segunda-feira, 28 de novembro de 2022

«Uma Vida em Movimento é a história fantástica e poderosa de uma mulher que, apesar dos obstáculos e dos preconceitos com que se deparou, ousou sonhar com uma vida diferente daquela que o mundo lhe destinara»

 


Misty Copeland entrou recentemente para a história da dança norte-americana ao tornar-se a primeira afro-americana a ser nomeada bailarina principal do American Ballet Theatre. Mas quando aquela jovem de meios desfavorecidos, fã de Mariah Carey e de hip-hop, colocou os pés num pequeno estúdio de balé aos 13 anos de idade - dez anos depois da maioria das bailarinas -, ninguém imaginou que ela se converteria num dos talentos mais proeminentes da dança mundial.
Muito rapidamente, Misty revelou-se um verdadeiro prodígio, precisando apenas de alguns meses para dominar movimentos aos quais outros jovens bailarinos dedicavam anos das suas vidas. Dividida entre o conforto que as perspetivas futuras lhe proporcionavam e as dificuldades do meio de onde provinha, teve de aprender a conciliar a sua identidade e os seus sonhos, e de encontrar a coragem de ser ela própria.
Uma Vida em Movimento é a história fantástica e poderosa de uma mulher que, apesar dos obstáculos e dos preconceitos com que se deparou, ousou sonhar com uma vida diferente daquela que o mundo lhe destinara. +.




segunda-feira, 21 de novembro de 2022

GEOFFROY DE LAGASNERIE |«O Meu Corpo, Este Desejo, Esta Lei - Reflexões sobre a Política da Sexualidade»

 


Sinopse

«E se precisássemos de nos apoiar em princípios completamente diferentes para pensar a sexualidade e a luta contra as violências sexuais nos dias de hoje?

É o que nos propõe Geoffroy de Lagasnerie neste texto que tem por objectivo transformar o espaço de discussão sobre as principais questões da política da sexualidade: a dominação, o consentimento, as zonas cinzentas, a influência, a impunidade, a perspectiva das vítimas.

Um livro que lança as bases de uma concepção renovada, pluralista, libertadora e não repressiva do corpo, do desejo e da lei.»

*O livro é a versão desenvolvida de uma conferência proferida por ocasião de colóquio «Édouard Louis: Escrever a violência», ocorrido na Cidade Universitária de Paris, a 19 de Junho de 2021.



«The Male Graze»






domingo, 20 de novembro de 2022

NO TEATRO DO BAIRRO|«FAZER Um Alfabeto de Aniversários»|LISBOA

 


SINOPSE

É exactamente o que o título indica: um alfabeto de aniversários, uma lista das pessoas cujos nomes começam por letras e que fazem anos num certo dia e o que é que acontece nesse dia em que fazem anos. Histórias e mais histórias sobre as pessoas e as letras e o que quer dizer fazer anos. Escrito em 1940, um ano depois da publicação de O Mundo é RedondoTo Do “é um livro de aniversários que gostaria de ter lido em criança” disse Gertrude Stein. Será o reencontro de António Pires com a autora modernista que completará o díptico deste género literário adaptado ao teatro.



Saiba mais



sábado, 19 de novembro de 2022

«O LEGADO DE MANUELA SILVA»

 

No passado dia 11 de novembro, no ISEG,  foi lançado o livro «O Legado de Manuele Silva». Conforme se pode ler no site do Instituto:

«A Professora Manuela Silva (1932-2019) era Licenciada em Economia pelo (ISEG) onde foi Professora catedrática convidada.
Foi pioneira no estudo do desenvolvimento comunitário e no estudo da desigualdade e da pobreza. A ela se deve a coordenação dos primeiros estudos científicos sobre a pobreza realizados em Portugal nos anos 80. Publicou diversos estudos sobre a economia e a sociedade em Portugal, no qual revelou sempre uma profunda preocupação com os problemas do desenvolvimento, com as desigualdades, a injustiça social e as diversas formas de pobreza e de exclusão social.
Neste sentido, o ISEG decidiu promover a edição do livro O Legado de Manuela Silva, uma homenagem que refletisse a sua intervenção pública e académica, bem como as principais áreas científicas a que se dedicou: Economia e Desenvolvimento; Política Económica e Planeamento; Desenvolvimento Comunitário e Desenvolvimento Social; Desigualdade, Pobreza e Exclusão Social; Ensino e Educação; Igreja e Cidadania».

