terça-feira, 30 de novembro de 2021

«A Economia Distingue o Género?»

 


ouça aqui

«É verdade que muito já se fez pela igualdade de género; mas também é certo que ainda estamos longe de estar no ponto óptimo: a desigualdade continua a existir e, também na Economia, as vantagens da diversidade ainda são mais perspectivadas na teoria do que na prática. Porém, os estudos dizem-nos que sempre que as organizações apostam na diversidade e colocam mulheres em posições relevantes, a produtividade aumenta. Venha ouvi-los nas vozes de Cátia Batista e Hugo van der Ding».



«Plan de lutte contre les violences et le harcèlement sexistes et sexuels dans le spectacle vivant»

 





segunda-feira, 29 de novembro de 2021

AMANHÃ 30 NOVEMBRO 2021|«Cerimónia Conjunta do Pacto para a Conciliação e da Meta Nacional para a Igualdade de Género»

 



«Decorre, no próximo dia 30 de novembro, a Cerimónia Conjunta do Pacto para a Conciliação e da Meta Nacional para a Igualdade de Género.

Com transmissão em direto no website e página de Facebook da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, a cerimónia tem início às 09h00 e conta com a participação da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade de Género, Rosa Monteiro, na sessão de abertura.

A iniciativa conta com Cerimónia Protocolar para reconhecimento das entidades certificadas pela NP 4552 – Norma Portuguesa da Conciliação e adesão de novas entidades ao Pacto para a Conciliação.

Segue-se o lançamento da Meta Nacional para a Igualdade de Género com a apresentação das Empresas Bandeira, que assumiram o importante compromisso de alcançar 40% de Mulheres em Cargos de Decisão até 2030.

A iniciativa, promovida pela Global Compact Network Portugal, conta com o apoio de Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego e APEE – Associação Portuguesa de Ética Empresarial e consubstancia um repto às empresas portuguesas para que adiram, à semelhança das Empresas Bandeira, à Meta Nacional para a Igualdade de Género.

Saiba mais sobre a Meta Nacional em: https://lnkd.in/e-Saby33». Veja aqui.


domingo, 28 de novembro de 2021

DOSTOIEVSKI |«A Submissa»

 



«Esta narrativa, publicada pela primeira vez em 1876, fala-nos das recordações de um prestamista cuja mulher se suicidou. O corpo da mulher está estendido sobre a mesa enquanto o monólogo decorre. O narrador tenta compreender o que se passou.

Pouco a pouco, vão-se delineando as causas do que aconteceu. A submissa morreu porque o marido matou o seu amor. Ela era demasiado casta e pura para poder ser a esposa que o homem desejava.

Na verdade, este tinha a psicologia de um ressentido contra a sociedade, o que levou a transformar o seu amor em tirania». +.



sábado, 27 de novembro de 2021

«A produtividade das mulheres»

 

Excerto: «(...) O primeiro resultado marcante é a diferença entre o percurso da produtividade por género. Até ao casamento, homens e mulheres são semelhantes. Mas, depois, entre os 28 e os 40 anos, a produtividade das mulheres não aumenta, enquanto que a dos homens sim. Depois, a partir dos 40, a produtividade das mulheres começa a aumentar enquanto que a dos homens estagna. Os economistas mostram que a diferença está concentrada nas cientistas que se casam e têm filhos. A sua produtividade retoma o crescimento aproximadamente 15 anos depois do casamento, quando para muitas, as crianças precisam de menos atenção. Isto implica que, quando olhamos para cientistas com mais de 50 anos, as mulheres são tão ou mais produtivas do que os homens. Mas, quando olhamos para os cientistas entre os 35 e 40 anos, os homens estão acima das mulheres e a diferença entre eles está no seu máximo. Ou seja, é na idade em que os cientistas são julgados e promovidos a professores (as posições seniores) que a diferença entre eles e elas é maior. Isto provavelmente explica porque é que na geração coberta pelo estudo, 62% dos pais foram promovidos mas isso só aconteceu com 38% das mães (e, já agora, num outro grupo de estudo 54% das mulheres sem filhos foram promovidas). Explica também porque é que as mulheres cientistas escolhem ter filhos com uma probabilidade que é só 2/3 daquela que verificamos para os homens cientistas, e só metade se casa com uma frequência que é metade da dos homens.

