quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO | «A Confissão de Lúcio» | DISPONÍVEL ONLINE

 


Está disponível online em vários sítios:

Biblioteca Nacional

Projeto Adamastor

Domínio Público/Brasil

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Da Wikipedia: «Confissão de Lúcio é um conto escrito por Mário de Sá-Carneiro.

O conto A Confissão de Lúcio é uma das obras mais importantes de Mário de Sá-Carneiro porque contém três das suas obsessões dominantes: o suicídio, o amor e o anormal avançando até à loucura.

O conto narra a história de um triângulo - Lúcio, Marta, Ricardo - onde os estudiosos vêem em Ricardo o outro de Lúcio, e Marta a ponte de ligação entre eles.

Apresentado sob a forma de romance policial, a exemplo das novelas fantásticas de Edgar Poe, o conto inicia com uma breve introdução, em que o narrador, Lúcio, assumindo-se como autor, justifica o seu objectivo: confessar-se inocente após ter cumprido os dez anos de prisão a que fora condenado por assassínio de um amigo, Ricardo de Loureiro. O narrador promete dizer toda a verdade, "mesmo quando ela é inverosímil", sobre essa morte ocorrida em circunstâncias misteriosas e sem testemunhas, mas considerada judicialmente "crime passional". Lúcio percebe uma semelhança entre Marta e Ricardo. Ele diz que os dois têm os mesmos gostos e até o mesmo sabor do beijo ( Lúcio e Ricardo beijaram-se por causa de uma brincadeira). Por ser um texto de vanguarda, já que o autor se empenhou na busca de novos significantes numa ruptura com o modelo centrado no código princípio-meio-fim, esta obra de ficção continua aberta a novos estudos.

É a narrativa que "para todos os efeitos" faz arrancar "o cânone contemporâneo, português e homossexual", segundo o crítico e escritor Eduardo Pitta, em "Fractura" (ed. Angelus Novus, 2003; pág. 12).

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A propósito, em  novembro 2020, na revista Sábado: A Confissão de Lúcio, de Sá-Carneiro, por André Murraças.


terça-feira, 29 de dezembro de 2020

HERÓIDES | «clube do livro feminista - porque os livros salvam vidas e o feminismo salva o mundo»

             JN |29DEZ2020



No âmbito do Projeto a que se referem as imagens acima, «Corpos na Trouxa» é o primeiro livro como parte deste processo:  «Em dezembro de 2020 serão divulgados doze livros, escolhidos por doze pessoas. 
Durante 2021, o desafio é ler um destes livros por mês, e, no último sábado de cada mês, encontrarmo-nos num Clube de Leitura via Zoom, com a pessoa convidada, as leitoras e leitores que se quiserem juntar. 
A participação nas sessões é gratuita e necessita de inscrição. As inscrições serão abertas mês a mês. Cada sessão tem a duração estimada de duas horas».Saiba mais. E, desde já, sobre o livro:


SINOPSE

Obra resultante da tese de doutoramento da autora em Estudos Feministas apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra a 30 de setembro de 2013. Primeira tese em Estudos Feministas feita em Portugal. (http://saladeimprensa.ces.uc.pt/ficheiros/noticias/2135_8_4_2010_publico.pdf) A autora deste estudo é de origem palestiniana, mas nunca pôde visitar a sua própria vila. Faz parte dos largos números de palestinianos no exílio, sendo assim a Palestina uma identidade sua tão palpável e indissociável como a impossibilidade de lá permanecer, uma identidade refratária partilhada por todas as mulheres palestinianas que, como ela, se encontram exiladas.
Encarando a linguagem da arte como uma extensão da expressão de experiências reais, esta obra utiliza como objeto de análise a arte produzida por mulheres palestinianas no exílio. É estabelecida uma analogia entre o símbolo da "trouxa" no exílio palestiniano e a criação artística que inclui as memórias herdadas da Palestina e as histórias de vida na fronteira das artistas. A produção artística é, portanto, entendida como a maior ligação destas mulheres à Palestina. Endereça-se a possibilidade da existência de uma resistência feminista, política e palestiniana à ocupação israelita na construção de uma narrativa artística a respeito da Palestina e nos modos de representação dos corpos reconfigurados na arte.
A autora propõe que a reformulação dos corpos na arte das mulheres palestinianas se trata de um lugar compensatório do território interdito. Trata-se de uma obra com cadência marcadamente poética, em que a própria tese científica é conceptualizada como produção artística. Poderá suscitar particular interesse à luz do momento presente em que o interesse pela condição de refugiado está mais próximo do público português. Saiba mais.