Manuela Silva era uma leitora do Em Cada Rosto Igualdade. O que escrevemos quando nos deixou.


sexta-feira, 18 de novembro de 2022

«Para homenagear Enheduanna e as mulheres da sua época, o The Morgan Library & Museum organizou a exposição "She Who Wrote: Enheduanna and Women of Mesopotamia, ca 3400-2000 BC", que estará em exibição até fevereiro do próximo ano»

 



Sobre a exposição na Newsletter da EXECUTIVA  - 18 NOV 2022: 

«O primeiro escritor da História foi uma mulher

 A maioria das pessoas desconhece que o primeiro escritor da História foi uma mulher, a poetisa, princesa e sacerdotisa da Mesopotâmia Enheduanna. Filha do Rei Sargão  (2334 a 2279 a.C) do Império Acádio, escreveu sobre mulheres, incluindo o seu nome e detalhes da sua vida em vários dos seus poemas — falando, por exemplo, de uma violação e também da sua gravidez. Como era hábito na época na Mesopotâmia, a sua obra foi copiada ao longo de centenas de anos nas escolas como forma de aprendizagem da leitura. Ainda assim, Enheduanna só se tornou conhecida em 1927, quando o arqueólogo Sir Leonard Woolley escavou objetos com o seu nome.

Em conjunto com seu status de figura religiosa e sacerdotisa, exercia o poder político como filha de Sargão, o Grande — uma figura considerada por alguns historiadores como o fundador do primeiro império do mundo. Ela ajudou a unir a região de Akkad, no norte da Mesopotâmia, onde Sargão subiu ao poder pela primeira vez, antes de capturar as cidades-estado sumérias no Sul. Enheduanna fez isso ajudando a fundir as crenças e rituais associados à deusa suméria Inanna com os da deusa acadiana Ishtar, e enfatizando essas ligações nos seus hinos e poemas literários e religiosos, criando, assim, um sistema comum de crenças em todo o império.
Para homenagear Enheduanna e as mulheres da sua época, o The Morgan Library & Museum organizou a exposição "She Who Wrote: Enheduanna and Women of Mesopotamia, ca 3400-2000 BC", que estará em exibição até fevereiro do próximo ano. Ela reúne uma seleção de textos e imagens da poetisa, mas também obras de arte que revelam o importante papel que as mulheres dessa época tinham em contextos religiosos como deusas, sacerdotisas e adoradoras, bem como nas esferas sociais, económicas e políticas como mães, trabalhadoras e governantes».  





quinta-feira, 17 de novembro de 2022

«MULHERES SARAMAGUIANAS»

 



MULHERES SARAMAGUIANAS

Álbum de Arte comemorativo do centenário de José Saramago

No âmbito das comemorações do centenário de José Saramago, o CPS apresenta o álbum de arte Mulheres Saramaguianas, uma edição especial realizada em parceria com a Fundação José Saramago que presta homenagem ao escritor e Prémio Nobel da Literatura português.

 

O álbum é composto por seis serigrafias e gravuras inéditas de artistas portugueses, acompanhadas de textos, também eles inéditos, de escritoras de língua portuguesa, com tiragem limitada. Saiba mais.


 Graça Morais serigrafia
Joana Carda (A Jangada de Pedra)

Texto de Ana Luísa Amaral

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

CONVIDADA DO LEFFEST 2022 | Ângela Davis

 



O que se pode ler no site do Festival:

«Sim, somos subversivos… e vamos continuar a ser subversivos até termos mudado todo o sistema que nos oprime.» A frase poderia ser a apresentação-chave de Angela Davis, activista política, professora universitária, duas vezes candidata a vice-presidente dos Estados Unidos.

Foi esta a afirmação, dita na Universidade da Califórnia que levou ao segundo despedimento da activista pela instituição, por ser considerado inadequada a uma professora universitária. O anterior despedimento tinha sido anulado por um juiz que defendeu que as filiações partidárias de uma pessoa, que estava ligada ao Partido Comunista, não poderiam ser motivo de despedimento.

Com apenas 26 anos, Davis era já o rosto de alguns dos mais relevantes movimentos cívicos dos Estados Unidos, durante as décadas de 60 e 70, como o abolicionismo prisional, a luta contra a segregação racial, a discriminação de género e as injustiças sociais decorrentes do capitalismo. 