Estes resultados refletem o panorama dos anos 50 e 60, que é a amostra do estudo. Com amostras mais pequenas e maior dificuldade em separar o efeito causal dos filhos, outros estudos usando amostras mais recentes descobrem resultados qualitativamente consistentes (se bem que não no tamanho). Durante 2020, quando fechámos as escolas, a produtividade das mães cientistas caiu muito mais do que a dos homens. Alguns inquéritos mostram que as mães com filhos com menos de seis anos perderam 17% mais tempo do aquelas com filhos mais velhos. Por sua vez, como já escrevi neste espaço, os dados dos países nórdicos mostram que mesmo com licenças de maternidade generosas e creches públicas, ainda há um efeito grande e permanente da natalidade no salário das mães em relação aos pais ou às mulheres sem filhos.

Para pôr estes resultados no seu contexto, hoje, na população entre os 25 e os 34 anos, em todos os países da OCDE sem uma única exceção, há mais mulheres com um curso superior do que homens. As mulheres são a maioria dos estudantes de direito ou medicina ou dos programas de doutoramento. É já praticamente certo que a maioria das mulheres no futuro próximo se vai provavelmente casar com um homem que ganha menos do que ela. Não me parece que elas vão aceitar que ter filhos implique que os papéis se invertam, e passem eles a ganhar mais. Ou a natalidade vai cair (ainda mais?), ou o papel de pais, mães e Estado na educação das crianças vai-se alterar muito. É difícil imaginar que isto não implique mudanças na organização do trabalho, incluindo no trabalho à distância e no teletrabalho, com uma influência mais profunda e prolongada do que a da pandemia. Uma tendência que se vê já é mulheres que se casam mais tarde e têm filhos depois dos 40 (quando já ascenderam aos cargos seniores) usando os avanços na inseminação artificial. A pandemia pode ser o ponto de viragem em que estas mudanças se tornam mais visíveis. Mas, mais cedo ou mais tarde, elas iam acontecer».

A propósito, e referido no artigo: 






sexta-feira, 26 de novembro de 2021

«This ‘feminisation from the top’ hides, however, the continuing difficulties many women encounter in their journey within the trade union movement.»


«(...)

Continuing difficulties

This ‘feminisation from the top’ hides, however, the continuing difficulties many women encounter in their journey within the trade union movement. Some traditionally male-dominated unions are still struggling to advance equality and diversity—including the GMB, which was the subject of an independent report describing it as ‘institutionally sexist’ in 2020.

Graham’s election as head of Unite took place amid a smear campaign of ‘disgraceful’ online abuse, including disparaging mocked-up pictures, associated with her refusal to stand aside for two more prominent male rivals. And she managed to get elected without the backing of any regional secretary, challenging the internal system of co-option. (...)» - Na integra.






NO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA | «OBRA CONVIDADA ALONSO SÁNCHEZ COELLO Infanta Isabel Clara Eugénia com Magdalena Ruiz Museo Nacional del Prado, Madrid»

 

«(...)A figura da infanta, com uma das mãos apoiada na cabeça de Magdalena Ruiz, remete para outros retratos femininos da dinastia dos Habsburgos. A inclusão da imagem paterna – um retrato dentro do retrato, reproduzindo o busto em alabastro de Pompeo Leoni – servia para reforçar o porte majestático do modelo. A presença da anciã – uma criada muito próxima, vinculada à corte espanhola durante o reinado de Carlos V e de Isabel de Portugal – é igualmente um elemento que reforça o sentido da tradição e da continuidade familiar.
A composição revela, por outro lado, curiosas referências filoportuguesas: a infanta exibe uma indumentária com as cores do cerimonial luso (ouro sobre branco) e Magdalena Ruiz – que, em 1581, acompanhara Filipe II a Portugal – ostenta, por sua vez, um colar de coral – eventual recordação dessa viagem – e sustém entre as mãos dois pequenos macacos, oriundos da América amazónica». Leia na integra.


terça-feira, 23 de novembro de 2021

REVISTA «ZUM 21»

 


«(...)

