sexta-feira, 31 de julho de 2020

«Mulheres Esquecidas: Um ar que se lhes deu»




«Muitas mulheres têm sido esquecidas pela História. Ao longo de centenas de anos, líderes, cientistas, artistas, políticas ficaram à margem dos relatos. A que mulheres não se permitiu o devido (re)conhecimento? Isso continua a acontecer, hoje?

Muitas mulheres têm sido esquecidas pela História. As suas vidas não são contadas, as suas vozes parecem perder-se no éter. Ficaram à margem. Ao longo de centenas de anos, líderes, cientistas, artistas, políticas, ativistas ficaram à margem dos relatos históricos. Será que isso continua a acontecer, hoje? Quando termina este vazio? A que mulheres não se permitiu o devido (re)conhecimento público? Quem são e o que fizeram?

Margarida Tengarrinha, militante comunista que viveu 20 anos na clandestinidade sob várias identidades falsas, durante a ditadura portuguesa, só é encontrada na Wikipédia na página do marido. Maria Antónia Palla, conceituada jornalista, conhecida pelo seu trabalho sobre o aborto na década de 70, até recentemente só aparecia mencionada na famosa enciclopédia colaborativa online nas páginas do marido e filho (a sua página foi criada, entretanto). Há ainda o caso de Zillah Branco, uma mulher que sobreviveu a três golpes de Estado – Brasil, Chile, e Portugal –, trabalhou com Salvador Allende na reforma agrária e se juntou a um dos governos pós-ditatoriais em Portugal e que, conta a própria, trouxe do Chile para Portugal o grito “Soldado, amigo, o povo está contigo”. Tem apenas uma breve menção na página do marido. 

Muitas mulheres têm sido esquecidas pela História. As suas histórias não são contadas, as suas vozes dificilmente serão ouvidas. Muitas ficaram à margem pela condição subalterna que lhes foi atribuída. Isto continua a acontecer hoje? A Wikipédia parece refletir uma tendência generalizada e documentada de descrever as mulheres através das suas relações com os homens. E este vazio na grande enciclopédia online gratuita é, não só, extremamente difícil de preencher, mas, também, faz com que seja mais difícil para jornalistas, investigadores, curadores, e cidadãos em geral – assim como aos modelos de inteligência artificial que alimentam a informação presente na Wikipédia – terem conhecimento do trabalho dessas mulheres.

Quando termina este vazio? Porque existe, afinal? A que mulheres não se permitiu o devido (re)conhecimento público? Quem são e o que fizeram?

Vamos ouvir mulheres que, ao contrário dos seus pares masculinos, não viram o seu trabalho e história reconhecidos. Contar a vida das ignoradas no seu tempo. Perceber de onde vêm, afinal, estas lentes enviesadas com que vemos o mundo – e, em especial, qual o papel da Wikipédia no aprofundamento destas invisibilidades. Queremos perceber como funciona a maior enciclopédia gratuita online e como lida com um reconhecido enviesamento de género; aprofundar as razões pelas quais isto acontece e que impactos tem na maneira como são contadas as histórias das mulheres que falam português». Saiba mais, e como participar.



domingo, 26 de julho de 2020

SCARLETT CURTIS |«As Feministas Não Usam Cor-De-Rosa e Outras Mentiras»




SINOPSE
«Esta é uma coleção de ensaios inspiradores, escritos por diversas celebridades, ativistas e artistas, que aqui partilham o que significa para elas a palavra feminismo. Não existe apenas um significado, mas diversas vivências às quais se dá voz.
Divertido, com mensagens poderosas e pessoais, este livro foi escrito por mulheres para mulheres. É um testemunho repleto de inspiração, com críticas, desabafos e manifestos de mulheres extraordinárias.
Cada mulher tem uma história diferente para contar. É urgente sabermos ouvir».
Saiba mais.