Este foi, também, um dos períodos mais marcantes na vida política da activista e professora universitária, que foi detida, em 1970, e acusada de conspiração pela morte de várias pessoas no assalto a um tribunal do em Marin, durante um julgamento de dois ativistas negros.  Jonathan Jackson, irmão de George Jackson - um conhecido escritor e membro do Partido Pantera Negra, na altura companheiro de Davis - interrompeu uma sessão de tribunal para libertar os dois “irmãos”. Deste acontecimento resultou a morte do juiz, dos acusados, de Jonathan, e do promotor público. As armas usadas tinham sido adquiridas por Davis, que vivia num estado de ameaça permanente, devido à sua ligação com o Partido Comunista, o que lhe valeu o já mencionado despedimento da Universidade da Califórnia. “(...) I think this membership requires no justification” [“Eu penso que esta ligação não necessita de ser justificada”], escreveu Davis  à comissão da universidade na altura. Continue a ler.


NA SEMANA COM A CULTURA DA PALESTINA | O Filme «Gaza, meu amor»





«(...) Ainda a 17 de Novembro, no cinema City Alvalade, estreia o filme Gaza, Meu Amor, realizado pelos irmãos Tarzan e Arab Nasser (Palestina). O Algarve proporcionou os locais para as filmagens das cenas situadas nas praias e no mar de Gaza, interditados pelo bloqueio israelo-egípcio. Além de Portugal, o filme teve produção em França, Alemanha, Palestina e Qatar. Depois de seleccionado para a secção Horizonte do Festival de Veneza (2020), o filme foi no mesmo ano exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto, onde ganhou o Prémio NETPAC. A acção decorre em Gaza, nos dias de hoje. O pescador Issa, de sessenta anos, está secretamente apaixonado por Siham, uma mulher que trabalha no mercado com a sua filha Leila. A descoberta de uma antiga estátua fálica de Apolo, nas suas redes de pesca, irá mudar a sua vida para sempre. (...)».

Saiba mais sobre a Semana com a Cultura da Palestina.



terça-feira, 15 de novembro de 2022

«In order to be able to effectively counteract climate change, we need to change our mindset»

 


«In order to be able to effectively counteract climate change, we need to change our mindset. What is needed are holistic approaches that take into account the connection between global warming and social climate – and from this obtain incentives for the urgently needed transformation of our cultural practices and paradigms. Along with the ecological aspects, consequences of the climate crisis such as social upheaval, displacement and migration, and growing nationalism must also be considered.

The Allianz Foundation's Climate Cultures Call supports projects and initiatives that are situated at the intersection between climate and culture, and work toward sustainable solutions for open societies and a healthy and habitable planet.

The open call is aimed at actors from the civil society, arts and culture, and environmental protection sectors. We explicitly welcome applications from members of younger generations as 
well as from people or organizations that work across borders and/or do outreach work with target groups that are especially diverse.

The Climate Cultures Call is a special call responding to the urgency of the current challenges. The applications are quickly reviewed, and  funding will be awarded expediently. If we don't act today, the risks for the future will become incalculable. (...)». Continue a ler.



segunda-feira, 14 de novembro de 2022

«Cartas de Amor de Virginia Woolf e Vita Sackville-West»

 



Sinopse
Num jantar a 15 de Dezembro de 1922, Virginia Woolf conheceu a escritora e aristocrata Vita Sackville-West, que lhe haveria de inspirar mais tarde a personagem de Orlando. Virginia Woolf parece não ter apreciado particularmente as opiniões de Vita, mas a impressão que esta lhe causou foi intensa. Foi o início de uma relação amorosa, de amizade e colaboração literária. A correspondência entre elas prolongou-se por quase vinte anos, até ao suicídio de Virginia Woolf em 1941. Através desta antologia, conhecemos a evolução dessa relação sentimental. +.



domingo, 13 de novembro de 2022

LEMBREMOS | a diferença salarial entre homens e mulheres em Portugal

 


Disponível aqui



« São mais de meio milhão de mulheres a viver sob a sharia. Algumas casam ainda crianças, outras sofrem abusos dos maridos. Nos campos de refugiados rohingya, a luta pela igualdade está ainda a começar»

 


Se puder não perca o trabalho a que se refere o recorte acima. No jornal Público. Começa assim:

«O ciclone Sitrang aproxima-se. Nos postes, duas bandeiras vermelhas com quadrados pretos ao centro avisam da força da tempestade. Pior, só quando içarem a terceira. As palmeiras abanam, o céu está fechado, há muita agitação nas ruas. Homens andam de megafone em punho avisando quem passa para ficar abrigado. Reforçam-se pontes e caminhos onde possa haver algum deslizamento de terras.