Inspirada pelo movimento Black Lives Matter, a artista e curadora Deborah Willis relembra as imagens de injustiça e esperança que marcaram sua vida e exalta o poder da fotografia como ferramenta de protesto, construção de memória e defesa dos direitos das pessoas negras nos EUA. Fotos de Carrie Mae Weems, Bruce Davidson, Gordon Parks e Andre D. Wagner.

O movimento #MeToo inspirou Laia Abril a pesquisar as raízes comuns dos casos de violência sexual contra mulheres. Em Do estupro (2021), novo capítulo de Uma história da misoginia, inaugurada com um projeto sobre o aborto, a fotógrafa espanhola reúne testemunhos, objetos e documentos para denunciar a cultura do estupro no mundo todo.

A revista traz também o relato inédito da pesquisadora Glicéria Tupinambá em A visão do manto. Orientada por fotografias e sonhos, a artista conta como voltou a confeccionar o manto tupinambá, artefato há séculos desaparecido da vida dos indígenas. Fotos de Lívia Melzi, Fernanda Liberti e Glicéria Tupinambá. (...). Leia na integra.




segunda-feira, 22 de novembro de 2021

ADÍLIA LOPES | «DOBRA / Poesia Reunida»

 


«Tem mil páginas a reunião dos pequenos livros de Adília Lopes: ‘Dobra Poesia Reunida' (Assírio & Alvim) comove-nos, faz-nos sorrir, pensar, rir de novo, sempre. "Sou uma personagem/ de ficção científica/ escrevo para me casar."
Francisco José Viegas»

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 «Em casa/ oiço os pássaros/ nas árvores/ é a música/ de que gosto mais.»  

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«No café/ o mundo/ e o café/ a bebida mágica/ no tampo da mesa/ o meu mundo/ o caderno e a esferográfica/ à volta o bairro/ os rostos familiares/ a têvê não vê/ na rua há pombos.»




domingo, 21 de novembro de 2021

«DIVAS DO CINEMA ITALIANO»|ciclo a decorrer na Cinemateca até ao próximo dia 30

 

Recorte do artigo de Jorge Leitão Ramos no semanário Expresso.

De lá:«(...)As divas no cinema transalpino — outrora um dos mais poderosos da Europa — é, como se vê, um fenómeno de sempre e está a ser celebrado pela Cinemateca Portuguesa, numa parceria com a Festa do Cinema Italiano. Nunca o termo ‘festa’ pareceu mais adequado. Há que vê-las, deidades de um tempo que se esvaiu quando, de Roma a Milão, de Turim a Nápoles, as televisões desreguladas tomaram conta de tudo. Felizmente, os filmes ficam, enquanto as Cinematecas fizerem o trabalho de os preservar. 

Antes de todas, acima de todas, magna mater, Sophia Loren. É a diva com a rota mais típica e jubilosa, nascida em pobre família napolitana, sem pai à vista, belíssima e a usar essa beleza para ser notada. Tem 16 anos, em 1950, quando concorre a Miss Itália — e não ganha. Queda-se pelo troféu secundário de Miss Elegância, o bastante para que fique debaixo de olho de gente que abre portas no cinema. Pequeníssimos papéis que vão definitivamente aumentar quando, em 1951, conhece Carlo Ponti, que a põe sob contrato e lhe impulsiona carreira, fama e proveitos. Muda-lhe o nome — ela que fora Sciocolone, depois Lazzaro, ficaria Loren, nas fitas, para todo o sempre — e muda-lhe a vida. E Sophia vai revelar um prodigioso talento, bem para lá dos dotes físicos com que nascera. Chegará ao cinema americano e ao Óscar — todavia, com um filme italiano de um realizador chave: “La Ciociara”, de Vittorio De Sica (1960). Obra a ver, na Cinemateca, dia 22, às 15h30. Para ficar com vontade de uma retrospetiva onde não faltam obras-primas. (...)».

