sexta-feira, 30 de julho de 2021

«Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação 2021-2025»

 


Havemos de voltar ao  «Plano Nacional de Combate ao Racismo e à Discriminação 2021-2025», nomeadamente para aprofundarmos o espaço que nele é dado à cultura e às artes. Na leitura que já se fez (rápida, é certo) ficamos com a ideia que se poderia ir mais longe: desde logo, em termos estruturais, isto é,   na centralidade que se lhes poderia dar; depois, e comparando com o que é contemplado, não se percebem ausências - por exemplo, o envolvimento do designado «Plano Nacional das Artes  ou da  DGARTES. Em particular, de há muito, e é um dos «motes» do Em Cada Rosto Igualdade, que estamos com quem aposta na força da cultura e das artes nas transformações aqui em questão. Um espetáculo  de teatro, dança, música  ... podem «mover montanhas». E olhando à volta, eles existem. Mas é preciso olhar e ver e depois atuar com escala. Ilustrando: 




«O SENHOR IBRAHIM E AS FLORES DO CORÃO

SINOPSE

Em Paris, nos anos 60, Momo, um rapazinho judeu de onze anos, torna-se amigo do velho merceeiro árabe da rua Bleue. Mas as aparências iludem: o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rua Bleue não é azul e o rapazinho talvez não seja judeu.

Eric-Emmanuel Schmitt é um dos dramaturgos de língua francesa mais lidos e representados no Mundo. Os seus livros foram traduzidos para 43 línguas e as suas peças são representadas regularmente em mais de 50 países. Continua a escrever imparavelmente – muitas vezes ao ritmo de uma peça ou mais por ano. Em 2000 recebeu o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto da sua obra teatral, e em 2004 o Grande Prémio do Público, em Leipzig». Saiba mais.



«The report finds that sustainability science is not yet mainstream in academic publishing at the global level and that it is developing countries which are publishing most, proportionately, on related topics»

 




quinta-feira, 29 de julho de 2021

«Évora mostra criação cultural no feminino com Festival Rascunho»

 


«(...)É muito importante apoiar as artes no feminino”, porque, além de “haver, historicamente, uma luta nesse sentido”, ainda hoje “subsiste um desequilíbrio nas artes performativas, entre homens e mulheres”, realçou hoje à Lusa a diretora artística do Rascunho.

Os seis espetáculos que preenchem o programa da iniciativa, todos protagonizados por mulheres e com entrada gratuita, são “esboços de novas formas”, nomeadamente “teatro que se aproxima da instalação ou dança que se aproxima do ritual”, indicou a entidade organizadora. (...). Leia mais no O Digital.







quarta-feira, 28 de julho de 2021

A «SESTA»|"Adiai para amanhã os cuidados e penas / Que hoje vos apoquentam"

 


Leia aqui

E o que dirão a isto aqueles «opinadores» que não param de reclamar horários de trabalho mais longos? Certo, alguns, ali ao lado, até podem, em paralelo, ir fazer a apologia da conciliação entre a vida profissional, familiar, e pessoal ... É a vida!, bela mas complexa ...



terça-feira, 27 de julho de 2021

NO LANÇAMENTO DA «SERROTE #38» | "o papel do tráfico de escravizados na formação da desigual sociedade brasileira" | EVENTO ONLINE E GRATUITO | 28 JULHO 2021 | 18:00

 

Veja o conteúdo aqui


«A serrote #38 traz o ensaio "Um pouco de navio negreiro", da historiadora Ynaê Lopes dos Santos, ilustrado com pinturas de Arjan Martins. No lançamento da revista, os dois conversam sobre o texto, que discute o papel do tráfico de escravizados na formação da desigual sociedade brasileira. O debate será mediado pela jornalista Fabiana Moraes». Saiba mais.




segunda-feira, 26 de julho de 2021

ISSA WATANABE |«Migrantes» | "um livro silencioso e um poema ilustrado. Onde a coragem e a esperança são a jangada; onde a empatia e o amor são a nossa salvação"

 


«Quantas fronteiras teremos de cruzar para chegar a casa?»
Theo Angelopoulos

«Migrantes, refugiados, deslocados. Órfãos e viúvas, filhas e pais.Naufragados? Resgatados? Apátridas, desaparecidos, ilegais. Campos e montanhas, rios e correntes, mares e muros. Êxodo, guerra, terror. Fome. Crise? Pacto? Direitos humanos? Silêncio.Migrantes, um livro silencioso e um poema ilustrado. Onde a coragem e a esperança são a jangada; onde a empatia e o amor são a nossa salvação. PRÉMIO SORCIÈRES 2021».Saiba mais.