«Gender Equality Index 2020 /Digitalisation and the future of work»

 







domingo, 27 de dezembro de 2020

PRESIDENCIAIS 2021 (1) | «À conversa com mulheres»

 




IRENE VALLEJO | «O Infinito num junco»

 


SINOPSE

A Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.
Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.
É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.
Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.
Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir - contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.
É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.
Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo, La Vanguardia e The New York Times (Espanha). Saiba mais, veja as críticas

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E uma entrevista (a nosso ver, a não perder) com a autora - IRENE VALLEJO -  no Programa «Horas Extraordinárias», na RTP 3, que fecha falando do papel das mulheres na história dos livros - e, surpresa,  a primeira «autora» foi mulher:




sábado, 26 de dezembro de 2020

NESTE MUNDO TÃO DESIGUAL | «Índia: emancipação feminina à boleia de... fogões eficientes» | O VALOR DAS PEQUENAS COISAS VENHAM ELAS DONDE VIEREM

 


«(...)

Bharati, uma das habitantes de Chickballapur que beneficiou do projeto, afirma que este lhe permite "trabalhar mais, porque cozinhar demora menos tempo" e, por isso, consegue "fazer mais dinheiro para gastar em comida". Bharati acrescenta ainda que "tossia muito devido ao fumo, tinha dores de cabeça" e ardiam-lhe os olhos, algo que mudou desde que usa os fogões de biogás.

Outra das mulheres que beneficiou deste projeto, Narsamma, revela que "antes saía de casa às 8 da manhã para ir buscar lenha e só voltava ao fim do dia. Demorava cerca de 16 horas por semana para arranjar lenha. Tinha de carregar um fardo de lenha na cabeça e tinha de cortar a lenha em pedaços mais pequenos. Se eu não tivesse de ir buscar a lenha, começava a cozinhar às 6 da manhã e acabava às 9 horas." Agora, cozinha mais depressa, por isso consegue que os filhos estejam a horas na escola e consegue trabalhar. "Sinto-me muito grata por isso", acrescenta. (...). Leia na integra



quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

«Desigualdades»

 





«Este livro reproduz o debate realizado a 4 de março de 2015 pelos economistas Paul Krugman, Joseph Stiglitz e Thomas Piketty.
Os dois primeiros foram galardoados com o Nobel de Economia e Piketty é um reconhecido especialista mundial na área dos rendimentos e desigualdade, tendo documentado a crescente concentração da riqueza numa reduzida elite económica e o regresso ao «capitalismo patrimonial».
O encontro foi organizado pela 92Y, sendo mo- derado por Alex Wagner. Entre os temas abordados estão as origens da crise de 2008, o desemprego e as desigualdades sociais, os problemas da Zona Euro e das instituições europeias, e a evolução dos EUA e da China». Saiba mais.


domingo, 20 de dezembro de 2020

MIGUEL TORGA | «Natal»

 


«"De sacola e bordão, o velho Garrinchas fazia os possíveis por se aproximar da terra"... "Natal", de Miguel Torga, lido pelo próprio, faz parte do disco de 1986: "Natal - um conto e vinte e um poemas", de Miguel Torga & Pedro Caldeira Cabral, editado pela EMI- Valentim de Carvalho. Este filme da leitura do conto foi feito a partir do registo em cassete da emissão da rádio TSF de 17 de janeiro de 1995, dia do falecimento do escritor». Daqui.



terça-feira, 15 de dezembro de 2020

A propósito de noticia de hoje sobre a obra «Antonia» recordemos Modigliani | com «O grande sedutor volta a mostrar as mulheres que vale a pena pintar»

 


Leia aqui

E revisitemos artigo, no Público, de Lucinda Canelas: O grande sedutor volta a mostrar as mulheres que vale a pena pintar. 