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Do site da Cinemateca: «Quase a fechar um ano de programação que teve já dois momentos muito importantes dedicados a Itália (com os Ciclos Cinema Italiano, Lado B e Cecilia Mangini), a Cinemateca regressa a esta cinematografia para celebrar algumas das suas mais afamadas intérpretes.
Terá sido no cinema italiano que se deu a conhecer o primeiro star system, dando a alguns protagonistas dos filmes do princípio da década de 1910 um estatuto de especial relevância não só nas narrativas, mas na utilização dessa excecionalidade na relação com o público e enquanto instrumento de marketing muito eficaz. No caso das primeiras mulheres que tiveram esse estatuto, o termo diva (tomado de empréstimo à reputação da ópera e à popularidade das suas maiores intérpretes femininas) ficou como sinónimo do resultado da fusão entre a personalidade carismática de uma atriz e das personagens bigger than life que interpretou, ao ponto de uma e outra dimensão serem indissociáveis (é dessa matéria que se faz uma estrela de cinema como dizia Edgar Morin no seu seminal Les stars). Embora com muitas mudanças e atualizações ao longo da sua história, a importância das divas no cinema italiano permaneceu um elemento de continuidade no imaginário popular dos seus espectadores, dentro e fora de Itália.
O presente Ciclo, coorganizado pela Cinemateca e pela Festa do Cinema Italiano, este ano na sua 14ª edição, traça uma genealogia das divas do cinema italiano, percorrendo cerca de 100 anos dessa cinematografia ao sabor dos nomes das suas atrizes mais consagradas, capazes de disputar a primazia do público com as grandes vedetas americanas ou francesas das mesmas épocas (para ficar apenas pelas duas outras cinematografias que mais marcaram o imaginário popular em Portugal). Num programa com 22 títulos em que tentámos evitar as obras mais conhecidas da carreira de cada diva nele representado (metade dos filmes são inéditos na Cinemateca), veremos a evolução desta classe especial de atrizes desde as primeiras divas do mudo (Lyda Borelli, Francesca Bertini, Pina Menichelli)  até às estrelas de décadas mais próximas de nós (Ornella Muti, Valeria Golino), passando pelas vedetas da “idade de ouro“ do cinema italiano dos anos de 1950 a 1970 (uma longa lista, mas mesmo assim necessariamente incompleta, que inclui os nomes de Anna Magnani, Sophia Loren, Gina Lollobrigida, Alida Valli, Silvana Mangano, Stefania Sandrelli, Claudia Cardinale, Giulietta Masina, Virna Lisi, Mariangela Melato e Monica Vitti).
Complementarmente ao programa de filmes, a Cinemateca acolhe uma conferência do antropólogo Maurizio Bettini sobre o tema do Ciclo e a Festa do Cinema Italiano organiza a exposição fotográfica “Photocall - Atrizes do Cinema Italiano”, realizada em colaboração com o Museu de Cinema de Turim, na Sociedade Nacional de Belas Artes a partir de 5 de novembro». Veja a Programação.


