segunda-feira, 29 de março de 2021

BONNIE G. SMITH|«Mulheres na História do Mundo - De 1450 ao Presente»

 



«Este livro condensa a história das mulheres do mundo num único relato, que se desenrola ao longo dos últimos cinco séculos.

Fala de escritoras chinesas aclamadas do século XVII e de estrelas de cinema chinesas igualmente aclamadas da década de 1930, de princesas indianas e de humildes camponesas iletradas da Índia que aprendiam sozinhas a ler e a escrever.

Imperatrizes russas dos inícios da Idade Moderna aparecem ao lado de mulheres soviéticas que foram pilotos de caças na década de 1940, mulheres ameríndias chefes e ativistas políticas brancas e negras dos Estados Unidos afirmam o seu poder.

O livro é também um mosaico de tecelãs, curandeiras, escravas, patroas, assassinas, artistas, trabalhadoras do sexo, mães, manifestantes e chefes de governos modernos. Uma amostra de tudo o que as mulheres produziram e viveram ao longo dos últimos quinhentos anos». +.


quinta-feira, 18 de março de 2021

UMA VEZ MAIS A «LINGUAGEM INCLUSIVA» | agora a partir do Conselho Económico e Social (CES) | EM RESPOSTA UMA REAÇÃO QUE JÁ É «PADRÃO» | TALVEZ HAJA QUE ENCONTRAR OUTRAS FÓRMULAS ...

  



Capa Expresso | 12 MAR 2021





O assunto a que se referem as imagens acima chamou a nossa atenção. Teve destaque na primeira página e depois desenvolvimento, a nosso ver, apropriado no 1.º Caderno do Expresso desta semana. É de lá o excerto que se segue: 

«Na última reunião plenária do Conselho Económico e Social (CES), o presidente retirou a proposta de um novo manual de “linguagem neutra e inclusiva” que passaria a reger toda a comunicação, interna e externa. Vários das organizações e representantes dos parceiros sociais presentes na reunião levantaram objeções ao documento, e Francisco Assis optou por adiar a sua votação. A primeira proposta apresentada pela nova direção do CES evitou, assim, o risco de chumbar.

Francisco Assis nega ao Expresso que estivesse em causa o veto do documento. “Estou convencido que a proposta iria passar, embora com algumas abstenções e dois ou três votos contra”, disse. Alguns dos participantes na reunião questionaram a “oportunidade” desta discussão, numa altura em que o país enfrenta uma pandemia grave e uma maior crise económica e social. Assis responde que “não estamos em estado de paralisia, nem impedidos de pensar” e justifica a retirada da proposta antes da votação pela necessidade de “acolher os vários contributos apresentados na reunião”. O presidente do CES admite, no entanto, existirem algumas “reservas e resistências” e considera que “temos toda a vantagem em fazer uma discussão aberta, porque o que não é discutido não é interiorizado”.

O documento de 16 páginas foi escolhido expressamente para ser levado ao CES no Dia da Mulher. Uma data simbólica, a acresce o facto de a autora ser Sara Falcão Casaca, socióloga e especialista em questões de igualdade, que foi chamada para a vice-presidência pelo novo presidente. 

A ideia de que é necessário tornar os documentos oficiais mais ‘inclusivos’ não é nova, surge mesmo como recomendação feita, não só pelo Conselho Europeu, mas também pelo próprio Conselho de Ministros. E, no seu primeiro contributo para a discussão, a socióloga defende o manual como forma de “garantir que, no CES, a discussão de diferentes temas e a transmissão de ideias seja feita de forma a seguir as orientações e as boas práticas em matéria de linguagem inclusiva”. (...)»

A leitura do artigo levou-nos a algumas ponderações. Desde logo, mas esperava-se reação diferente? Olhando para o que tem acontecido face a iniciativas idênticas podia concluir-se que até já podemos falar de um padrão. Não muito distante, por exemplo, no âmbito das Forças Armadas, que lembramos recorrendo a post de novembro 2020 do Em Cada Rosto Igualdade:


E podemos avaliar da agitação provocada recorrendo ao Google. Veja por si, mas aqui uma ilustração:


Depois reparámos na elaboração de mais um manual. Mas já não haverá manuais que chegue? Uma vez mais, é só recorrer à internet. Outra vez ilustração:














Talvez se possa aplicar: há coisas que todos estão a fazer e outras que ninguém faz. Ou seja, estaremos ao mesmo tempo na esfera de conflitos positivos e de conflitos negativos.

