Sobre os convidados, no Em Cada Rosto Igualdade, temos posts sobre Djaimilia Pereira de Almeida, por exemplo: «ser uma escritora negra», e mais distante DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA | «Luanda, Lisboa, Paraíso».
De André Tecedeiro, assinalemos:
SINOPSE
«Tenho
defendido que o século pertence às mulheres, ao seu paradigma enfim livre, ou
ao menos insubmisso como nunca, fazendo também com que as poetas se tornem
muito mais vibrantes do que os poetas recentes. O André Tecedeiro, contudo,
comporta uma retumbante excepção. Às voltas com as questões do corpo, muito
outras das que foram trabalhadas exaustivamente por grande tempo no século XX,
o seu lugar é uma das últimas novidades masculinas no que ao debate poético diz
respeito. O homem que Tecedeiro implica é aquele que falta, o que faz falta, o
que ainda nos pode ensinar e deslumbrar.
Apela à minha sensibilidade sobretudo o jeito que tem de se estudar sem
sucumbir à angústia. Não lhe falta contundência, clareza ou sobriedade, mas não
se entrega exactamente a um aparato trágico de efeitos alardes ou exagerados. É
um pensador junto à ciência possível. Interessa-lhe conhecer e mudar.
Interessa-lhe a arte e a sabedoria, como se estivesse ao pé de educar a própria
natureza. Ao pé de educar o corpo.
Considero-o um dos mais importantes poetas portugueses surgidos neste século.
Breve e de aparência simples, a sua profundidade é uma hipótese de completude.
Essa impossível coisa para que, por utopia, tendemos a correr.»
Valter Hugo Mãe
***************************
E lembremos as coordenadas do CICLO DE CONVERSAS a decorrer - o destaque é nosso:«O mais extremo amor da nossa História, tão tresloucado que levou o rei D. Pedro a coroar Inês de Castro depois de morta, paira como tema e obsessão sobre
a literatura ibérica dos últimos séculos. De Os Lusíadas aos poetas contemporâneos, não faltam exemplos de revisitações desta tragédia. Em paralelo com a
reposição de um desses exemplos, a peça de Luis Vélez de Guevara (autor espanhol do séc. XVII), tentaremos pensar o drama da paixão funesta com o olhar
do nosso tempo, examinaremos os ecos e legados da tradição literária do século
de ouro (Siglo de Oro) e exploraremos a coragem, ou desassombro, de quem se
atreve a escrever sobre o amor na era do distanciamento irónico e do cinismo».
Sem comentários:
Enviar um comentário