 

sábado, 20 de novembro de 2021

UNICEF | #WorldChildrensDay

 




«Falar em público»

 


no semanário Expresso | A culpa não é dos genes | Sandra Maximiano

O artigo começa assim:

«Só esta semana, recebi três convites para integrar painéis em conferências não-académicas. Dois dos eventos irão ocorrer em poucos dias. Todos são em áreas das quais não sou especialista. A minha agenda está cheia e os dias acabam sempre com a sensação de que preciso de mais tempo ou de um clone. Cada vez que aceito um convite destes sinto que legitimo maus hábitos: a falta de planeamento português e os convites de última hora, achar-se que a profissão de economista serve para falar sobre qualquer assunto e aceitar-se como normal a não-compensação monetária das atividades intelectuais. Então, porque não dizer “não”? Porque sou mulher e carrego o peso de fazer o que apregoo. Durante anos tenho criticado a baixa representatividade feminina na esfera pública, um problema que resulta da conjugação do preconceito, discriminação, enviesamento a favor dos pares — o que faz com que homens convidem mais homens —, mas também porque as mulheres rejeitam mais estes convites.

As mulheres, em média, recusam mais frequentemente participar em debates públicos. Por um lado, devido a restrições familiares. Por muito que os homens realizem tarefas domésticas e até ocupem o mesmo tempo nestas que as mulheres, são elas que, em geral, assumem as tarefas do final da tarde, como ir buscar os filhos à escola ou preparar o jantar. Neste caso, a participação feminina em debates e conferências exige uma maior reor­ganização familiar do que se a participação for masculina. (...)».


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

«DIÁLOGO INTERGERACIONAL» NA LISTA B DO CANDIDATO ANTÓNIO MENDONÇA A BASTONÁRIO DA ORDEM DOS ECONOMISTAS




 


Antes, aqui no Em Cada Rosto Igualdade, já nos tínhamos referido às Eleições em curso na Ordem dos Economistas com este post:  ORDEM DOS ECONOMISTAS | a igualdade de género na «Plataforma Eleitoral António Mendonça». Voltamos às eleições pela Mensagem da imagem acima. Se mais razões não houvesse - e muitas existem - «Igualdade de Género» e «Diálogo Intergeracional» seriam causas suficientes para estarmos, como acontece,  com a Candidatura de ANTÓNIO MENDONÇA. Avalie por si nos endereços seguintes que acompanham a missiva:  


«Pode aceder ao nosso Programa de Ação no Site da Lista B em: https://antoniomendoncaeleicoesoe21.pt/programa/

Pode acompanhar também, de forma mais direta, as nossas iniciativas em:

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCHFj8aEygSh7aa1bRI3FJ3A 

Linkedin: www.linkedin.com/in/eleições-ordem-dos-economistas-lista-b-antónio-mendonça 

Para acesso mais direto, enviamos o link da recente entrevista à TSF/Dinheiro Vivo:
https://www.dinheirovivo.pt/economia/antonio-mendonca-novo-aeroporto-nao-avanca-por-incompetencia-e-incapacidade-politica-14289895.html »



A(s) IGUALDADE(S) NO CENTRO COMO DEFENDEMOS E NÃO COMO COISAS LATERAIS! 


 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

C.ROSA COSTA |«História do Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas 1914 - 1947»

 


«A HISTÓRIA DA MAIS IMPORTANTE E DURADOURA ORGANIZAÇÃO FEMINISTA EM PORTUGAL

Inserido no movimento feminista da primeira vaga, de início do século xx, o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas (CNMP) foi a organização com a maior longevidade na história do associativismo feminista em Portugal, tendo mantido sempre constante a publicação do seu boletim, intitulado Boletim Oficial do CNMP, depois Alma Feminina e finalmente A Mulher.
Com ligação ao movimento feminista internacional, foi filiado no International Council of Women (ICW) e na International Women Suffrage Alliance (IWSA), participou nos congressos feministas de Roma, Washington, Paris e Edimburgo, e organizou dois Congressos Feministas (1924 e 1928).
Decidida a pôr cobro à actuação da sua presidente, Maria Lamas, e de outras sócias no movimento de oposição, a ditadura do Estado Novo ordenou o encerramento do Conselho em 1947.
Com mais de três décadas de actividade ininterrupta, o CNMP é um objecto histórico fértil que permite conhecer a história da agremiação feminista, do movimento feminista e do associativismo feminino portugueses». Saiba mais.