«Germany, Portugal and Slovenia, the Member States holding the Presidency of the Council of the European Union during the 18-month period from July 2020 to December 2021, hereby present this joint declaration on gender equality»



sábado, 25 de julho de 2020

«Mas nunca tinha ouvido falar da sua mulher, Annie Goldmann, que morreu há dias»





Chegámos ao livro da imagem ao lermos a crónica de Pedro Mexia no semanário Expresso desta semana. Se puder não perca: levanta muitas das questões que temos visto abordadas em diversas situações na esfera da «problemática feminista» e também de «mulheres esquecidas». É de lá este excerto:

«Um dos mais insólitos livros de crítica literária que conheço é “Le dieu caché” (1955), do marxista heterodoxo Lucien Goldmann, brilhante ensaio sobre dois escritores quase imprestáveis para um marxista ortodoxo: Pascal e Racine. Mas nunca tinha ouvido falar da sua mulher, Annie Goldmann, que morreu há dias. Além de diversos trabalhos de sociologia do cinema, chamou-me a atenção num obituário a referência a um livro de 1984, com o título, desinspirado, “Rêves d’amour perdus”, depois esclarecido pelo subtítulo “As mulheres no romance [francês] do século XIX”. Já o li entretanto, e o programa de trabalho, claríssimo, é cumprido escrupulosamente: trata-se de “reler, a partir da problemática feminista, os romances que alimentaram a minha adolescência e continuam sem dúvida a despertar a sensibilidade literária e humana das mulheres de hoje”. 
Vale a pena fazer várias perguntas: porquê “a partir da problemática feminista” e não “com uma perspectiva feminista”; porquê apenas romances escritos por homens (Stendhal, Balzac, Flaubert, Maupassant, Zola); porquê falar sobre mulheres de acordo com a visão que os homens tinham delas; e por que razão é que as mulheres de hoje haveriam de se identificar com estas personagens? Annie Goldmann é muito honesta nas respostas que apresenta: os romances são de homens porque não havia à época, na literatura francesa, romancistas mulheres à mesma altura; a problemática feminista em todos estes romances é indiscutível, ainda que não a leitura feminista; a imagem que os homens tinham das mulheres decorria da imagem lúcida que nos deixaram da sociedade em que viviam; e quanto à identificação, o que acontece é que “a personagem romanesca (...) leva aos limites a lógica e as consequências dos seus actos; a sua vida apresenta assim uma coerência ideal que a vida real dos homens e mulheres não atinge. É por isso que é emblemática”. (…)».



quinta-feira, 23 de julho de 2020

MANUELA EANES | «Mulher Vítima.Criança Vítima»






Excerto:
«(…)A violência doméstica tem um impacto muito traumático nas Crianças, e é por isso que a Lei deve consagrar expressamente este conceito mais alargado que corresponde ao conhecimento científico atual sobre esta matéria tão complexa quão devastadora.
A petição hoje entregue tem, pois, como grande objetivo a exigência de uma legislação clara e inequívoca.Os fundamentos apresentados no sentido de que as normas legais existentes já permitiam essa proteção não são realistas. Com efeito, o que se constata é que as instâncias de decisão não consentem essa interpretação, o que conduz a uma desproteção da Criança vítima. Urge por isso aprovar medidas claras que respondam a essa necessidade. (…)».



quarta-feira, 22 de julho de 2020

TA-NEHISI COATES | «A Dança da Água»







«Do autor vencedor do National Book Award, A Dança da Água é um romance de estreia ousado, sobre um dom mágico, uma perda devastadora e a guerra pela liberdade.
O jovem Hiram Walker nasceu escravo, numa plantação na Virgínia. Quando a sua mãe foi vendida, Hiram ficou sem qualquer memória dela, mas recebeu um poder misterioso.
Anos mais tarde, quando Hiram quase se afoga num rio, esse mesmo poder salva-lhe a vida. Este encontro com a morte, acorda em Hiram uma vontade urgente que o leva a criar um plano ousado: fugir da única casa que alguma vez conheceu.