Por agora, as crianças brincam com o vento. Um pau, um saco de plástico atado numa ponta e uma correria sem destino que faz encher o saco transparente como se fosse um balão vistoso. Riem e falam alto, descalças, quase sem roupa. A pele morena e os cabelos rapados, eles, os lábios vermelhos e pinturas amarelas nas bochechas, elas. Seja em que local for, naqueles 13 quilómetros quadrados de campos que albergam quase um milhão de refugiados rohingya na província de Cox’s Bazar, no Bangladesh, o som que se ouve é o das crianças. A rir, a gritar, a brincar. A chorar muitas vezes. (...)»

Mais adiante: «(...)Toda a vida de Jannat foi, até agora, condicionada pelo incontornável facto de ter nascido mulher. Como ela, milhares de refugiadas rohingya vivem condicionadas pela sharia, a lei muçulmana que as coloca num patamar inferior ao dos homens, donos de todas as liberdades e donos delas também. (...)».



sexta-feira, 11 de novembro de 2022

BOAS NOTÍCIAS | «A escritora-jornalista, que lutava pelos direitos das mulheres, foi o tema escolhido para dar início às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril na Fundação Calouste Gulbenkian. Uma mostra inédita com fotografias tiradas pela própria Maria Lamas e objetos da autora serão o núcleo fundamental de uma exposição nunca vista em Portugal»


(Recortes do semanário saido hoje)

Outro excerto do trabalho do Expresso, de Christiana Martins: «(...)Em 1930, Maria Lamas organizou a exposição "Mulheres Portuguesas", sobre a produção feminina de caráter literário, artístico e científico. E, no fim da década de 40, avança com o projeto do livro "As Mulheres do meu país", em que durante dois anos percorreu Portugal para documentar a condição de vida das mulheres portuguesas. Tem então 53 anos e, sem ser fotógrafa, decidiu que seria ela a fixar as imagens que foi documentando ao longo do trabalho e serão as provas das fotografias para este livro que vão constituir o núcleo dura da exposição que arranca a meio de janeiro de 2024 na Fundação Calouste Gulbenkian. A mostra esteve prevista para ocorrer a meio deste ano no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, mas acabou por mudar para Lisboa, em 2024. (...)».


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

GAL COSTA



Gal Costa morreu. E nós que a julgávamos eterna. Triste é o momento. Recordemos o seu Corcovado.



ESTUDO |«Emotional Tax and WorkTeams / A View From 5 Countries»


Disponível aqui


«Summary 

This report, based on a survey of over 3,000 employees in five countries, reveals that experiences of emotional tax—specifically, being on guard to protect against bias due to race, ethnicity, and gender—are pervasive in Australia, Brazil, Canada, the United Kingdom, and the United States, with 61% of employees from marginalized racial and ethnic groups indicating that they are on guard to bias and discrimination on their teams. With tensions related to race and ethnicity underlying many of today’s current events, organizations need to better understand and address how employees from marginalized racial and ethnic groups experience their team environments and workplaces more broadly. Our data show that a team climate for psychological safety and racial and ethnic diversity on teams can mitigate employees being on guard and boost well-being, inclusion, and engagement at work—as well as team problem-solving and team cohesion. Diverse, hybrid teams are the future of work. Executives, team leaders, and individuals can take action to nurture inclusive team environments by building bridges, showing up, and holding themselves accountable for making change. (...)».

Ainda:



terça-feira, 8 de novembro de 2022

WOMANART | «Mulheres, Artes e Ditadura»

 


O presente volume, Mulheres, Artes e Ditadura. Diálogos Interartísticos e Narrativas da Memória, tem uma matriz dupla. Integra uma selecção, dos textos apresentados na conferência WOMANART, realizada na Universidade do Minho no término do projecto de investigação homónimo, WOMANART – Mulheres, Artes e Ditadura. Os casos de Portugal, Brasil e países africanos de língua portuguesa. A partir de uma perspectiva multidisciplinar, constituiu o nosso objectivo primeiro dar visibilidade à presença e acção de mulheres artistas e escritoras desde a segunda metade do século XX até à contemporaneidade, em Portugal, Brasil e países Africanos de língua portuguesa. Paralelamente, este volume integra o que consideramos ser a ‘espinha dorsal’ do próprio projecto, constituindo o arquivo vivo que pretendemos preservar – um conjunto de narrativas na primeira pessoa, sob a forma de entrevistas e depoimentos de artistas e escritoras (Ana Luísa Amaral, Vera Duarte, Carmen Dolores, Ana Clara Guerra Marques, Emília Nadal, Irene Buarque, Mónica de Miranda, Ana Vidigal, Susana de Sousa Dias, Maria Clara Escobar), manifestando o vigor e a pluralidade dos diálogos interartísticos, aos quais quisemos dar corpo e voz.
As organizadoras do volume integram um colectivo que dá pelo nome de GAPS – grupo de investigação em Género, Artes e Estudos Pós- coloniais, sediado no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho.