«Realiza-se, nos próximos dias 17 e 18 de novembro, no Auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, o I Fórum Portugal Contra a Violência»

 


Programa e Inscrição



«As Mulheres e o Trabalho»

 




domingo, 14 de novembro de 2021

«50 WOMEN IN THEATRE | to celebrate the influence of female writers, performers, producers and creatives»

 



«A who’s who of women’s contributions to theatre feels like a long overdue reference publication which Naomi Paxton, Susan Croft and Gabrielle Brooks have addressed in their new book 50 Women in Theatre edited by Cheryl Robson. Taking a global as well as a historical perspective, this volume is essential reading for anyone hoping to celebrate the influence of female writers, performers, producers and creatives.

Opening with three essays exploring different kinds of types of contribution, Paxton’s piece discusses the early pioneers, Croft the post-war era and Brooks (recently seen in Jouvert in the West End), offers an assessment of post-pandemic opportunities while pointedly exposing some of the “closed shop” practices that limit opportunities for women and those outside the select inner circle. While these articles are essentially lists of women and productions, dating back to the seventeenth-century, there is some value in seeing the growth and breadth of their impact in print.

The remaining sections of the book are devoted to individual profiles of significant women, divided into ‘Pioneers and Legends’ and a collection of mini-interviews entitled ‘Women in Theatre in Their Own Words’. Invariably with a selection of 50 there is plenty of debate to be had about who is left out. And while none of the women in the book should be omitted, there are easily 50 more who could be included.

Many of those profiled continue to work and have had long careers, but a book like this should be as interested in the future as it is the past and present. An additional essay or profile on theatre’s rising stars and those making significant impacts would add additional value; those like director Marianne Elliott who is name-checked in a couple of essays, but is, arguably, one of the only women to break through to superstar director status and is almost at the point where her name alone is distinctive enough to sell a show. Likewise, the work of producer Katy Lipson in seizing opportunities to tell new kinds of stories on the biggest platforms, while writers like Morgan Lloyd Malcolm, Lolita Chakrabti and Natasha Gordon are introducing the West End to valuable new perspectives, voices and experiences.

If the biography approach has a fault, it is that it lacks analysis, so rather than merely listing and describing, it could have been more interesting to think more about the ways women’s contributions have changed theatre. The women in this book are more than a list of productions; they have fundamentally altered how theatres operate and taken every chance to advance the art form. For example Caryl Churchill upended structure and form on stage in a way that is entirely distinct, while Sonia Friedman has developed a formula for success that has transformed commercial theatre and its relationship with audiences and critics.

On that note, the creation of theatre is only half of the process, so what of the critics, a whole side of the theatre industry not even referenced here but has a vital intermediary role in the transition between theatre-makers and audiences – a paragraph or two for prominent arts writers including Lyn Gardner, Libby Purves or Sarah Crompton would also enhance the depth of the book. As a publication, 50 Women in Theatre is comprehensive and a good thing to have, an important collection of talent around the world. Yet, is it enough just to show that women were there without assessing how they are shaping the agenda?». Saiba mais.  E também neste endereço.




 

sábado, 13 de novembro de 2021

«SITES» DE QUE GOSTAMOS | «LECTURALIA» | lá podemos saber sobre María de Zayas - «es la primera mujer novelista de nuestra literatura, y destaca entre los autores de novelas cortas del siglo XVII, por debajo solo de Cervantes»

 

«Resumen de DESENGAÑOS AMOROSOS

María de Zayas es la primera mujer novelista de nuestra literatura, y destaca entre los autores de novelas cortas del siglo XVII, por debajo solo de Cervantes. Los "Desengaños" están escritos con el deseo de defender el buen nombre de las mujeres y advertirlas de los engaños masculinos. María de Zayas creyó firmemente en la capacidad intelectual de las mujeres y defendió su derechos a la cultura y a desempeñar cargos de responsabilidad». Saiba mais. 