Começa assim: «Amedeo Modigliani não tinha dinheiro para nada, nem para morrer. Foram os amigos que fizeram do seu enterro um dos mais espectaculares que Paris viu naquela época. Largas centenas de pessoas acompanharam pelas ruas o carro fúnebre puxado por quatro cavalos negros, num cortejo que obrigou a polícia a interromper o trânsito. Foi sepultado no Cemitério Père Lachaise sob o olhar de amigos, artistas, poetas e críticos como Pablo Picasso, Max Jacob, André Salmon, Chaïm Soutine, Constantin Brancusi, André Derain e Fernand Léger, mas também das modelos e amantes que para ele posaram e de muitos dos empregados de mesa dos cafés de Montmartre e Montparnasse que tantas vezes o puseram na rua, completamente embriagado.

Chegou a Paris quando tinha 21 anos, decidido a ser artista. Tinha modos de burguês e vestia a condizer. Era bonito e sabia como usar isso a seu favor, com as mulheres e não só. É assim, sedutor, que o recorda André Salmon (1881-1969), poeta, escritor e crítico de arte francês que foi seu amigo e que em 1939 publicou Le Vagabond de Montparnasse: vie et mort du peintre A. Modigliani, biografia do pintor e escultor que durante muito tempo viu a sua obra secundarizada pela sua  histórica trágica. Uma tragédia à medida de uma ópera que começa, defende Salmon, precisamente no dia em que o italiano põe os pés em Paris, a cidade em que se transformaria num dos nomes mais populares das artes do século XX, mas também num viciado em drogas e álcool, sobretudo haxixe e absinto. (...).




segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA | «A literatura existe para dar uma hipótese à piedade e para que a versão dos vencidos possa ser escutada»

        

Termina assim: «(...)Num conto inédito, que acaba de ser editado em Itália, e que se intitula “Que Horas São Aí?”, é essa exatamente a intriga. Lojas que deixaram de existir e foram substituídas por outras, lacunas, distâncias e dobras que o tempo acentua, enigmas deixados em herança, ruas e sofrimentos que os mapas não assinalam. Face a isso, a tarefa da literatura é dupla: por um lado, tornar consciente em nós o impacto avassalador da vida, mas, por outro, tentar uma espécie de reparação. Que Tabucchi explica assim: a história é uma criatura glacial, não tem piedade de nada nem de ninguém. Mas a literatura existe para dar uma hipótese à piedade e para que a versão dos vencidos possa ser escutada».

«O Combate à pobreza é um dever de todos.»

 


«De acordo com o compromisso assumido no Programa do XXII Governo Constitucional de lançar uma Estratégia Nacional de Combate à Pobreza, no âmbito do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, foi criada uma Comissão de Coordenação que será responsável pela preparação de uma proposta da referida Estratégia.

Esta proposta deve integrar medidas concretas, cruzando diferentes instrumentos e dimensões de política pública, integrando transversalmente todos os públicos, da infância à velhice, incluindo os mais vulneráveis, e criando, em particular, um quadro de monitorização único da evolução dos indicadores.

Pode também contribuir para esta estratégia https://portugalmelhor.gov.pt/»

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

JOSÉ RÉGIO|«Histórias de Mulheres»

 

Voltamos ao «Histórias de Mulheres». Embora haja neste momento de «confinamentos» quem tenha mais tempo seguido para ler, haverá quem não disponha disso. Antes pelo contrário. Um livro de «conto e novela» permito-nos, talvez, uma leitura «inteira», em menos tempo, mas ainda assim, para «saborear», lendo devagar...  Acabado de se reler «Davam grandes passeios ao domingo ...», lembrámo-nos de voltar a trazer o livro para o Em Cada Rosto Igualdade.Excerto do que acabámos de revisitar:

Mas olhemos para o todo:   

«"Histórias de Mulheres" é uma coletânea de textos ficcionais (conto e novela) cujas personagens centrais são mulheres, o que desde logo confere a este livro uma identidade extraordinariamente original.

