quinta-feira, 31 de julho de 2025

Festival de cinema Queer Lisboa

 



Excertos: «A adaptação do romance “Tese sobre uma domesticação”, da argentina Camila Sosa Villada, e o filme biográfico sobre o músico Ney Matogrosso integram em setembro o festival de cinema Queer Lisboa, revelou hoje a organização. (...)Este ano, o Festival Internacional de Cinema Queer, em parceria com a Cinemateca Portuguesa, vai dedicar uma retrospetiva ao cineasta francês Lionel Soukaz, “ativista e figura central e pioneira do movimento LGBTQIA+ em França” e que morreu em fevereiro aos 71 anos. (...)».

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Ainda


Saiba mais

SINOPSE
«A atriz travesti de grande notoriedade pela sua representação de A Voz Humana, de Jean Cocteau, tem um casamento aberto com um belo advogado homossexual. Juntos, adotaram uma criança seropositiva. Esta nova vida familiar aparentemente estável - com dinheiro e conforto - é uma cedência aos padrões burgueses e não podia estar mais nos antípodas da antiga existência dela: boémia, despreocupada e livre.
O erotismo, a violência e a imensa ternura habitam os vínculos que unem o casal. Mas ambos vivem acabrunhados pela culpa e por outros infernos secretos.
«Uma só travesti é suficiente para minar os alicerces de uma casa, desfazer os nós de um compromisso, romper uma promessa, renunciar a uma vida», pensa a atriz e protagonista deste romance.
Tese Sobre uma Domesticação é uma história de pactos invisíveis e paixões arrasadoras, em que uma família se agarra a breves momentos de felicidade, sem se aperceber de que foi derrotada no seu desígnio, desde o início.
Tal como o primeiro romance de Sosa Villada, As Malditas, já transformado numa série televisiva, também este Tese Sobre uma Domesticação foi recentemente adaptado ao cinema».



DOS OUTROS | ESPANHA | «ampliación de los permisos por nacimiento y cuidado de los hijos»

 



«El consejo de ministros aprobará hoy, en su última reunión antes del parón veraniego, la ampliación de los permisos por nacimiento y cuidado de los hijos. El presidente, Pedro Sánchez, anunció ayer, en su balance del año político, que, tras meses de negociación, el PSOE y Sumar habían llegado a un acuerdo sobre un Real Decreto que, a falta de conocer la letra pequeña, amplía y mejora la retribución de los permisos, aunque de forma menos ambiciosa de lo inicialmente planteado en el acuerdo de Gobierno que firmaron ambas formaciones.

Así, los permisos por maternidad y paternidad retribuidos al 100% del salario aumentan una semana, de las 16 actuales a las 17 semanas, para ambos progenitores hasta que el niño o niña cumpla un año. En principio se mantiene la obligatoriedad de que ambos progenitores tomen las seis primeras semanas seguidas tras el nacimiento, la adopción o la acogida. (...)». Continue.


quarta-feira, 30 de julho de 2025

ESTÁ A ACONTECER | parece mentira, mas é verdade ... | O HORROR FRENTE AOS NOSSOS OLHOS

 


«Gente de Verdade»

 



«Paiter Suruí, Gente de Verdade. Um projeto do Coletivo Lakapoy

A história, as tradições, os afetos, o cotidiano e a resistência do povo Paiter Suruí são narrados a partir de seus próprios vídeos e fotografias, reunidos pelo Coletivo Lakapoy, um grupo pioneiro de audiovisual indígena. São mais de 800 imagens feitas desde os anos 1970, quando as câmeras chegaram à Terra Indígena Sete de Setembro (RO/MT), constituindo um projeto de construção de acervo inédito, em parceria com a comunidade. A exposição, um desdobramento da Bolsa ZUM de 2023, reúne ainda entrevistas, objetos artesanais, fotos contemporâneas e outras produções».