Assim começa a viagem inesperada que leva Hiram da grandeza corrupta das plantações em Virgínia a células de guerrilhas no deserto, do caixão do Sul Profundo a movimentos perigosamente idealistas do Norte. E, mesmo no meio da guerra entre escravos e esclavagistas, Hiram permanece decidido em resgatar a familia que deixou para trás.

Esta é a história dramática de uma atrocidade infligida a gerações de mulheres, homens e crianças - a separação violenta e caprichosa de famílias e a guerra que eles travam para, simplesmente, estarem com as pessoas que amam. Escrito por um dos autores mais emocionantes da atualidade, A Dança da Água é um trabalho transcendente que restaura a humanidade daqueles a quem foi tirado tudo».Saiba mais.



domingo, 19 de julho de 2020

MÁSCARAS CRIATIVAS | «Equal Pay»



BRUNO VIEIRA AMARAL | «uma ida ao motel/ e outras histórias»






Sinopse
«O mundo em redor de Lisboa, a Margem Sul, as famílias dos bairros suburbanos, as personagens que encontramos todos os dias - e que escondem os seus dramas, revelados neste livro.
Para compor o mosaico das suas personagens, Bruno Vieira Amaral não recorre à literatura e à sua solenidade, mas aos bairros onde viveu e que fazem já parte do universo dos seus romances, As Primeiras Coisas e Hoje Estarás Comigo no Paraíso. São pessoas perdidas, com vidas amargas que raramente aparecem nas páginas dos jornais a não ser para ocuparem espaço nas secções de crime ou das tragédias familiares: mulheres e homens que conhecem a pobreza, os transportes suburbanos, os sonhos que nunca se realizam, as famílias desfeitas, os amores impossíveis - e os desejos sem nome.
Há as mulheres desprezadas por maridos cruéis ou apenas distraídos, as avós guerreiras, os suicidas previsíveis, os pobres que resistem às adversidades, os adolescentes negros dos bairros da Margem Sul, prostitutas, doentes sem companhia. E uma ironia que festeja a salvação iminente, o espírito de combate, a luz do dia». Saiba mais.


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E da critica de Pedro Mexia no Expresso desta semana:
«Invulgarmente bons, os dois romances de Bruno Vieira Amaral (“As Primeiras Coisas”, 2014, e “Hoje Estarás Comigo no Paraíso”, 2017) manifestaram uma vontade de resgatar para a nossa ficção os subúrbios e as gentes desfavorecidas, sem pietismos marxistas ou católicos. Em ambos, as fronteiras entre o biográfico e o imaginado, como entre os géneros, eram incertas (romance?, memórias?, reportagem?, investigação?). “Uma Ida ao Motel e Outras Histórias” não tem essa ambiguidade. Partindo de referências imediatamente situáveis (as “trusses” e as marquises de alumínio, as lojistas e as videntes, Ana Malhoa e a Baixa da Banheira), os textos descrevem, mais do que determinado meio, determinadas situações (traumas de infância,
ressentimentos conjugais, encarregados de educação ineptos, iniquidades laborais, as sogras com faro “para a podridão moral”, a “sombra tétrica” do coito, o “fordismo fodista” dos motéis). Se alguns contos não vão além do fragmento sociológico, com a violência como remate abrupto e insatisfatório, outros têm momentos de verdadeira força expressiva, como os nomes índios de uma empregada de restaurante (já se chamou “Catorze Anos”, agora chama-se “Cinquenta Almoços”), o jovem negro que fala como o estereótipo que esperam que seja, os estudantes no refeitório da escola que saciam uma fome que vem de casa, a miúda que devolve presentes a um admirador mas guarda um casaco (“como recordação platónica e por ser quentinho”). Bem escritos, sem literatice ou sentimentalismo,  (…)».

sábado, 18 de julho de 2020

ANTÓNIO GUTERRES |«Nelson Mandela foi um gigante moral do século 20 e o seu legado continua a nos guiar»






«Na data em que as Nações Unidas marcam o Dia Internacional Nelson Mandela – a cada 18 de julho –, o secretário-geral da organização destacou o papel do sul-africano como “defensor global extraordinário da igualdade, da dignidade e da solidariedade”. (…). Continue a ler na ONU Brasil.