A nosso ver, como o temos defendido, haverá que encontrar novas estratégias não só para a questão da «comunicação inclusiva» como  para a questão mais ampla das «igualdades» nas organizações, sejam elas com ou sem fins lucrativos. Em particular, inserir a «comunicação inclusiva» no trabalho mais abrangente do RELATÓRIO INTEGRADO que está a fazer o seu caminho por esse mundo fora, com os «melhores» na dianteira, é capaz de ser avisado ... E para começar o Conselho Económico e Social (já agora, para quando Conselho Económico, Social e Cultural?) poderá estimular «benchmarkings» e (como muitos só vão lá quando está «na lei») sistematizar legislação que já o exige ou para lá caminha) ... Mas isto é antes de mais uma questão de boa gestão. Estratégica.  Sobre estas matérias o blogue Organizações Verdes de que cuidamos. Vem a calhar, de post recente;



«SPA vai lançar livro sobre a participação das mulheres na vida cultural e artística em Portugal»

 


Nem de propósito, este post pode ligar-se a um  de ontem com este titulo:  AS MULHERES NA CULTURA E NAS  ARTES EM PORTUGAL | informação precisa-se ... Resumindo, a iniciativa da SPA é louvável como  é o projeto da Direção Regional da Cultura do Centro a que nos referimos na mensagem anterior,  mas em termos nacionais não é suficiente. Um pequeno reparo, a favor do que aqui se quer defender, o livro não é sobre «a participação das mulheres», é sobre «a participação de mulheres» ... Ou seja, de algumas - «fabulosas», diga-se! Mas o necessário não passará pelo somatório de intervenções particulares -  meritórias, repita-se -, estaremos de acordo que tem de haver processo global em que se insiram.  Que tal articularem-se vontades e esforços para se atingir a escala necessária? Com as possibilidades «digitais» é  difícil  aceitar que não aconteça ...





quarta-feira, 17 de março de 2021

«GENDER & CREATIVITY /Progress on the precipice»

 





AS MULHERES NA CULTURA E NAS ARTES EM PORTUGAL | informação precisa-se ...



«A Direção Regional de Cultura do Centro foi à procura das mulheres que ajudam a contar e a manter a história da região 

Sabemos, por experiência, que grande parte das histórias das estruturas culturais têm uma voz feminina. O que normalmente não conhecemos é a história destas mulheres e da sua ligação à cultura, por isso, fomos à procura delas, contando com o apoio de várias pessoas e entidades que ao longo da última semana nos enviaram várias histórias de mulheres cujo trabalho e empenho na promoção e manutenção da identidade e memória coletivas e das tradições foi/é relevante.

Recebemos cerca de duas centenas de contributos que salientam as histórias de mulheres e do seu saber-fazer: da saxofonista que aos 12 anos se tornou a primeira mulher a integrar as fileiras da (ainda hoje) sua banda filarmónica, à artesã que se dedicou à cestaria em bracejo para cuidar do marido, até à professora que, depois de se aposentar, moveu tudo o que estava ao seu alcance para abrir o Museu Escolar (hoje integrado na Rede Portuguesa de Museus). Conhecemos ainda a história de vários grupos corais e etnográficos integralmente compostos por mulheres, grupos esses que são hoje a memória viva das suas aldeias e das suas tradições. Neste processo, percebemos também que muitas são as bandas filarmónicas e os ranchos folclóricos da região que contam com a dinâmica da energia feminina ao comando. Tivemos ainda a felicidade de confirmar que existe uma onda crescente de artistas contemporâneas que regressaram às origens, dos materiais e das suas gentes, como base do seu processo criativo e de produção. E isto é apenas o “levantar de véu” dos contributos que recebemos e que temos a honra de partilhar ao longo desta semana com todos.