«Mulheres na Luta Contra o Fascismo e o Colonialismo»

 


SINOPSE

Pela primeira vez em Portugal, o Congresso Mulheres na Luta contra o Fascismo e o Colonialismo juntou, em 2024, vozes fundamentais da memória histórica das mulheres que lutaram contra o fascismo em Portugal e contra o colonialismo nos países africanos de língua portugueses - académicas, militantes e activistas, testemunhas vivas da memória da luta das mulheres e das suas organizações que estiveram, e continuam a estar, na vanguarda do desenvolvimento, do pensar e transformar da(s) sua(s) sociedade(s).
Nos 50 anos do 25 de Abril e das independências das colónias portuguesas em África, as discussões agora publicadas neste livro demonstram a convergência entre a resistência antifascista em Portugal e os movimentos anticoloniais e pela independência em Africa. A literatura, as cartas clandestinas, a organização comunitária e militante, mas também dados concretos sobre a realidade da vida e do quotidiano das mulheres, emergem como ferramentas da sua resistência, revelando como as mulheres não só combateram a violência da colonização e do fascismo, mas estão também a construir novas identidades políticas e culturais.
Um projecto promissor de articulações na senda de Abril.



segunda-feira, 28 de julho de 2025

NO MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA | «POTE» |«O pote em porcelana com as insígnias da Ordem dos Agostinhos é uma peça rara e fundamental no reduzido conjunto identificado da louça armoriada chinesa de importação, do século XVI, sendo conhecido um número restrito de peças semelhantes» | UM REGALO PARA A VISTA E UM BOM PRETEXTO PARA IR AO MNAA FISICAMENTE OU NA IMPOSSIBILIDADE PELA INTERNET

 




«A Reinvenção da Masculinidade _ Homens e feminismo»

 


SINOPSE

«A questão não é (apenas) a que privilégios devem os homens renunciar em nome do feminismo, mas (também) o que podemos ganhar com a nossa participação activa nele.»
Tal como as mulheres, os homens são marcados pelo género e enfrentaram processos específicos, tanto culturais como históricos. Mas se o género se pode definir como uma construção, a boa notícia é que também pode ser desconstruído.
A Reinvenção da Masculinidade propõe uma abordagem interdisciplinar às masculinidades, tão necessária para entender as vidas dos homens como para as repensar e, em última análise, para as transformar — com o objectivo de melhorar a existência de homens e mulheres.
Se o feminismo foi a maior revolução social do século XX, esta transformação dos homens e das masculinidades pode tornar-se uma das maiores revoluções do século em que vivemos.
Até porque, no fim de contas, o conceito de «homem de verdade» não passa de uma ficção. Saiba mais



domingo, 27 de julho de 2025

SOBRE «OS MAIS VELHOS» | é a Newsletter mais recente de «a beleza das pequenas coisas» do Expresso | O AUTOR É BERNARDO MENDONÇA

 


Recentemente «os mais velhos» tem sido objeto de atenção na comunicação social. É também o tema da newsletter do Expresso da imagem. É uma pena ser «exclusiva» porque a nosso ver desenvolve reflexão que nem sempre está presente o quanto devia: Excertos:

«Começo esta minha newsletter com uma frase que me atravessou há uns anos o peito, e que continua alojada na minha cabeça, desde que a escritora e amiga Dulce Maria Cardoso me alertou para a armadilha em que a maioria da sociedade contemporânea caiu:

“Não tratamos bem os mais velhos, o que diz muito de nós enquanto sociedade. Somos uns ingratos, ambiciosos e tontos.”

Como muitas pessoas saberão, já que Dulce o partilhou publicamente, a doença da sua mãe trocou-lhe as voltas e os planos, e levou-a a adiar a escrita da sequela do livro “Eliete”, um dos seus mais brilhantes romances, um caso sério de popularidade, aclamado pela crítica e pelos leitores, que venceu o Prémio Oceanos em 2019 e foi finalista do Prémio Femina.

Dulce escolheu, junto da sua família, estar mais próximo da sua mãe e dedicar-lhe mais tempo, carinho e cuidado, nos últimos anos de vida.

Decidiu ser um abraço mais presente e manter a progenitora na sua casa. Investiu nisso, mudou de morada, procurou ajuda especializada, e não hesitou em adiar projetos e contrariar as demandas e pressões do mercado literário.

Decisões valiosas

Fé-lo porque podia, claro. Mas tal decisão é tão humana e valiosa num mundo que nos faz crer que os velhos são estorvos (porque já não trabalham e são mais dependentes) e o que mais importa nesta vida é o dinheiro, o sucesso profissional, os bens materiais e o aparecer e aparentar a perfeição e a juventude nas redes sociais. Uma treta do capitalismo que importa contrariar e desmontar.

Já agora, embirro com a expressão “idoso”. Vou tentar escapar a ela neste texto.

Gosto muito da palavra “mayor” que os espanhóis usam para se referirem aos mais velhos. Pessoas maiores em experiência de vida e em sabedoria. E que merecem o nosso carinho, atenção e respeito.