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No semanário Expresso (revista) desta semana: «(...). Quando surge um livro como “Migrantes”, as categorias desarrumam-se, com proveito para quem acredita que os livros, não tendo de servir para nada, ganham muito em ser fonte de inquietação, questionamento e confronto. Sem palavras, a narrativa que a artista peruana Issa Watanabe cria é aberta, quer no desenlace, quer ao longo dos seus diferentes passos. Um conjunto de animais prepara-se para uma travessia sob os augúrios de um enorme íbis — esse animal que a mitologia egípcia consagrou à sabedoria e a Bíblia às capacidades divinatórias — e de uma representação óbvia da morte, um esqueleto de vestido florido que não cumpre tanto o papel de ameaça mas antes o de incontornável presença, um memento mori. Há uma beleza delicada no realismo que compõe as feições dos animais, em contraste com o fundo negro onde tudo pode habitar — perigo, esperança, nada. Depois da travessia, representada com gestos e fisionomias que demonstram o seu risco, alguns animais perecem e são recolhidos pelos companheiros. Outros salvam-se com a ajuda de quem os acompanha ou recebe. As imagens das pessoas que tentam atravessar o mar rumo à Europa são convocadas, pelo menos por um leitor adulto, que saberá ler nelas a imagem de outras travessias, mais antigas. Este livro merece o exercício da leitura de imagens sem a desvalorização que lhe é associada, merecendo igualmente leituras partilhadas com os mais novos. É a eles que se dirige, mas talvez este seja sobretudo um livro feito ponto de encontro, confirmando que partilhar inquietações é uma das formas mais proveitosas de ler. / SARA FIGUEIREDO COSTA


    domingo, 25 de julho de 2021

    NATALIA GINZBURG|«As Pequenas Virtudes»


     


    RESUMO

    Entre 1944 e 1962, Natalia Ginzburg escreveu um conjunto de onze ensaios de pendor autobiográfico. São textos essenciais, o legado de uma das mais importantes escritoras do século xx, que viveu retirada no campo com o marido durante o governo de Mussolini e nos anos 60 se deslocou para Londres.

    Por eles, passam as suas impressões sobre a juventude e a idade adulta, as consequências da guerra, o medo, a pobreza e a solidão, as recordações de Cesare Pavese e a experiência de ser mãe e mulher quando se é escritora.

    São páginas de uma perturbadora beleza, lúcidas, plenas de sabedoria, testemunho de uma escrita capaz de transformar objectos e experiências quotidianos em assuntos de grande significado sobre os quais o tempo parece não passar.

    A Introdução é de Rachel Cusk.

    Saiba mais.



    sexta-feira, 23 de julho de 2021

    ESTUDO MOSTRA QUE DURANTE A PANDEMIA SE VERIFICOU UMA FORTE CORRELAÇÃO ENTRE A DIVERSIDADE NO GOVERNO DE EMPRESAS E OS RESULTADOS | «Lessons from the Pandemic: Board Diversity and Performance»

     



    A síntese feita pela EXECUTIVA e divulgada na sua newsletter:


    «A diversidade compensa

    Existem muitos argumentos para explicar por que as empresas devem fazer da diversidade — em todos os níveis, mas especialmente no topo — uma prioridade. O principal é porque é uma questão de justiça. Mas, para as empresas que por definição visam o lucro, é sempre importante recordar também que a igualdade gera mais dinheiro. Muitos estudos realizados por diferentes entidades o comprovam. Um dos mais recentes foi promovido pela organização sem fins lucrativos BoardReady. De acordo com a sua análise das empresas S&P 500, há uma forte correlação entre a diversidade dos boards e o crescimento da receita durante a pandemia. Outras conclusões importantes: as empresas em que as mulheres detêm mais de 30% dos assentos no Conselho de Administração superam a concorrência em 11 de 15 setores de atividade. As empresas com pelo menos 30% dos cargos de administrador desempenhados por pessoas não brancos viram as receitas aumentar 4%, enquanto as que têm boards menos diversificados em termos de raça tiveram um declínio de receita».



    quinta-feira, 22 de julho de 2021

    «Racism and Coloniality in Global Higher Education»