O desafio que fazemos é o de que viajem connosco ao longo destas histórias de vida e que as partilhem, ampliando a nossa voz e fazendo eco do extraordinário trabalho realizado por estas mulheres em prol da cultura». 

 

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Chegámos à iniciativa da Direção Regional da Cultura do Centro a que se refere o anteriormente exposto pela comunicação social, por exemplo aqui,  e de forma natural veio-nos à memória o que em tempos tinha sido previsto com vista ao conhecimento das Mulheres na Cultura e nas Artes em Portugal. De memória, mas lembrando-se que estiveram em Plano Setorial da Cultura, público, (que não conseguimos  encontrar na internet, certamente porque não procurámos como devia ser), projetos/programas como estes: Diretoras e Criadoras nas Artes do Espetáculo na esfera do Serviço Público; Mulheres na Cultura em Portugal – Ilustradoras portuguesas. Integração na base de dados; Melhorar a informação sobre a cultura no feminino - obras, literárias, artísticas e científicas, por género; ... Refletindo sobre o assunto,  em linha com o que tanto tem sido debatido em acontecimentos - seminários, workshops, palestras ... -, há investimentos que neste tempo de transformação digital só se justifica sejam feitos em grande escala, a utilizar por todos. Ou seja, na circunstância, há infraestruturas tecnológicas que no século XXI se exige pensadas para todo o universo Ministério da Cultura aqui equacionado relativamente ao que se passa no seu interior e no seu contexto.  E tudo isto é como as cerejas, e lembramos em forma de ilustração:

Mas podemos indicar especificamente para a Cultura o que se passa aqui ao lado em Espanha:


E nestas matérias impossível esquecer o que acontece em França:





sexta-feira, 12 de março de 2021

EXCELENTÍSSIMO PRÉMIO PESSOA 2020 | Elvira Fortunato

 


Elvira Fortunato sublinhou  o quanto contente estava nomeadamente pelo facto do Prémio ter sido para uma mulher e cientista. Aqui pode ler-se: «Elvira Fortunato diz que está “duplamente feliz” com o Prémio Pessoa 2020 que hoje lhe foi atribuído. A engenheira e cientista explica à Renascença que é a “sexta mulher” a receber o prémio, em 34 edições, e que isso a deixa “contente”, como a deixa feliz o facto de ser uma distinção na área da ciência».
Não pode deixar de se salientar o quanto a galardoada nas suas declarações evidenciou esta desproporção:  em 34 edições só 6 mulheres foram as distinguidas. Frisou que certamente nas diferentes áreas haverá mais mulheres que o mereciam. Será neste quadro que melhor se verá o alcance das palavras do Ministro Manuel Heitor:«É um  exemplo para todas as jovens sobre o papel das mulheres na ciência e no avanço das ciências e tecnologias dos materiais».




quarta-feira, 10 de março de 2021

«Gender Equality & Diversity in European Theatres»

 


Disponível aqui



Estudos são sempre de louvar, até como estimulo para que outros se lhes sigam com amostras cada vez mais representativas. E em particular quando visam análises em torno das «Igualdades» como é o caso do estudo a que se referem as imagens acima. O jornal Público/Ípsilon debruçou-se sobre o trabalho:




 Excerto: «(...)O estudo conclui que há quatro mulheres para cada seis homens creditados nas fichas técnicas e artísticas dos espectáculos, e que os homens dominam as categorias profissionais de dramaturgo, encenador e técnico, enquanto as mulheres ocupam mais de 70% dos cargos de “figurinista” e “cabeleireiro”. (...)». 



«In Memoriam: Wilhelmina Cole Holladay»

 


Haverá quem conheça a obra e não conheça, na circunstância, a criadora:  falamos de Wilhelmina Cole Holladay que foi a fundadora do «National Museum of Women in the Arts (NMWA)», museu  que muitas vezes temos trazido para o «Em Cada Rosto Igualdade».  A triste notícia, Holladay faleceu. No site do «seu» Museu, desta mulher que tanto trabalhou para tirar mulheres artistas da sombra podemos saber mais. Aqui.

 



NO DIA DAS MULHERES MAIS VISIBILIDADE | uma causa de todos os dias destacada pela comunicação social no 8 março 2021