NA PERSPECTIVA DAS MULHERES ARTISTAS | que balanço depois do #MeToo?

 


De lá:«(...)Of plans to scrap gender pay gap reporting in the UK for companies with up to 500 staff, Gorrill says: “I am dismayed. In the contemporary art market we have a 90% gender value gap. This is comparable only to football’s gender pay gap. Surely, if the art world is as progressive as it claims to be, then it needs to move with the times and make changes to be a more equitable institution? Presently, it is very Victorian in its outlook.” (...)».



segunda-feira, 7 de novembro de 2022

«OLHARES DO MEDITERRÂNEO - WOMEN’S FILM FESTIVAL»| 14-20 NOV 2022 | Cinemateca | Cinema São Jorge | LISBOA

 


«(...)
Há a filha que tenta matar o pai, real e simbólico, e a filha que deve aprender a lidar com um passado que foi enterrado para a proteger. O jovem médico italiano que se especializa em feridas de guerra na Faixa de Gaza e o artista de graffiti palestino que desenha o seu caminho rumo à liberdade no Muro de Separação. Há as mulheres que não cumprem o seu suposto destino biológico e o refugiado queer que realiza o seu sonho no topo de um guindaste balouçante. Mas há também as crianças que se escondem para reinventar o mundo e as meninas que partem para uma aventura nos bosques. As adolescentes que roubam um tripé de uma banca num parque em Teerão e os jovens homens que revelam a sua fragilidade numa barbearia em Marselha.
Este é só um pequeno apanhado da variedade de personagens e histórias que irão povoar os ecrãs nesta edição dos Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival.
E, mais uma vez, convidaremos o nosso público de todas as idades para que fique connosco para além dos filmes, para os debates, as conversas informais com as realizadoras, os workshops criativos, uma masterclass, um concerto e uma imprescindível homenagem às 3 Marias e às "Novas Cartas Portuguesas", no 50.o aniversário da sua publicação. 
Durante uma semana, iremos partilhar convosco visões do mundo, experiências e ideias, com um programa que celebra o talento das cineastas do Mediterrâneo e que, esperamos, faça vibrar os corações e sacudir as mentes». Leia aqui.



sábado, 5 de novembro de 2022

HOJE ÀS 18:00 NO TMJB COMEÇA O CICLO DE CONVERSAS A PROPÓSITO DA PEÇA EM CENA «O MEDO DEVORA A ALMA» | destacamos a participação de Maria Teresa Horta num dos dias mas valorizando o todo | AVALIE POR SI

 


E sobre a peça, a critica de Domingos Lobo, no jornal Avante!, faz-nos uma descrição abrangente que nos leva ao valor do que nos é possível aceder com o espectáculo. Vejamos um excerto:

Ainda, de Domingos Lobo, mais esta passagem:

«Emmi e Ali casam e ar­rastam nesse acto co­ra­joso todos os cla­mores, ódios e frus­tra­ções de uma so­ci­e­dade pro­fun­da­mente do­ente, ainda fe­rida no seu or­gulho de raça su­pe­rior, her­dado do seu fu­nesto e trá­gico pas­sado. São ainda os restos dos dis­cursos do ódio, das ob­so­letas som­bras que per­sistem num país a tentar li­bertar-se dos es­pec­tros que o li­mitam, que irão cons­truir o cerco em torno dos amantes. Mais do que a es­tra­nheza da di­fe­rença de idades entre os amantes, é o ódio em re­lação ao Outro, o es­tranho, o es­tran­geiro, esse lixo que, em­bora útil, está a in­vadir de novo o es­paço limpo de uma Ale­manha a er­guer-se do seu ato­leiro his­tó­rico. Para os ale­mães, os mar­ro­quinos são cães, dirá Ali. Temos de ser bons, dirá por sua vez Emmi, se não a vida não vale nada.