Não tenho a mínima dúvida de que na maioria dos casos as famílias recorrem aos lares, porque não têm outra forma de amparar e cuidar dos seus mais velhos. E sei que há nessas famílias dor e culpa por essa decisão, para a qual não encontram alternativa. Tenho um caso assim na minha família.

As vidas profissionais e pessoais da maioria das pessoas são muito desafiantes, a somar ao facto de que os valores necessários para se ter cuidadores especializados no domicílio, 24h sobre 24h, para alguém que precise desses serviços em permanência, são totalmente incomportáveis, mesmo para a classe média.(...)Mas nem sempre os residentes dos lares estão em boas mãos.
E, nessa fase mais vulnerável da vida, as pessoas ‘mayores’ não têm condições para se defenderem de maus tratos e negligência de terceiros.
A escritora Lídia Jorge escreveu sobre este tema inquietante e perturbador, do fim de vida nos lares, no seu sublime “Misericórdia”, pela D. Quixote, vencedor do Prémio Médicis, um dos mais prestigiados da Europa.
Um livro que é um sismo que faz ruir preconceitos, idadismos e corações empedernidos, e que nos dá esperança para o último capítulo de uma vida. Leiam-no se ainda não o fizeram.
Mas, como toda a boa literatura faz, coloca o dedo nas feridas e é também denúncia e voz crítica às tantas violências, grandes e pequenas, e outras perversidades e abandonos que os mais velhos sofrem.
O cardeal e poeta Tolentino Mendonça referiu-se a este livro de Lídia como “um grito que precisa de ser escutado, porque as sociedades têm de se reconciliar com a velhice.” (...)».

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Bom ambiente para voltarmos ao livro «Misericórdia»:


«Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores
Prémio Urbano Tavares Rodrigues
Prémio do PEN Clube Português
Prémio Fernando Namora
Prémio Médicis


Misericórdia é um dos livros mais audaciosos da literatura portuguesa dos últimos tempos. Como a autora consegue que ele seja ao mesmo tempo brutal e esperançoso, irónico e amável, misto de choro e riso, é uma verdadeira proeza.
Não são necessárias muitas palavras para apresentá-lo - o diário do último ano de vida de uma mulher incorpora no seu relato o fulgor das existências cruzadas num ambiente concentracionário, e transforma-se no testemunho admirável da condição humana.
Isso acontece porque o milagre da literatura está presente. Nos tempos que correm, depois do enfrentamento global de provas tão decisivas para a Humanidade, esperávamos por um livro assim. Lídia Jorge escreveu-o». Saiba mais.

sexta-feira, 25 de julho de 2025

MUSEU DE ÉVORA | CENÁCULO DA HISTÓRIA | Conferência «Mulheres liberais como alvos da repressão absolutista de D. Miguel: presas políticas e resistência durante a Guerra Civil Portuguesa (1832-1834)»| 26 JUL 2025 | 15:30 | ORADOR: PEDRO URBANO

 



«Esta conferência analisa o impacto das perseguições políticas promovidas por D. Miguel sobre mulheres provenientes de famílias liberais portuguesas, defensoras da Constituição e da causa de D. Maria II. Valendo-se das fontes disponíveis, procura-se reconstruir os percursos individuais destas prisioneiras, confinadas em conventos na capital, e identificar as características comuns que as tornavam alvos privilegiadas da repressão política do regime». Saiba mais.


quarta-feira, 23 de julho de 2025

«Uma das primeiras iniciativas da MUDA é o lançamento de um inquérito nacional, para recolha de dados e produção de um estudo científico sobre casos de assédio laboral e sobre o impacto social e psicológico nos profissionais das artes performativas e cruzamentos disciplinares»

 


Leia aqui

AMANHÃ | CONVERSA PROMOVIDA PELO MDM | «A luta das mulheres ainda faz sentido?»| 24 JUL 2025 | 18:30 | AV.ALMIRANTE REIS 7.º A | LISBOA




«A pergunta que dará o pontapé de saída não pode ser vista como retórica: «A luta das mulheres ainda faz sentido?». Esta é a porta de entrada para uma longa, e cada vez maior, enumeração de políticas reaccionárias em ascensão, e com elas a normalização do discurso anti-democrático. Portugal vê hoje o agravamento das desigualdades, a precariedade generalizada, os ataques sistemáticos à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos, a violência sobre os corpos e sobre as vidas das mulheres. Tudo isto já seria razão para dizer «sim» à indagação do MDM. «Mas não basta sabê-lo: é preciso dizê-lo, organizá-lo e construí-lo», apela o movimento. 