Aqui encontramos, entre outras, as histórias de figuras como “Menina Olímpia e a sua criada Belarmina” numa história de decadência social e física, a “História de Rosa Brava”, que nos apresenta uma jovem lésbica cujo temperamento rebelde choca com os valores da sua família, ou ainda "O vestido cor de fogo", história na qual um marido se vê oprimido pela sexualidade dominante da esposa». Saiba mais.


terça-feira, 8 de dezembro de 2020

HELENA SACADURA CABRAL|«Dez mulheres que amaram demais»

 


«O que têm em comum mulheres como Maria Callas Marie Curie, Coco Chanel, Wallis Simpson, Marguerite Yourcenar e Jackie Onassis?
Todas marcaram o século XX, desafiaram convenções, alcançaram o poder e amaram sem limites.
Dez Mulheres Que Amaram Demais é um livro sobre histórias de vida fascinantes que revelam a sabedoria, a determinação e a resiliência feminina de dez mulheres inesquecíveis». Saiba mais.



segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

NO DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS | 10 DEZEMBRO | «Pensar/conversar (sobre) os direitos humanos através da literatura, fotografia e música portuguesas. Atividades online»|A FORÇA DA ARTE

 

Saiba mais



J.RENTES DE CARVALHO |«A Amante Holandesa»

 



«Ao deixar a sua remota aldeia transmontana para ser estivador no porto de Amesterdão, Amadeu, o Gato, estava longe de imaginar a aventura que viria a ter - uma aventura fugaz e fatal com uma bela mulher estrangeira e rica. Décadas volvidas e de novo na sua terra, reencontra um amigo de infância. Para lá da meia-idade, os dois redescobrem o prazer de caminharem juntos e conversar sobre o passado. Porém, o Gato, que vive do pastoreio e da contemplação de memórias, não faz ideia do efeito que o seu relato amoroso vai ter no amigo — cuja existência se resume a um casamento gasto, uma carreira mediana a chegar ao fim e ao sentimento de que falhou em tudo na vida. As consequências serão nefastas. Fria, indiferente, meiga, desenfreada na cama, a amante holandesa vai magoá-los, dar-lhes a ilusão de que o amor existe, e aniquilá-los». Saiba mais.





sábado, 5 de dezembro de 2020

TRACEY EMIN | «Detail of Love»

 


Veja aqui


«Tracey Emin, CBE, RA é uma artista inglesa contemporânea conhecida por suas obras autobiográficas e confessionais.Emin trabalha com diferentes tipos de arte, como desenho, pintura, escultura, cinema, fotografia, texto em neon e apliques de tecido. Durante os anos 1980, foi considerada a "enfant terrible" dos Young British Artists. Hoje, Emin é uma Acadêmica Real da Academia Real Inglesa».

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No The Guardian:

Tracey Emin reveals she has been treated for cancer 

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Combater a malária

 


Leia na ONU Brasil



terça-feira, 1 de dezembro de 2020

LEMBREMOS | Um facto importante protagonizado por Rosa Parker ocorreu em 1 de dezembro de 1955 em Montgomery, Alabama, EUA

 



«(...)

Um fato importante ocorre, então, em 01 de dezembro de 1955 em 
Montgomery, Alabama, quando Rosa Parker, uma americana afrodescendente, ao fim de um dia de trabalho como costureira em uma fábrica de camisas, recusa-se a ceder seu lugar no ônibus para um passageiro branco, uma vez que a área reservada aos brancos estava lotada. Instada fortemente a fazê-lo pelo motorista branco Rosa Parker fica firme em sua decisão e termina por ser presa pela polícia, julgada e condenada por violação do parágrafo 6, sessão 11, do Código da Cidade de Montgomery e libertada após o pagamento de fiança. (...)». Leia mais.



«The Vivian Maier Mystery»

 

e no site sobre Vivian Maier


E sobre Vivian Maier em OS GRANDES FOTÓGRAFOS DA HISTÓRIA: «No terceiro artigo da nossa série, “Os grandes fotógrafos da história”, em comemoração ao Dia do Fotógrafo (08 de janeiro), falaremos sobre uma fotógrafa americana que só teve reconhecimento mundial após sua morte: a fotógrafa de rua, Vivian Maier.