     


    «This CGHE webinar series explores what global racial equity would mean for the future of higher education, and addresses the challenges of decolonising research systems and pedagogic cultures. The aim is to promote knowledge of, and commitment to, anti-racism within universities, and amongst researchers and policymakers. Contributors will reflect on colonial institutional legacies, racialised institutional cultures, and the power of ‘whiteness’, drawing on empirical research in a range of higher education contexts. (...)». Leia na integra.



    terça-feira, 20 de julho de 2021

    «Rádio Batuta | LGBT +»

     

    Ouça aqui



    «Plano de Aceleração Global para a Igualdade de Género»

     



    Disponível aqui


    Recordemos  o Generation Equality Forum, e  atente-se no Plano que de lá saiu: Plano de Aceleração Global para a Igualdade de Género. «Paris, France, 2 July 2021 – The Generation Equality Forum Paris concluded today with the announcement of bold gender equality commitments and launch of a global 5-year action journey to accelerate gender equality by 2026. The Forum’s bold, action-oriented agenda will be under-written by nearly USD 40 Billion of confirmed investments as well as ambitious policy and programme commitments from governments, philanthropy, civil society, youth organizations and the private sector. The monumental conclusion comes at a critical moment as the world assesses the disproportionate and negative impact that COVID-19 has had on women and girls. Gender equality advocates have pressed for gender-responsive stimulus and recovery plans to ensure that women and girls are not left behind as the world re-builds. (...)». Continue a ler.





    LEMBRAR O «GLOBAL GENDER GAP REPORT 2021» | «devido à Covid-19 o atraso na igualdade de género agravou-se em uma geração. O “vírus antisocial e antifeminista”, como o definiu Emmanuel Macron, fez com que hoje sejam necessários mais quase 136 anos para atingir este objetivo, quando em 2019 a previsão era de “apenas” 99,5 anos»

     



    E da síntese que pode ser lida neste endereço: «Another generation of women will have to wait for gender parity, according to the World Economic Forum’s Global Gender Gap Report 2021. As the impact of the COVID-19 pandemic continues to be felt, closing the global gender gap has increased by a generation from 99.5 years to 135.6 years».



    segunda-feira, 19 de julho de 2021

    CARMEN KORN |«Filhas de uma nova era»

     


    A história emocionante de quatro mulheres que enfrentam juntas as suas próprias batalhas Hamburgo, 1919. A Primeira Guerra Mundial acabou e a cidade começa agora, finalmente, a despertar.
    Henny e Käthe, amigas desde a infância, sonham tornar-se parteiras e acabam de iniciar a sua formação. Henny deseja deixar de viver na sombra da mãe, e a rebelde Käthe, convicta comunista, está apaixonada por um jovem poeta.
    Outras duas mulheres se cruzarão nos seus caminhos: Ida, rica e mimada, filha de um importante empresário falido que pretende casá-la com um herdeiro rico; e Lina, uma jovem e humilde professora, que guarda um segredo do passado.
    As quatro amigas tornam-se inseparáveis e, apesar das suas diferenças, crescem e enfrentam juntas os golpes e as alegrias do destino, a transformação do mundo, o fim das liberdades e a chegada da terrível ameaça nazi.
    Grandes e pequenos feitos que ficarão para sempre ligados pelo elo da amizade.
    Filhas de uma Nova Era é a primeira parte de uma emocionante saga sobre liberdade, amor e coragem que através de uma geração de mulheres que não se deixou arrastar pelas circunstâncias que lhes calharam em sorte, nos narra a fascinante história do século XX. Saiba mais,




    «a segunda mulher em 74 edições»

     



    domingo, 18 de julho de 2021

    OECD | «Women at the core of the fight against COVID-19crisis»

     


    FILME /DOCUMENTÁRIO | «Visões do Império» | EM EXIBIÇÃO NOS CINEMAS






    «Uma viagem pelo imaginário do império português, desde o final do século XIX até à Revolução de Abril, numa reflexão sobre a forma como o mesmo era publicitado e documentado a partir do registo fotográfico». tirado daqui.