A conversa, no dia 24 de Julho, será às 18h30 na sede nacional do MDM, na Avenida Almirante Reis 90 – 7.º A, em Lisboa. O movimento convida todos a participar nesta construção colectiva de um futuro com igualdade, liberdade e emancipação».


segunda-feira, 21 de julho de 2025

SHAHD WADI |«Chuva de Jasmim»

 





SINOPSE
Rasgam as entranhas do meu corpo palestiniano frases e palavras em português, um idioma que ainda vou aprendendo. Resisto com toda a força, só algumas conseguem escapar. Aperto os lábios diante da impossibilidade de falar do meu corpo que não é, do seu lugar que é nunca. Não digo a nenhuma alma que não distingo o  do . Nem que as línguas e os desejos acontecem em mim em simultâneo. Não consigo, não consigo, não consigo soletrar o nome árabe de quem morreu ontem em Gaza, nem no dia seguinte. Fecho a boca perante o caminho da história da minha família que foi expulsa da sua terra após a catástrofe palestiniana Nakba, em 1948. Coloco a mão à frente da minha voz para evitar um erro de português, enquanto conto uma piada ou até um sonho de liberdade, mesmo se toda a liberdade. Não declamo nada. Aguento um golpe atrás de outro de um verso que me quis abandonar. Mantenho o silêncio. Saiba mais.


sábado, 19 de julho de 2025

«generación silver»

 


O artigo da «MAS mujers a seguir» começa assim: «Tienen dinero y tiempo para gastarlo. En países envejecidos, como España, es un target cada vez más numeroso. Se les conoce como generación silver, pero más que de plata, son una oportunidad de oro para las marcas, aunque la mayoría todavía no se haya dado cuenta y les siga ignorando o encasillando en estereotipos. (...)». Na integra aqui.

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Bom, claro que é de conhecer a «geração silver» que tem dinheiro, mas necessário é conhecer toda a geração, mulheres e homens,  com e sem dinheiro, e neste caso iremos, e visando o nosso País - Portugal -, encontrar situações que não gostaríamos que existissem ... Sim, há que agir e, a propósito, não será descabido olhar para este destaque na primeira página do semanário Expresso desta semana: 


Começa assim o artigo da autoria   de Helena Bento:«Lares totalmente cheios, listas de espera que podem chegar aos três anos e uma escassez crítica de profissionais que tem levado muitas instituições a suspender novas admissões por falta de meios para garantir cuidados básicos... Estes são alguns dos principais problemas que afetam os lares em Portugal, alertam representantes das instituições e dos idosos. (...)». Se tiver acesso é este o endereço online.


sexta-feira, 18 de julho de 2025

«AALTOS»|« Antecipando os 50 anos da morte de Alvar Aalto, uma das maiores figuras da história da arquitetura, esta exposição focar-se-á no extenso corpo de obra desenvolvido com ambas as esposas, Aino e Elissa. A família Aalto revolucionou a vertente humanista da arquitetura moderna, radicando-a numa ligação orgânica à natureza e produzido inúmeras peças de design»

 



«(...)Entre duas guerras mundiais, os Aaltos criaram uma identidade para a jovem nação finlandesa, participando nos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna e nas Exposições de Paris e Nova lorque, concebendo obras-primas como: a Biblioteca de Viipuri, hoje na Rússia, a Villa Mairea, na Finlândia, a Baker House, nos Estados Unidos, ou a Maison Carré, em França. No advento dos antibióticos, será o seu Sanatório em Paimio a dar um exemplo ao mundo sobre a acessível salubridade dos espaços, estudando a incidência solar, a ventilação natural e até lavatórios silenciosos. Esse é o primeiro de treze projetos atualmente nomeados a Património Mundial da UNESCO».



quarta-feira, 16 de julho de 2025

«Mulheres Avieiras participam no maior festival de folclore da Europa Central»

 

«De 17 a 20 de julho, a cidade de Praga, Chéquia, acolhe a 20.ª edição do Prague Folklore Days, o maior festival de música e dança tradicional da Europa Central. Entre os grupos internacionais convidados, destaca-se a presença portuguesa do Grupo de Danças e Cantares – Mulheres Avieiras, da Póvoa de Santa Iria». Continue a ler.



segunda-feira, 14 de julho de 2025

RECORDAR |«Live Aid 1985»




«Sábado, 13 de julho de 1985. Ao meio-dia em ponto, Richard Skinner anunciou para o mundo: "São 12 horas em Londres, 7 da manhã em Filadélfia e, por todo o mundo, é hora do Live Aid."
A emissão arrancava para quase dois mil milhões de pessoas, perto de 40% da população mundial à data, num evento musical sem precedentes, transmitido em direto para mais de 150 países. Em Londres e Filadélfia, dois estádios estavam cheios. (...)». Continue a ler.