Nascida em um dia de inverno em fevereiro de 1926, Nova York, pouco se sabe sobre a sua infância e adolescência: apenas que ainda pequena viveu na França e voltou aos Estados Unidos já moça, onde começou a trabalhar como babá, profissão pela qual desempenhou durante quase quatro décadas.

Vivian Maier é uma figura enigmática e excêntrica até hoje. Ela foi e ainda é objeto de muitos trabalhos acadêmicos, como também, despertou o interesse em vários biógrafos que tentam desvendar o mistério da mulher e fotógrafa, considerada independente e liberal em uma época em que o machismo permeava fortemente a cultura americana. (...)». Continue a ler.

No próximo ano:






segunda-feira, 30 de novembro de 2020

PARA ESTE FIM DE SEMANA PROLONGADO | UMA VEZ MAIS | «Sergei Polunin, "Take Me to Church" by Hozier. Directed by David LaChapelle»| A FORÇA DA ARTE | O CUSTO DA ARTE






Lembremos a partir da RTP:

«A história do virtuoso bailarino que arrebatou o mundo da dança e foi a mais jovem estrela do Royal Ballet… antes de decidir afastar-se.

Quando se é o melhor do mundo, o que mais há para alcançar? Para viver?!

Sergei Polunin, de 25 anos de idade, estrela mundial do bailado, definiu a sua vida através da arte, apenas para questionar a sua existência no momento de se tornar uma lenda. Abençoado com um surpreendente talento, Sergei conquistou o mundo da dança e foi o mais jovem bailarino principal do Royal Ballet. No auge do sucesso decidiu afastar-se, levado pela fama à beira da autodestruição. O seu talento acabaria por tornar-se mais um fardo do que um dom.

Este é um olhar único sobre a vida de um jovem complexo que tornou o bailado viral. Rebelde, iconoclasta, anjo do ar, Sergei transformou a forma da dança como a conhecemos. Mas o virtuosismo tem um preço alto.

Ingressando no Royal Ballet aos 13 anos de idade, o ucraniano Sergei Polunin tornou-se no mais jovem bailarino principal da companhia aos 19 anos. Dois anos mais tarde, no auge do sucesso, tomou a drástica decisão de desistir da carreira. A rigorosa disciplina que a dança clássica exige e o fardo do estrelado levou este jovem vulnerável à beira da autodestruição».




HELENA SACADURA CABRAL | «O ABC da vida»

 


Da amizade à esperança, da gratidão à fé, passando pela paciência e pela justiça… São muitos os pequenos prazeres que nos preenchem os dias, mas são preciosos e necessários os valores que guiam a nossa acção e nos ajudam a desfrutar plenamente do nosso tempo connosco e com os outros. Eterna amante da vida e indefectível optimista, Helena Sacadura Cabral partilha aqui a sua forma de estar no mundo através deste «abecedário vivo daquilo que somos e fazemos», onde o essencial é possível e a alegria de viver, regra.

«Na alegria nada é obrigatório. Não pressupõe oportunidades aproveitadas, locais especiais ou uma determinada duração. É o momento que se vive, que se sente, e tanto pode durar breves segundos, como prolongar-se numa sensação duradoura de bem-estar, que é a natureza da sua essência. Pessoalmente, entendo a alegria como uma boa gargalhada, uma sensação de prazer provocada por um raio de sol, o arrepio do início do Outono.». Saiba mais.

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NOTA DO AUTOR
«Acredito que as coisas mais belas do mundo requerem paciência, para se revestirem de um halo de esperança e entusiasmo. Muitas vezes, acreditamos que a vida nos diz «não» quando, na verdade, está apenas a pedir-nos para esperar.»




«Campanha #EuSobrevivi»

 

Veja aqui



domingo, 29 de novembro de 2020

FILME | «A Voz HUmana»

 



«Uma mulher vê o tempo passar ao lado das malas do seu ex-amante (que deveria vir buscá-las, mas nunca chega) e um cão inquieto que não entende que o seu dono o abandonou. Dois seres vivos enfrentam agora o abandono. Durante os três dias de espera, a mulher só sai à rua uma vez, para comprar um machado e uma lata de gasolina.

