«A Comissão Cultural do Ginásio Clube Português tem o prazer de a(o) convidar a visitar a exposição BELEZA E DIVERSIDADE I. Ginástica e Dança que estará patente durante o mês de Maio no Salão/Bar do GCP».
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«A Comissão Cultural do Ginásio Clube Português tem o prazer de a(o) convidar a visitar a exposição BELEZA E DIVERSIDADE I. Ginástica e Dança que estará patente durante o mês de Maio no Salão/Bar do GCP».
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«(...) São homens e mulheres obrigados a viver em contraciclo. São mães e pais que não estão com os filhos. Que saem de casa com as crianças ainda a dormir; que chegam quando estas já estão a dormir. Que não podem assistir às festas e às atividades escolares e desportivas dos filhos; o turno não deixa. São fins de semana que não há, nem com a família, nem com os amigos. São mães, pais e filhos, namorados que não têm tempo para viver em conjunto. São crianças que crescem privadas do tempo de descanso, de lazer; famílias que se constroem nos intervalos dos turnos.
A investigação médica e da psicologia do trabalho há muito comprova o impacto altamente negativo do trabalho por turnos, e especialmente do noturno, na saúde. Entre as mulheres, o aumento substancial do risco do cancro da mama. Estudos comprovam uma incidência do cancro da mama 50% mais elevada nas mulheres ativas de 30 e os 54 anos que trabalham de noite pelo menos metade do ano, do que nas mulheres da mesma idade trabalhando durante o dia; nas mulheres que trabalharam de noite durante 6 anos, o risco sobe para 70%. O trabalho noturno exige um esforço suplementar; o sono em estado de reativação diurna é um sono mais curto (cerca de 2 ou 3 horas a menos do que o sono de noite) e de uma qualidade menor; o trabalho noturno provoca perturbações de sono, vigílias frequentes. e outras perturbações neuro-psíquicas, irritabilidade, agressividade, esgotamentos, astenia, tendências depressivas.
O princípio e a lei devem, pois, partir da afirmação da excecionalidade do trabalho noturno. Há anos que o PCP vem insistindo nesta Assembleia que é urgente limitar o trabalho noturno e por turnos às situações que sejam, técnica e socialmente justificadas, e uma vez garantidas com todo o rigor as condições de segurança, a proteção da saúde, a garantia de proteção da maternidade e paternidade, infraestruturas e serviços sociais compatíveis com este tipo de horários de trabalho, e que sejam fixados por negociação e contratação coletiva subsídios e compensações adequadas aos trabalhadores abrangidos. (...)».
E pegámos de empréstimo a imagem acima de trabalho que nos lembramos de ter visto numa exposição de Pedro Penilo que nos ocorreu ao lermos as palavras com que é encerrada a justificação do projeto do PCP: «(...)Levamos 160 anos da batalha iniciada pelo movimento operário pela jornada dos 3 oitos: oito horas de trabalho diário, oito para lazer, convívio familiar e cultura, oito para dormir e descansar, base da criação de uma jornada de trabalho que constituiu o marco histórico de uma sociedade mais justa e socialmente saudável. Cá estamos de novo. Não desistimos».
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E por acaso ainda recentemente em conversa entre amigos abordamos, digamos, «questão da familia» da que é objeto deste post relacionada com os estudantes-trabalhadores cujo horário é à noite. Quem foi docente nessa realidade poderá testemunhar o esforço que muitos fazem «para terem os olhos abertos» e as corridas para não perderem os transportes, e por isso não podiam ficar até ao fim «da aula» ... Os 8!8!8!, uma visão nesta circunstância.
«DESCRIÇÃO
Nos detalhes destas obras, é possível observar como Goya testemunhou a sociedade do seu tempo, chamando a atenção para as desigualdades sociais da época: em Crianças no Baloiço, por exemplo, o pintor retrata algumas crianças vestidas com uniformes escolares impecáveis, que contrastam com as roupas esfarrapadas de outras crianças da mesma idade. (...)».
Em cena, deparamo-nos com uma cantora de music-hall em decadência. Ladeada pelos seus dois acólitos e validos, os seus dois Boys, eis-nos perante uma Rapariga que nos revela as suas desventuras cénicas. Conta-nos a sua história, a um tempo divertida e patética, que não é mais que o percurso de uma por assim-dizer vedeta que, na verdade, toda a vida só actuou em salas de segunda ordem. Torna-se, por isso, praticamente inevitável identificarmo-nos com esta artista claudicante que, apesar das dificuldades técnicas e da falta de público, nunca abdica dos seus ensejos de criação e da sua vontade de representar. (...)».