    «Uma viagem colectiva ao passado colonial através de uma selecção de fotografias do império português, dos finais do século XIX até à Revolução de Abril de 1974. As reflexões suscitadas pela revisitação de fotografias da infância da realizadora em Angola são o fio condutor de uma procura de contextos e sentidos sobre a documentação fotográfica do império colonial português. Essa demanda leva a realizadora ao encontro de dois investigadores, Filipa Lowndes Vicente e Miguel Bandeira Jerónimo». Saiba mais.









    quinta-feira, 15 de julho de 2021

    «dar visibilidade ao trabalho de mulheres cineastas e contribuir para colmatar as disparidades de género no setor do cinema e audiovisual em Portugal»

     



    «A Academia Portuguesa de Cinema e a Netflix têm o prazer de anunciar uma iniciativa que pretende dar visibilidade ao trabalho de mulheres cineastas e contribuir para colmatar as disparidades de género no setor do cinema e audiovisual em Portugal.
    A convocatória é dirigida a realizadoras, produtoras e guionistas que tenham estado diretamente envolvidas em longas-metragens portuguesas de ficção e/ou documentário, finalizadas entre 2019 e 2020».

    ________________________

    Sobre a Iniciativa leia, por exemplo,  no Diário de Noticias




    «WOMANART – Mulheres, Artes e Ditadura. Os casos de Portugal, Brasil e países africanos de língua portuguesa»

     


    Saiba mais.






    segunda-feira, 12 de julho de 2021

    «CHARACTHER» | Comissão Europeia lança campanha para promover igualdade de género no cinema e media

     


    e veja o site da campanha


    Do jornal Público: «(...)A campanha, apresentada sexta-feira no Festival de Cinema de Cannes, é uma iniciativa do programa Europa Criativa, da Comissão Europeia, em parceria com o Colectivo 50/50 - surgido em 2018 neste mesmo festival, com uma Carta Pela Paridade -, no âmbito de um plano de acção anunciado em Dezembro para este sector. O projeto (www.characther.eu) consiste na apresentação de curtos vídeos com mulheres europeias que trabalham e são reconhecidas em diferentes áreas do cinema, audiovisual e media, tendo já sido apresentadas a realizadora romena Anca Damian, a compositora francesa Uèle Lamore e a dupla dinamarquesa Anne Rasmussen. (...)». Continue a ler.




    «Numa época em que tanto se discute o papel da mulher na sociedade, o documentário traz-nos uma visão profunda do mundo visto pelos olhos das mulheres»



     

    Veja aqui



    António Guterres em artigo de opinião destaca que palavras não acabarão nem com a pandemia nem com o impacto da crise climática

     


    Leia aqui




    domingo, 11 de julho de 2021

    FILME | «Bem Bom»

     


    A Beleza sensual das Doce retratada no filme "Bem Bom" (que já está nos cinemas). Leia mais.








    E talvez lhe interesse este trabalho do semanário Expresso - revista E - desta semana:



    E na mesma Revista do critico de cinema Jorge Leitão Ramos:

    «(...) Chamavam-se Fá, Teresa, Lena e Laura e o filme narra a génese e ascensão do grupo até à conquista do Festival da Canção, em 1982. E diga-se já, em abono da verdade, que as atrizes escolhidas para lhes dar existência cinematográfica (Bárbara Branco, Lia Carvalho, Carolina Carvalho e Ana Marta Ferreira) cumprem o empenho com brio e competência, até a cantar. “Bem Bom” não fala do que, na tal abertura, se previne, salvo uma ou outra pincelada sobre a sismicidade do terreno masculino afetado pela audácia com que o grupo se apresentava. Nem é um filme deslumbrado pelo êxito e pelas luzes.

    Está insuflado por uma estética do brilho, usual na publicidade, e por uma energia videoclípica (apoiadas na experiência do diretor de fotografia, João de Botelho, em tais matérias), em particular nos momentos musicais que preenchem boa parte de “Bem Bom”. Mas quando pausa, quando volta ao que poderemos chamar ‘vida verdadeira’, o filme instila uma realidade áspera, terra a terra, zona de sombra, onde até a paga devida pelas vendas dos discos ou pelos espetáculos é regateada, quando não sofrida.

