«Nascida a 29 de Janeiro de 1923, Laura Lopes fez no domingo 100 anos. Natural de uma família operária, foi professora, jornalista, advogada de presos políticos e de sindicatos, militante comunista, dirigente e activista do Movimento Democrático e Mulheres e do Conselho Português para a Paz e Cooperação. A sua assinatura, aliás, consta no documento que deu existência legal ao CPPC, formalizada em Abril de 1976.
Atenta desde muito jovem ao mundo que a rodeava, Laura Lopes tinha 26 anos quando participa na sua primeira acção pública em defesa da paz, promovida pelo MUD Juvenil: a 9 de Abril de 1949, poucos dias após a criação da NATO, que integrava Portugal, colocou uma coroa de flores no monumento aos mortos da Grande Guerra, com a inscrição A Juventude luta pela Paz. Em 1950, foi detida por recolher assinaturas para o Apelo de Estocolmo, contra as armas nucleares.
Com Vasco Cabral e Manuel Valadares, integrou a delegação portuguesa ao Congresso dos Povos para a Paz de 1952, em Viena. Apoiou a candidatura presidencial de Ruy Luís Gomes, em 1952, sendo por isso demitida do ensino. Participou na Assembleia do Conselho Mundial da Paz, em Sófia, pouco antes do 25 de Abril, juntamente com Urbano Tavares Rodrigues e Vasco Magalhães Vilhena. Foi activista da Comissão Democrática Eleitoral (CDE) e esteve no III Congresso da Oposição Democrática, realizado em 1973 na cidade de Aveiro. Durante o período que viveu em Paris, liga-se à Comissão Nacional da Paz e Cooperação.
Após a Revolução, participou em diversas iniciativas internacionais relacionadas com a defesa da paz, tanto em representação do CPPC como do MDM: entre elas, destacam-se a Conferência das Mulheres para a Segurança e Cooperação na Europa, em Helsínquia, e outras reuniões, congressos, assembleias e encontros realizados em diversos países do Mundo. (...)»
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