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E temos as CONVERSAS COM O PÚBLICO. Na do próximo sábado destaquemos a participação de IO APPOLONI, uma mulher que, a nosso ver, continua a merecer visibilidade.
«Io Apolloni
Nasceu em Itália, em 1945. Adquiriu a nacionalidade portuguesa em 1975. Concluiu o curso de interpretação da Escola Experimental de Cinematografia de Roma. A EECR atribuiu como prémio aos finalistas uma ida ao Festival de Cinema de Veneza e aí Io conhece o espanhol Cesário Gonçalves, que lhe propõe participar num filme, a rodar em Espanha, pelo realizador Manuel Mur Oti. É a longa-metragem Louca Juventude (1965) onde contracena com Joselito. No mesmo ano participa no filme, Jenny, a Mulher Proibida, de Juan Bardem e em Comizi d’amore, de Pier Paolo Pasolini, e estreia-se como cantora no Casino de Gibraltar. E ainda é convidada a vir a Portugal para participar na revista Sopa no Mel. A partir daí desenvolveu uma forte actividade artística em Portugal tendo participado em diversas Revistas no Teatro Maria Vitória, Teatro Monumental, Teatro Capitólio, Teatro Villaret e Teatro ABC. Participou em mais de uma dezena de filmes em Portugal. Participou ainda em dezenas de séries de televisão. Para além da carreira de actriz, é empresária e especialista em doces tendo editado o livro Os doces da Io, em 1997, e em 2018 a sua autobiografia Uma Vida Agridoce».
«La formación de las colecciones del Museo del Prado está íntimamente ligada a la labor de promoción artística que desarrollaron las mujeres más representativas de las casas reales europeas, desde Isabel I de Castilla a Isabel II. Sin embargo, a menudo paseamos por sus salas sin reparar en ello, sin advertir que algunas de sus obras maestras son fruto de un patronazgo en femenino. Con el propósito de narrar la historia del Museo desde un punto de vista más amplio e inclusivo, este itinerario dirige su mirada y la nuestra hacia aquellas mujeres que comisionaron algunas de las obras de arte más emblemáticas de esta institución, mujeres cuyas actuaciones coinciden con los años comprendidos entre el nacimiento de Isabel la Católica (1451) y la muerte de Isabel Clara Eugenia (1633). Estas reinas, princesas, regentes y gobernadoras, que desempeñaron un papel fundamental en los principales escenarios del poder, fueron responsables, en gran medida, de la internacionalización de la Monarquía Hispánica.
Este recorrido expositivo nos invita, pues, a explorar nuevas narrativas, a conocer relatos tan originales como sorprendentes, en los que las mujeres son protagonistas por derecho propio, como es el caso que nos ocupa: el de estas promotoras artísticas, patronas de las artes, mujeres que contribuyeron poderosamente a formar algunas de las colecciones más valiosas de este Museo». Saiba mais.
SINOPSE
Saigão, anos 30. Uma bela jovem francesa conhece o elegante filho de um negociante chinês. Deste encontro nasce uma paixão. Ela tem quinze anos e é pobre. Ele tem vinte e sete e é rico. Os amantes, isolados num mundo privado de erotismo e autodescoberta, desafiam as convenções da sociedade.
Enquanto ela desperta para a possibilidade de traçar o seu próprio caminho no mundo, para o seu amante não há fuga possível. A separação é inevitável e tragicamente cadenciada pelos últimos acordes da presença colonial francesa a Oriente.
A jovem é a própria autora e este é o relato exacerbado de uma paixão inquieta e dilacerante. De tão etérea, a sua realidade gravar-lhe-ia no rosto marcas implacáveis de maturidade. Para o mundo, fica uma obra que contém toda a vida.
Obra intemporal, relato de um mundo perdido, O Amante foi vencedor do prestigiado Prémio Goncourt, em 1984, e confirmou o génio literário de Marguerite Duras, nome cimeiro da literatura mundial. Saiba mais.
SINOPSE
«O
novo romance de Filipa Fonseca Silva é uma caixa de surpresas e uma história
que todos deveriam ler.
Helena é uma viúva de 79 anos, aparentemente
pacata. Vive com o gato num apartamento, independente dos filhos e netos
adultos, gozando de ótima saúde física e mental. Até ao dia em que, por
acidente, pega fogo à sala de estar.
Obrigada a mudar-se para casa da filha, que
começa a questionar a sua sanidade, acaba por revelar um segredo que deixará
toda a família boquiaberta: afinal, tem uma vida sexual ativa. Muito ativa.