PALAVRAS QUE VÊM DO FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA 2020 | «Há uma grande onda social que tenta dividir, fragilizar, estigmatizar, politizar e radicalizar falsamente ofeminismo»





Excertos do artigo do Público: «(…)Tambem por isso, sublinham, "há hoje uma grande onda social que tenta dividir, fragilizar, estigmatizar, politizar e radicalizar falsamente" o feminismo, para manter o conservadorismo intacto no poder. Dai que Frida Kahlo surja, as tantas, transformada em objecto de feminismo pop, esvaziada de conteudo e "convertida numa chavena de cafe". "E, assim, desaparece como elemento de luta", aponta Agnes. Rebota aponta no sentido contrario: quer repor a luta e garantir que as vozes nao se calam e os assassinios nao sao esquecidos (...)  Future Lovers, acredita Gimenez, "ajuda-nos a compreender melhor o facto de recordarmos profundamente como eramos noutros momentos da vida, porque nos recorda, entre outras coisas, como podiamos ter sido e não somos".  (...)».
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sexta-feira, 17 de julho de 2020

«Social partners’ webinar on gender equality and diversity in the European Audiovisual sector»




«The social partners of the EU Social Dialogue Committee in the Audiovisual sector - commercial and public broadcasters, producers, trade unions representing journalists, cast and crew, and other audiovisual professionals – have been cooperating to promote gender equality in film, radio and television for many years.
After the adoption of a Framework of Actions in 2011, they launched a joint mapping exercise to collect information on the state-of-play and to identify the actions still needed to keep pushing for gender equality and diversity in the European Audiovisual sector. The project was initiated in 2018 and received the financial support of the European Union. The result of this work has been published in May 2020 in the form of a Good Practice Handbook available in English, French, German and Spanish and that can be downloaded here:
https://www.equalitydiversityinavsect...
To present the Handbook and hear from professionals on the ground, the European social partners organised a webinar on Tuesday 23 June 2020. (…)». Continue a ler/ver.

FIA | « Manual on Combatting Sexual Harassment»



Veja aqui também «Combatting Sexual Harassment: Resources, Inspiration and Good Practice»



«WOMEN RISE FOR ALL» |Mulheres do mundo todo falaram em um evento especial convocado pela vice-secretária-geral das Nações Unidas Amina Mohammed nesta terça-feira (14) para destacar a liderança feminina da linha de frente do enfrentamento à COVID-19.






E da ONU Brasil: «Mulheres do mundo todo falaram em um evento especial convocado pela vice-secretária-geral das Nações Unidas Amina Mohammed nesta terça-feira (14) para destacar a liderança feminina da linha de frente do enfrentamento à COVID-19.
Como parte da Década de Ação para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) – o modelo para um mundo mais saudável, mais equitativo e mais pacífico – o evento interativo apoiado pelo Escritório de Parcerias da ONU reúne mulheres influentes para ver como sua liderança está moldando a resposta à COVID -19 e os esforços para recuperar melhor.
Do local ao global, o Women Rise for All destacará a liderança inspiradora e debaterá questões críticas que o mundo está enfrentando agora.
Entre as participantes estavam a presidente da Suíça, o primeiro-ministro de Barbados e a primeira presidente eleita da África, a ex-presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf. O discurso de abertura será feito pela defensora dos ODS Graça Machel.
Outras palestrantes incluíram a vencedora Prêmio Nobel da Paz Leymah Gbowee; as defensoras dos ODS Dia Mirza e Alaa Murabit; a vice-presidente do Standard Chartered Bank Group para a África, Bola Adesola; a embaixadora da ONU Mulheres no Paquistão, Muniba Mazari; a secretária de Saúde e Justiça Social de Querala, na Índia, KK Shailaja; a oficial de Saúde da província Colúmbia Britânica, no Canadá, Bonnie Henry. (…)». Continue a ler