    Digamos que a mão de Patrícia Sequeira balança entre os ímpetos a que as canções e a imagem das Doce apelam e o freio sem o qual o seu filme poderia ser uma banal futilidade. Encontra um justo equilíbrio, até na ponderação entre duas forças contrárias que lá se defrontam. De um lado, o facto de as Doce serem o produto acabado de um certo imaginário masculino, bonecas que sabem ser objetos de desejo, a cantar letras provocantes; do outro, a assunção de um poder feminino com potencial emancipatório na sociedade portuguesa do princípio dos anos 80 que encontra a melhor cristalização no desfecho daquele refrão (“OK põe-me KO/ OK se fores capaz/ OK põe-me KO/ Se souberes como se faz/ Mas se não... então, deixa-me em paz”). A câmara olha, muitas vezes com insistência, para as ancas das artistas? É pecado venial. / JORGE LEITÃO RAMOS».



    terça-feira, 6 de julho de 2021

    «Global Wage Report 2020-21»



    «The ILO’s Global Wage Report is a key reference on wages and wage inequality for the academic community and policy-makers around the world. This seventh edition examines the evolution of real wages, giving a unique picture of wage trends globally and by region. The report includes evidence on how wages evolved in the first half of 2020 during the Covid-19 crisis: in the case of Europe, the report shows 1.2 per cent real wage growth during 2019, while the impact of Covid-19 would have reduced the total wage bill by 6.5 per cent by the second quarter of 2020.

    The report reviews minimum-wage systems across the world and identifies the conditions under which minimum wages can reduce inequality and presents extensive data on levels of minimum wages, their effectiveness and the number and characteristics of workers paid at or below the minimum wage. It highlights how adequate minimum wages, statutory or negotiated, can play a key role in a human-centred recovery from the crisis.

    ‘The Global Wage Report is central to the analysis of wage trends and labour market developments as well as to the theoretical debate about the role of labour in the econom’—Hansjörg Herr, Berlin School of Economics and Law».


    segunda-feira, 5 de julho de 2021

    FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA | OUTRA SUGESTÃO | «Duas Personagens»

     


    «Duas irmãs são abandonadas pela companhia de teatro da qual são proprietárias. Ficam sem suporte, sem rede, sem comunidade, sem estrutura. Ainda assim, the show must go on.

    A primeira versão de The two character play, uma das obras tardias de Tennessee Williams (1911-1983), surge no contexto da luta pelos direitos civis nos EUA, no tempo em que alguns ídolos, tal como agora, eram retirados dos pedestais, em que se destruíam estátuas, e as minorias oprimidas exigiam igualdade. Na nossa versão, duas actrizes têm de fazer um espectáculo sozinhas. Criam, fazem a dramaturgia, decidem as luzes, a música, o cenário, os figurinos. Não se trata de fazer uma apologia da centralidade da função do actor em detrimento de todas as outras. Pelo contrário, é uma experiência de sobrevivência, revelando que o colectivo continua a ser a base fundamental do teatro – tal como a comunidade é a base da sociedade.

    O texto contém também uma profunda reflexão sobre o próprio teatro, sobre os actores, os dramaturgos, sobre as estruturas que sustentam o teatro. A visão de Williams é bastante pessimista, não colocando o ónus do desencontro entre o teatro e o público apenas no público, mas sobretudo no teatro, no seu carácter hermético, na sua incapacidade para comunicar com o presente.

    Depois de termos sobrevivido a uma crise pandémica com as salas de espectáculos fechadas durante meses, voltamos para fazer teatro. Mas que teatro? O teatro serve para quê?» (Carla Galvão e Sara de Castro)». Saiba mais.




    domingo, 4 de julho de 2021

    VOLTEMOS À EXPOSIÇÃO «TUDO O QUE EU QUERO» INCLUÍDA NO PROGRAMA CULTURAL DA PRESIDÊNCIA PORTUGUESA DO CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA | o núcleo «As Mulheres do Meu País»


     Voltamos à exposição «Tudo o que eu quero» - que pode ser vista (Entrada Gratuita) na Gulbenkian  até ao próximo dia 23 de agosto  - incluída no Programa Cultural da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia - veja aqui. Hoje destacamos o núcleo «As Mulheres do Meu País»: 

    «Um dos mais extraordinários gestos a favor do conhecimento e da afirmação das mulheres num país deprimido e subjugado por um regime autoritário e por normas morais machistas, o projeto As Mulheres do Meu País, de Maria Lamas, reúne uma extensa recolha de imagens através das quais a autora faz um relato pormenorizado dos costumes, das atividades e das condições de vida das mulheres portuguesas em meados do século XX.

    Tendo uma inesperada relação com os projetos fotográficos que deram corpo à chamada Nova Objetividade – com o trabalho de Walker Evans para a Farm Security Administration em posição de destaque – este livro é, mais do que um criterioso e aturado retrato, uma homenagem de Maria Lamas às suas compatriotas, um tributo ao lado mais heroico e abnegado da população portuguesa e uma denúncia do profundo desconhecimento e desconsideração coletiva a que esse mesmo lado tantas vezes é votado».