Ah, o site da LECTURALIA.: conheça a Biografia de de María de Zayas  que lá está divulgada.




«Empregadas de Limpeza»

 




quinta-feira, 11 de novembro de 2021

ALGARVE | «Arte no Feminino»

 


Veja aqui

«(...)

Distopia no feminino é o tema da revista esfera #13, cujo lançamento terá lugar no próximo sábado dia 13 pelas 18h no Auditório Solar da Música Nova em Loulé.

O tema deste número foi decidido muito antes dos títulos dos jornais nos invadirem com o retrocesso da igualdade de género no mundo, porque hoje, mesmo em Portugal, os números são assustadores tanto quanto à desigualdade de direitos, como de oportunidades, segurança ou até mesmo expressão. Apesar desse grito necessário estar implícito em toda a revista, não foi por esta válida razão que o diretor, Paulo Tomé, optou por dedicar o número 13 ao feminino.

A expressividade artística, tão particular, e a sensibilidade no feminino é aquilo que se explora nas dissertações e manifestações artísticas deste número da revista, que surge como um tributo de Paulo Tomé às artistas e colaboradoras: Ana Frederica, Carla Badillo Coronado, Célia Mendes, Eva Anjos, Genoveva Faísca, Isabel M. Marques, Joana Rego, Josefa de Lima, Laura Carlos, Mariana Rosa, Mercedes Escolano, Paula Rocha, Raquel Zarazaga, Sara Monteiro, Sofia Correia, Teresa Miguel, Teresa Muge, Violante C., Virginia Golf e Zulmira Oliva e Neuza Tomé. (...)».





terça-feira, 9 de novembro de 2021

WOMEN´S FILM FESTIVAL | Olhares do Mediterrâneo | 10-14 de NOVEMBRO 2021

 


«(...)

A missão dos Olhares do Mediterrâneo é promover a produção cinematográfica das mulheres que trabalham nos países à volta do Mediterrâneo. As mulheres entram no Festival como fazedoras de cinema (realizadoras, argumentistas, produtoras, montadoras, etc.), não necessariamente como protagonistas dos filmes, porque é grande a variedade de temas que as cineastas querem abordar. Porém, este ano, as mulheres são também protagonistas de muitas das histórias que recebemos e, portanto, vos apresentamos.

Histórias de resiliência, resistência e reivindicações. Histórias de mulheres que não querem ficar quietas e caladas no lugar que a sociedade ou a contingência lhes quiseram definir. Mulheres que olham para si e para o mundo, que interrogam e desafiam a realidade à sua volta, que criam laços, saltam fronteiras e transmitem heranças. Mulheres que se dão a ver e falam alto (e às vezes cantam). Mulheres cujo corpo às vezes se transforma em obras de arte que desafiam o patriarcado.

Não faltam, na programação, histórias mais íntimas, de relações e laços familiares emaranhados, às vezes melancólicos, de amores complicados, com desfechos sombrios ou divertidos. Mas nunca perdemos de vista a vastidão do mundo e das histórias que nele, e fora dele, cabem. Assim, este ano também apresentamos histórias migrantes, que saem de uma ponta do Mediterrâneo para chegar ao Atlântico, passando por Urano. Histórias de fronteiras, reais e simbólicas, de prisões com grades ou a céu aberto, histórias com finais felizes e dramas sem fim à vista. Contamos o mundo, observado pelas mulheres do Mediterrâneo, de olhos bem abertos».


segunda-feira, 8 de novembro de 2021

A PROPÓSITO DO ESPECTÁCULO EM CENA NO TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE | «Dramaturgas del Siglo de Oro» | DE JUANA ESCABIAS

 





É verdade, temos oportunidade de beneficiarmos da presença de JUANA ESCABIAS  nas Conversas com o Público a propósito da peça em cena «Não come nem deixa comer».  Veja aqui . E esta circunstância levou-nos ao livro da imagem acima, aliás ao qual em tempos já nos tínhamos referido.