A mulher passa por todos os tipos de humores, do desamparo ao desespero e perda de controle. Ela veste-se todos os dias como se fosse a uma festa, e pensa em atirar-se da janela, até que o seu ex-amante lhe liga, mas ela está num estado de inconsciência devido à quantidade de comprimidos que tomou e não pode atender a chamada . O cão lambe-lhe o rosto até ela acordar. Depois de um banho frio, revigorado por um café tão negro quanto o seu estado de espírito, o telefone toca novamente e desta vez, ela atende.

A voz humana é dela, nunca ouvimos a voz do seu ex-amante. Ao início, ela finge agir normalmente e com calma, mas está sempre à beira de um ataque de nervos diante da hipocrisia e maldade do homem.

A Voz Humana é uma lição de moral sobre o desejo, embora a sua protagonista esteja à beira do mesmo abismo. O risco é parte essencial da aventura de viver e amar. A dor está muito presente no monólogo. É sobre a desorientação e angústia de dois seres vivos que sofrem com o seu mestre.

Esta curta metragem, filmada em plena pandemia, é inspirada na peça A Voz Humana, do francês Jean Cocteau (1889-1963). Tem cerca de 30 minutos e é também o primeiro filme de Almodóvar, em língua inglesa.

Tilda Swinton vive a protagonista do drama que retrata a história de uma mulher frustrada e solitária que vê o tempo a passar ao lado das malas do seu ex-amante e de um cão inquieto que não entende que o seu dono o abandonou. Dois seres vivos enfrentam agora o vazio e a loucura do abandono.

“É o primeiro filme em língua inglesa de Almodóvar mas isso não acrescenta estranheza. O cineasta retomou um texto que inspira “Mulheres à Beira de Um Ataque de Nervos” e explora o seu prazer pela relação entre cinema e teatro, como tinha sucedido em “Dor e Glória”. É um filme de personagem, de emoções e encenação, explorando o espaço cénico com visão cinematográfica. Um dos filmes mais estimulantes da seleção oficial de Veneza e é uma curta-metragem”.
– Tiago Alves e Lara Marques Pereira, Cinemax, RTP

Filme seguido de projecção de entrevista com Pedro Almodóvar e Tilda Swinton. Duração total da sessão: 1h10.Tirado daqui.





quinta-feira, 26 de novembro de 2020

«REDLIGHT: Sexualidade e Representação na Coleção Norlinda e José Lima»

 


«REDLIGHT: Sexualidade e Representação na Coleção Norlinda e José Lima

REDLIGHT, com a curadoria de Sandra Vieira Jürgens, patente no Centro de Arte Oliva até 14 de março de 2021, apresenta uma nova perspetiva sobre a Coleção Norlinda e José Lima, destacando a representação da sexualidade e do corpo, através das mais variadas práticas artísticas. Ao longo da exposição, para além das inúmeras questões que nos suscita, a mais premente está relacionada com o contexto pandémico que vivemos: Como o COVID-19 e o facto de estarmos condicionados pelo distanciamento físico vai alterar o modo como encaramos a sexualidade?

Sandra Vieira Jürgens, na folha de sala, confronta-nos justamente com esta premissa: “Falar de sexualidade e da relação entre corpos durante uma pandemia que obriga ao retraimento e mesmo à abstenção de contacto físico é também refletir sobre as consequências do distanciamento enquanto ele se exerce.” De acordo, a curadora que deu o nome à exposição de REDLIGHT, sobretudo para destacar a linha vermelha entre o contacto do corpo atual e a questão da sexualidade ainda ser um tabu na arte e na História da Arte, constrói o projeto expositivo como uma narrativa, que começou a deslindar com Dancers (1995), de Nancy Spero, uma obra que, para além de demonstrar figuras femininas da mitologia, representadas em movimento, apela à emancipação da mulher e à presença da sexualidade em toda a História da Arte, através de uma perspetiva feminista. (...)». Continue a ler.


«Rede de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica acolheu 625 pessoas na 2.ª vaga da pandemia»

 


«Em particular, o presente decreto -lei visa a criação de uma licença de reestruturação familiar e a atribuição do respetivo subsídio para o trabalhador vítima de violência doméstica que, em razão da prática do crime de violência doméstica, se veja obrigado a alterar a sua residência.»