, où l’on trouve moins d’une femme pour six hommes.

L’Observatoire s’enrichit cette année de nouvelles données sur la place des œuvres des femmes. Dans de nombreux domaines, les œuvres des professionnelles de la culture restent moins programmées que celles des hommes, et elles accèdent moins souvent qu’eux à la consécration artistique. Elles sont ainsi peu primées dans les rencontres emblématiques du cinéma, de la musique, du théâtre, de l’architecture ; en revanche, elles sont mieux représentées dernièrement en photographie». Saiba mais.

 


quarta-feira, 4 de maio de 2022

HENRY JAMES | «Retrato de Uma Senhora»

 


RESUMO

Esta novela clássica de Henry James, conta-nos os caminhos e atribulações de Isabel Archer, uma implacável e independente americana, que vive na Europa, na década de 1870. Primeiro, aos 23 anos, pretere o casamento, em favor de experimentar tudo o que a vida tinha para lhe oferecer. Mas eventualmente, Isabel casa-se com o dominador Gilbert Osmond - cujas manipulações quase destroem a vida e o espírito de Isabel. A sua esperânça é escapar-se de Osmond, antes que seja tarde demais... +.





segunda-feira, 2 de maio de 2022

«como é trabalhar no feminino em Portugal»

 




«HISTÓRIA DAS MULHERES | O SÉCULO XIX»






«A imagem de um século XIX sombrio e triste, austero e constrangedor para as mulheres, é uma representação espontânea. Serria errado acreditar, no entanto, que esta época é apenas o tempo de uma longa dominação, de uma absoluta submissão das mulheres a uma codificação colectiva precisa, socialmente elaborada. Porque este século significa o nascimento do feminismo, palavra emblemática que designa tantas mudanças estruturais importantes (trabalho assalariado, autonomia do indivíduo civil, direito à instrução) como o aparecimento colectivo das mulheres na cena política. Haveria assim sobretudo que afirmar que este século é precisamente o momento histórico em que a vida das mulheres muda, mais precisamente o momento histórico em que a perspectiva da sua vida muda, tempo da modernidade em que é tornada possível uma posição de sujeito, de indivíduo de corpo inteiro e de actriz política, futura cidadã». + .






domingo, 1 de maio de 2022

REPETIMOS | «a melhor Mãe do mundo é a Minha»

 


«Um dia vamos folhear este livro e lembrar tantas coisas…É o nosso livro, mãe! Pedimos muitas vezes ajuda à mãe. Procuramos as suas palavras sábias e encorajadoras e o seu sorriso. Gostamos de lhe dar as boas notícias primeiro e receber um abraço. Desta vez vamos guardar essas memórias para lhe oferecer. Tenho a melhor mãe do mundo! Eu já sabia, mas agora fica escrito». +.





JOSÉ AFONSO|«Cantigas do Maio»