TEATRO|«Nem come nem deixa comer»| 5 NOV A 5 DEZ 2021| TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE | ALMADA

 



S
obre o espectáculo diz o encenador Ignacio Garcia: «(...) Na versão que agora levamos à cena propomos uma leitura feminista e liberal da história original , navegando entre a trepidante comédia de portas e a melancolia metafísica (...)»: 

 

E quem já viu a peça logo realçou o impactante cenário de José Manuel Castanheira. Como conclusão de espectadores comuns: a não perder.






sábado, 6 de novembro de 2021

«São muitas as razões que levam as mulheres a adiar a maternidade»

 

Excerto:
«(...)

São muitas as razões que levam as mulheres a adiar a maternidade. Catarina Delaunay, investigadora auxiliar do Centro Interdisciplinar de Ciên­cias Sociais (CICS.NOVA), refere a dificuldade de as mulheres estabelecerem relações estáveis, dado o elevado número de divórcios e o desafio em encontrarem alguém para partilhar um projeto parental. Mas há mais. “As mulheres optam por prolongar os estudos e investir na carreira, adiando a maternidade”, ao mesmo tempo que “participam no mercado de trabalho em igualdade de condições e oportunidades com o sexo oposto”. Isto associado às poucas políticas de apoio à família “leva as mulheres a terem de optar entre a maternidade e a carreira”. A instabilidade económica e a precarie­dade laboral são outros fatores para as mulheres decidirem ter filhos mais tarde. “Com isto, o momento surge quando as mulheres conseguem reunir as condições materiais, financeiras, conjugais, afetivas e profissionais que consideram necessárias. E quando decidem engravidar já pode ser tarde.” (...)».



«MÁS DE 10.000 PERSONAS PIDEN QUE LOS MEDIOS PÚBLICOS IGUALEN LA COBERTURA DEL DEPORTE FEMENINO AL MASCULINO»


 




sexta-feira, 5 de novembro de 2021

«Pauliana Valente Pimentel, artista visual e referência da fotografia portuguesa contemporânea, mostra as condições de vida das comunidades ciganas de Faro, Loulé e Boliqueime na exposição "Faro – Oeste"»

 


«Pauliana Valente Pimentel: Esta exposição tem a ver com o facto de eu, desde há muitos anos, passar férias no Algarve. Comecei a aperceber-me que há uma grande concentração de comunidades ciganas que vivem em acampamentos, alguns fora da vista, muito isolados, e de uma maneira ainda bastante rudimentar. Alguns ainda utilizam carroças. Isso chamou-me a atenção. Em 2019, antes de ter sido convidada para este Festival, comecei a fazer um pequeno retrato na zona de Castro Marim e Vila Real de Santo António (VRSA). Aos poucos, comecei a entrar nas comunidades e tive aceitação. Quando surgiu o convite por parte do Festival Verão Azul, acompanhado por uma bolsa, foi uma oportunidade perfeita. Decidi alargar o território. Com tempo e calma fotografei quatro acampamentos na zona de Faro, Loulé e Boliqueime, nas zonas onde o Festival acontece.

Pode precisar onde fotografou?
O Cerro do Bruxo, em Faro, parece um campo de refugiados. A Horta da Areia, junto à Ria Formosa, é menos interessante, porque as pessoas são as mais fechadas. Tenho poucas imagens porque não tiveram interesse. Em Loulé, fotografei o Alto do Relógio, que é absolutamente fascinante, um acampamento no meio das alfarrobeiras, parece que estamos num filme do Tony Gatlif. Em Boliqueime, fotografei o acampamento do Monte João Preto que tem um aspeto mais agressivo. (...). Continue a ler na plataforma SAPO.