«E foi ali, perante os olhos da realeza e do mundo, que Freddie Mercury protagonizou o momento mais inesquecível da noite. A atuação dos Queen, de apenas 20 minutos, cimentou o estatuto de Mercury como lenda».



domingo, 13 de julho de 2025

«JUNTOS»

 


«(...)Juntos constituí uma oportunidade única para pôr em confronto duas práticas que se foram desenvolvendo paralelamente, onde as diferenças se vão justapor na concretização de algo maior: no respeito e amor mútuos, no rigor do delineamento de percursos individuais, na generosidade de uma certa ‘invisibilidade’ assumida por Artur Rosa e, finalmente, no extraordinário poder das representações conjuntas. (...)».Saiba mais.




sábado, 12 de julho de 2025

«Momentos mágicos _ no Lago dos Cisnes de Rudolf Nureyev»

 


Um testemunho da história do bailado

As incríveis 89 chamadas ao palco são um testemunho da história do bailado que foi escrita na Ópera Estatal de Viena a 15 de outubro de 1964. O evento foi a apresentação de "O Lago dos Cisnes" na coreografia do bailarino russo Rudolf Nureyev, que também assumiu o papel principal do Príncipe, ao lado da bailarina britânica Margot Fonteyn.
Na sua inovadora interpretação de "O Lago dos Cisnes", Nureyev revolucionou o papel principal masculino, procurando dar ao bailarino um destaque equivalente ao da bailarina principal. Momento musical mágico, o documentário inclui excertos da lendária gravação do bailado e testemunhos do próprio Nureyev, que revelam e tornam tangível esta personalidade excecional e fascinante.
Em conversas recentemente gravadas, os bailarinos Michael Birkmeyer e Gisela Cech, que dançaram ao lado de Nureyev na estreia de "O Lago dos Cisnes", partilham algumas memórias pessoais do icónico bailarino, enquanto novos protagonistas do mundo do bailado recordam Nureyev e a sua obra a partir da perspetiva dos nossos tempos. Tirado do site da RTP.




sexta-feira, 11 de julho de 2025

JACINDA ARDERN |«Um Poder Diferente»

 



«Da antiga primeira-ministra da Nova Zelândia, uma das líderes femininas mais jovens do mundo e apenas a segunda a dar à luz no cargo, chega um livro de memórias profundamente pessoal que narra a sua ascensão extraordinária e oferece inspiração a uma nova geração de líderes
E se pudéssemos redefinir a liderança? E se a bondade viesse em primeiro lugar? Jacinda Ardern cresceu como filha de um polícia numa pequena cidade da Nova Zelândia, uma rapariga mórmon atormentada por dúvidas. Mas, como primeira-ministra do seu país, conquistou o respeito mundial pela sua liderança empática, fez história política e mudou as nossas suposições sobre o que um líder global pode ser.
Quando Jacinda Ardern se tornou primeira-ministra aos trinta e sete anos, o mundo prestou atenção. Porém, foi a sua resposta compassiva, mas poderosa, aos ataques às mesquitas de Christchurch em 2019, que resultou em reformas rápidas no controlo de armas, que exemplificou um novo tipo de liderança - uma liderança atenciosa e eficaz.
Guiou o seu país através de desafios sem precedentes - uma erupção vulcânica, uma grande violação de biossegurança e uma pandemia global - e promoveu novas políticas visionárias para enfrentar as alterações climáticas, reduzir a pobreza infantil e garantir acordos comerciais internacionais históricos. Tudo isto enquanto conciliava a maternidade pela primeira vez sob os olhares do público.
Ardern personifica um novo tipo de liderança, provando que os líderes podem ser solidários, empáticos e eficazes. Tornou-se um ícone global e está agora pronta para partilhar a sua história, das dificuldades às surpresas, incluindo pela primeira vez todos os detalhes da sua decisão de renunciar durante o sexto ano como primeira-ministra.
Através das suas experiências e reflexões pessoais, Jacinda Ardern é um exemplo para quem já duvidou de si mesmo ou ambiciona liderar com compaixão, convicção e coragem. Um Poder Diferente é mais do que memórias políticas; é mais do que uma memória política; é uma visão sobre como é liderar, perguntando, em última análise: E se tu também fores capaz de mais do que alguma vez imaginaste?». Saiba mais.