A partir desta confidência, Helena conta-nos as
suas aventuras amorosas e o lema de vida que adotou desde a morte do marido,
com quem partilhou mais de quatro décadas de descontentamento.
E se Eu Morrer Amanhã? é um romance hilariante, que nos leva a
refletir sobre os preconceitos em relação às mulheres mais velhas e o enorme
tabu em torno da sua sexualidade. É também uma luz de esperança, iluminando a
ideia de que nunca é tarde para descobrir o que nos faz feliz». Saiba mais.
«Estão abertas, até ao dia 30 de junho, as candidaturas
para o apoio técnico e financeiro às Organização não Governamentais de Mulheres
que desenvolvam programas, projetos ou ações que visem a promoção da
dignidade e da igualdade das mulheres face aos demais membros da sociedade.
Este apoio,
com uma verba total de 200 mil euros, visa financiar projetos, medidas ou ações
que promovam:
Para mais
informações, consulte o Regulamento e aceda à Ficha de Candidatura, em https://www.cig.gov.pt/area-igualdade-entre-mulheres-e-homens/apoio-tecnico-e-financeiro-ong/ »
SINOPSE
«Nunca como hoje houve tantos portugueses a viverem
sozinhos, seja por opção, por deslocação em virtude de emprego ou estudo, por divórcio
ou viuvez. Segundo o Censos provisório de 2021, são já mais de um milhão o
número de pessoas nessa situação, o dobro de há 30 anos. A era da comunicação
é, em simultâneo e paradoxalmente, a era da solidão.
Este livro é um retrato da solidão em Portugal em números, contexto e
circunstâncias, mas também uma reflexão sobre o quanto viver sozinho é
diferente de sentir-se sozinho. A experiência de solidão é tão individual e
privada que se torna quase indefinível.
Como se poderá ler em relatos de vidas solitárias expostas ao longo deste
livro, viver só pode ser um privilégio, uma questão de liberdade irrenunciável
ou uma dor profunda e irreversível. A solidão pode ser desde sempre ou para
sempre». Saiba mais.
«Deixar-se fotografar como se
estivesse vestida para uma festa e dar uma entrevista à revista “Playboy”
garantiu a Marlène Schiappa projeção mediática internacional que ultrapassa a
de boa parte dos seus colegas do Governo francês, onde é secretária de Estado
da Economia Social e Solidária e da Vida Associativa. “No momento em que esta
governante aceita aparecer na ‘Playboy’, alavanca a sua visibilidade pública e
mediática”, explica ao Expresso a investigadora Carla Martins, do Instituto de
Comunicação da Universidade Nova de Lisboa.
Ao
aceitar a entrevista, Schiappa também diz ao público que está a “recorrer a um
suporte de comunicação de rutura, porque a já septuagenária ‘Playboy’ é uma
revista associada a um erotismo de entretenimento masculino”, prossegue a
académica. “Esta escolha de uma governante que já tutelou a pasta da Igualdade
no seu país merece reflexão sobre a construção por Marlène Schiappa da sua
agenda política e mediática.” (...)».
«Este é um livro singular, fruto do olhar sensível e atento, quase íntimo, de Maria Antónia Fiadeiro — pioneira do jornalismo do pós-25 de Abril e dos estudos femininos em Portugal — sobre o trabalho e a vida de portuguesas cujo percurso pessoal nos permite compreender melhor o papel da mulher na história recente do país.
Artistas, Artesãs, Pioneiras é composto por quase cem conversas com personalidades da cultura nacional — como Ana Salazar, Maria Gabriela Llansol, Maria Mendes, Maria Antónia Palla, Hélia Correia, Paula Rego ou Lídia Jorge —, artesãs — como Etelvina dos Santos, bordadeira, ou Irene Mourão, carpinteira — e mulheres dedicadas a áreas há pouco tempo abertas à participação feminina — como Cândida Alves, a primeira carteira em Portugal, ou Maria Arsénia, jardineira pública.
Trata-se de uma recolha de vozes, experiências, saberes, sonhos e lamentos com um valor histórico inestimável, que nos permite ver um reflexo das ambições, dos obstáculos e dos desafios da mulher portuguesa.
A obra inclui, como abertura, uma entrevista inédita à autora, realizada por Francisca Gorjão Henriques em Janeiro de 2020, e encerra com um texto autobiográfico, publicado em 1987 no Sábado Popular (futuro Diário Popular), sobre a experiência de Maria Antónia Fiadeiro durante o seu exílio no Brasil». Saiba mais».