    A exposição também está no Google. Sobre Maria Lamas aqui.

    Ainda a propósito do núcleo «As Mulheres do Meu País» visite o Blogue de Alexandre Pomar: Maria Lamas 2021. Excerto: 

    «É com muito agrado que vejo a Maria Lamas incluída na exp. "TUDO O QUE EU QUERO - Artistas Portuguesas de 1900 a 2020" que vai inaugurar na Gulbenkian no dia 2. Desde 2008, pelo menos, que fui escrevendo no blog sobre as fotografias que fez para "As Mulheres do meu País" e sobre outras que escolheu para a publicação em fascículos de 1949-50. Muito bem reeditada em facsímili pela Caminho em 2004, com recurso às provas originais (ed. esgotada e últimos exemplares guilhotinados pela Leya.

    Em 1947, quando Maria Lamas dá início às suas viagens pelo país para a publicação do inquérito-reportagem 'As Mulheres do Meu País', tem 53 anos, e fora até há pouco directora com muito êxito da revista 'Modas e Bordados', do 'Século', jornalista e romancista - daí afastada por razões políticas. "Resolvi arranjar uma máquina e ser eu, também, fotógrafa", lê-se numa notícia publicada no boletim 'Ler - informação bibliográfica', das Publicações Europa-América (Maio-Junho 1948, pág. 10).

    "A obtenção de fotografias, confessa, foi uma das maiores dificuldades que encontrou, pois queria-as ‘verdadeiras, expressivas, com valor documental e inéditas’. Acabará por assumir-se como repórter fotográfica, num trabalho pioneiro" – escreveu-se no ‘O Primeiro de Janeiro', Porto, 28 de Abril de 1948 (entrevista na pág. "Das artes e das letras"). Além das suas fotos escolheu centenas de outras de arquivos que conhecia bem. Mas o livro fotográfico passou em silêncio, mesmo na história do António Sena.

    Os seus numerosos retratos de mulheres devem ser vistos como uma grande aventura fotográfica, com um sentido de documentário social, de denúncia e de esperança ou optimismo que tem de ser associado ao neo-realismo, como uma contribuição muitíssimo original (mesmo se não se falou à época de neo-realismo fotográfico). Nunca foram expostas até adiantados os anos 2000 (e seguramente não foram no seu tempo pensados como objecto de exposição, ou colecção, ou edição autónoma), e nem mesmo foram incluídos ou referenciados, ao que julgo, nas exposições documentais tardias sobre Maria Lamas. A fotografia tem por vezes esses invisíveis. (...)». É de lá a fotografia seguinte:



    «GLOBAL AUSTERITY ALERT/ LOOMING BUDGET CUTS IN 2021-25 AND ALTERNATIVE PATHWAYS»

     


    Disponível aqui



    sexta-feira, 2 de julho de 2021

    DOS OUTROS | «L’égalité professionnelle entre les femmes et les hommes dans la culture en Nouvelle-Aquitaine – Juin 2021 Chiffres clés»

     


    «Ces dernières années, de nombreuses études ont mis en lumière la question de la place des femmes dans les arts et la culture : les moyens dont elles disposent, les fonctions qu’elles exercent, les discriminations dont elles font l’objet.
    L’A. Agence culturelle Nouvelle-Aquitaine, a souhaité contribuer à une meilleure connaissance de ce sujet en réalisant une étude et en publiant les données que voici».



    quinta-feira, 1 de julho de 2021

    CENTRO CULTURAL DE BELÉM | Filme «Pele Escura» | e Debates | 4 JULHO 2021

     



    Programa e Horários


    «Seis amigos negros de locais diferentes da periferia de Lisboa – Porto Brandão e Cacém – decidem deslocar-se ao Centro Cultural de Belém para assistir a um espetáculo. Alternando o olhar entre o percurso de uns e de outros, ficamos a saber o que pensam e sentem enquanto se dirigem à cidade – Lisa, como lhe chamam. Uma reflexão sobre centro e periferia, negros e brancos, racismo e inclusão.

    Entre as várias sessões terão lugar diversas conversas no Pequeno Auditório que expandem e abordam as várias problemáticas que estão na génese de Pele Escura».