Não é o dis­curso entre o bem e o mal que Fas­s­binder en­cena neste texto car­re­gado de si­nais per­tur­ba­dores sobre o tempo dos mons­tros é, so­bre­tudo, uma pa­rá­bola as­ser­tiva e cí­nica sobre o modo como os ou­tros nos olham, in­vadem a nossa in­ti­mi­dade e nos tentam con­trolar e sub­meter; con­finar em novos guetos o nosso di­reito à li­ber­dade e as es­co­lhas que fa­zemos, mesmos quando essas de­cli­na­ções são ge­radas pelo ódio ao que é di­fe­rente, ao que pensa e age de modo di­verso, às suas crenças, há­bitos e cul­tura. Essa gente suja, dirá uma per­so­nagem, Ali, toma banho todos os dias, con­tra­porá Emmi.

Afinal o pre­con­ceito existe, ge­rando a ir­ra­ci­o­na­li­dade que conduz ao ódio - e essa é uma visão per­tur­ba­dora de uma re­a­li­dade con­ta­mi­nada por in­te­resses ex­te­ri­ores ao pro­le­ta­riado, que José Sa­ra­mago também de­sen­volve em al­guns dos seus ro­mances -, no seio da mesma classe so­cial: as mu­lheres da lim­peza, os fun­ci­o­ná­rios pú­blicos, os pe­quenos co­mer­ci­antes, a mão-de-obra ba­rata e sem di­reitos e o sub-mundo de pro­xe­netas e pros­ti­tutas, tão caro a Fas­s­binder, que ele trans­porta para este so­berbo, vi­o­lento e eficaz texto. (...)».

Por fim, não resistimos em  associarmo-nos, em particular, ao «rigor e vir­tu­o­sismo desse mestre do nosso te­atro con­tem­po­râneo que é Ro­gério de Car­valho», referido por Domingos Lobo.



sexta-feira, 4 de novembro de 2022

«CYBER-FEMINISM INDEX» | para nos inspirarmos e fazermos por cá o que ainda não foi feito na esfera dos feminismos ...

 


Veja aqui

De lá:

«In Cyberfeminism Index, hackers, scholars, artists, and activists of all regions, races and sexual orientations consider how humans might reconstruct themselves by way of technology. When learning about internet history, we are taught to focus on engineering, the military-industrial complex, and the grandfathers who created the architecture and protocol, but the internet is not only a network of cables, servers, and computers. It is an environment that shapes and is shaped by its inhabitants and their use.

The creation and use of the Cyberfeminism Index is a social and political act. It takes the name cyberfeminism as an umbrella, complicates it, and pushes it into plain sight. Edited by designer, professor, and researcher Mindy Seu, it includes more than 700 short entries of radical techno-critical activism in a variety of media, including excerpts from academic articles and scholarly texts; descriptions of hackerspaces, digital rights activist groups, and bio-hacktivism; and depictions of feminist net art and new media art.

Both a vital introduction for laypeople and a robust resource guide for educators, Cyberfeminism Index—an anti-canon, of sorts—celebrates the multiplicity of practices that fall under this imperfect categorization and makes visible cyberfeminism’s long-ignored origins and its expansive legacy.

“You can use it as a reference, follow a thread, or just access it at random and it delivers wit and wisdom from over three decades of one of the most politically and intellectually challenging movements of our era. What happens between sexed flesh and gendered tech? More than ever we all need to know."
—McKenzie Wark, author of A Hacker Manifesto

“This is an archive perfectly suited to its material: at ease with impermanence, richly appreciative of contradiction, and expansive in scope. Mindy Seu and her cohort of collaborators celebrate the polyrhythmic chorus of voices that have made cyberfeminist thought so delightfully difficult to define—and invite new, kaleidoscopic reinterpretations of our last three decades of life online."
—Claire L. Evans, author of Broad Band: The Untold Story of the Women Who Made the Internet

“The Cyberfeminism Index celebrates, troubles, and critiques the histories and futures of struggle against networked patriarchy—from its first libidinous eruptions to tenacious tactical disruptions and mutations. For theorists and hegemony hackers alike the Index offers an inspirational and educational resource for the urgent work of glitching and decolonizing intersectional internets now."
—Ruth Catlow, founder of Furtherfield»


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Recentemente foi apresentado no New Museum. Lá se pode ler:«Supported by the Rhizome Commissions program, Cyberfeminism Index launched in 2020 as a website collection of projects in a wide range of modes and media relating expansively to the productively complicated portmanteau from which the project draws its name. The website was conceptualized and facilitated by Seu, developed by Angeline Meitzler, with frontend support from Janine Rosen, and PDF support from Charles Broskoski.(...).