quinta-feira, 10 de julho de 2025

«O SALVADO» | Um solo de Olga Roriz

 



«Doze anos passaram desde A Sagração da Primavera, o seu último solo. Agora, a coreógrafa sente-se novamente impelida a um confronto inevitável consigo mesma.
Com o título O Salvado (tudo o que ela conseguiu salvar), este espetáculo nasce de uma interrogação ainda em aberto, de uma intenção por descobrir. Não se trata de uma busca formal por novas linguagens, mas da continuidade de uma luta partilhada.
Como quem resiste a um naufrágio, pergunta-se: o que se consegue salvar da catástrofe? Que vestígios permanecem depois da tempestade? O que pode ainda preservar uma existência de sete décadas? O que ficou agarrado ao corpo e ao tempo, e o que se pode finalmente desprender para se tornar matéria, memória, presença? O que não morreu ainda nela? E do que conseguiu, afinal, libertar-se?
Que corpo é este agora? Que histórias restam para contar? Tudo suspenso. Tudo no ar. Tudo ancorado na memória.
Ouvem-se as suas músicas preferidas. Outras que nunca conheceu. E talvez, no meio de tudo, se escute a sua própria voz.
Ao longo de um ano e seis residências artísticas, foi tecendo um percurso que agora se revela numa topografia do tempo — um mapa de gestos, imagens, vestígios e palavras que traça o caminho. Um registo que não apenas arquiva o que foi, mas que também interroga o que ainda está por vir. O tempo da lembrança e do esquecimento entrelaçam-se, complementam-se, lutam entre si. O tempo que se projeta no futuro avança sem cessar. E é dessa matéria — dessa urgência de existir entre o que se lembra e o que se perde, entre o que foi e o que ainda poderá ser — que nasce a necessidade de se reinventar». Saiba mais.



segunda-feira, 7 de julho de 2025

JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA | «O Centro da Terra» _ «à minha mãe, Maria de Fátima Calaça (1925 - 2023)»

 



SINOPSE

«Através das mães esgravatamos a noite


Em O Centro da Terra, José Tolentino Mendonça procura capturar o informe irrecuperável da infância, o tempo transitório do presente que sempre se adianta para fazer nascer ou morrer uma história, uma flor, desabitar uma casa até à ruína ou fazer esquecer um nome. Mas puxando para si todos os fios do poema está a figura terrivelmente bela da mãe, centro geodésico do inteligível, o umbigo do mundo:

LER A MÃO

Não me lembro de uma única história
que não possa ser contada pelo barro»


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Tal como nas obras do post anterior - livro e peça de teatro - também no O CENTRO DA TERRA lugar à MÃE.  Saiba mais,  e leia conteúdo disponível aqui. Excerto:



domingo, 6 de julho de 2025

NO FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA | a partir do livro de Peter Handke, Prémio Nobel da Literatura 2019, «Um adeus mais-que-perfeito» _ em especial fala-nos de mulheres vistas como «impertinentes e levianas caso ousassem ter voz»

 



SINOPSE - «Em Um Adeus Mais-Que-Perfeito Peter Handke narra-nos o que sabe, ou o que julga saber, sobre a vida e a morte da mãe, antes que, nas suas palavras, “a mudez apática, a extrema mudez” da tristeza se apodere dele para sempre.
Ainda assim, a experiência da mudez, que marca por igual o sofrimento e o amor, reside no coração da breve mas inesquecível elegia do autor, que nos dá um livro severo, escrupuloso e comovente. Uma obra singular, de um dos maiores escritores contemporâneos». Saiba mais.

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De lá:

 «(...)A história da mãe de Handke é parte da História da Europa Central: atravessou o surgimento do nazismo, a II Grande Guerra, e a austeridade e o sofrimento que se seguiram. O livro fala do que foi ser mulher no contexto austríaco da época, num mundo rural, pequeno-burguês e católico, onde as mulheres eram vistas como impertinentes e levianas caso ousassem ter voz. (...)».

Já vimos o espetáculo, e naquele silêncio que apenas se ouve numa sala de teatro, as palavras de Handke chegam-nos com uma força maior ... A peça fala-nos de «mulheres». Ousamos: mulheres e homens, não percam este espetáculo que estreou no Festival de Teatro de Almada, a decorrer. Aqui sentimos  da força da cultura e da arte nas transformações que se desejam na esfera da(s) igualdade(s). Para a tão ambicionada «gender equality»...