quinta-feira, 16 de julho de 2020

NO FESTIVAL DE TEATRO DE ALMADA | «A Criada Zerlina» | DE 22 A 26 DE JUL 2020






«Zerlina é uma das mais famosas criadas de sempre. A sua história, de aparência simples, é formada por uma sobreposição de camadas que a tornam não apenas complexa como plural. A personagem, que surge num dos contos de Os inocentes (de 1950, que não por acaso os franceses traduziram por Os irreponsáveis), nasceu às mãos do escritor austríaco modernista Hermann Broch (1886-1951), um autor para quem a definição de arte tinha de assentar numa filiação relativamente à quintessência da humanidade, e jamais no belo pelo belo.
Num exercício retrospectivo, Zerlina expõe uma história de paixão atravessada pelo ressentimento sexual e classista, por um erotismo primitivo e por uma obsessão ética. Zerlina integra a vasta galeria daqueles em quem a brutalidade jamais cedeu à civilização, e que por essa razão transportam, sem consciência disso, as bandeiras mais tenebrosas, e desde logo a do nazismo, que Broch, judeu perseguido, dissecou nas suas razões ocultas.
Jeanne Moreau interpretou Zerlina em 1986 no Théâtre des Bouffes-du-Nord, numa famosa encenação de Klaus Michael Grüber. Em Portugal, a Zerlina mais famosa é a de Eunice Muñoz (dirigida por João Perry em 1988). Agora é a vez de Luísa Cruz, num desempenho que lhe valeu um Globo de Ouro em 2019, sendo dirigida pelo cineasta João Botelho, naquela que constituiu a sua estreia como encenador teatral». Saiba mais


segunda-feira, 13 de julho de 2020

A PINTORA MARIA BEATRIZ MORREU | «Uma pintora única, uma mulher fascinante, que o país e o mundo têm obrigação de conhecer»





Morreu MARIA BEATRIZ. «A pintora Maria Beatriz, a artista que fez da arte processo de emancipação, morreu aos 80 anos, no sábado, na cidade de Amesterdão, na Holanda, país onde vivia desde 1970, disse à Lusa fonte da Galeria Ratton. “Todo o meu trabalho lida com a emancipação, especificamente com a nossa luta pela libertação”, escreveu Maria Beatriz, no ‘site’ de apresentação das suas obras e do seu percurso. (…)». Continue a ler no Observador. Ainda, de lá:

«(…) O país, porém, dava-lhe “falta de ar”, como disse em 2017, numa entrevista à historiadora Emília Ferreira, atual diretora do Museu Nacional de Arte Contemporânea (Museu do Chiado), para a unidade de investigação “Faces de Eva – Estudos sobre a Mulher”, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
“Não havia qualquer possibilidade para os jovens escolherem a sua vida”, recordou Maria Beatriz. “Os rapazes viram-se a ter de seguir o serviço militar e a partir para a guerra. Muitos desertaram e fugiram sem nada para o estrangeiro. Muitas famílias não apoiaram tal decisão. E a rutura foi enorme. As raparigas viram-se metidas num espartilho de proibições e preconceitos — para uma moça como eu era, não conforme, rebelde e desejosa de poder escolher a direção a dar à minha vida, a opção foi partir. Encontrei em Londres independência económica e liberdade de ação”, acrescentou. (...)».
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Saiba mais, por exemplo no Blogue Alexandre Pomar: Maria Beatriz (desde 1981)




domingo, 12 de julho de 2020

MIGUEL CARVALHO | «Amália/Ditadura e Revolução/A história secreta»





SINOPSE
«Chamaram-lhe cantora do regime. Acusada de servir a ditadura e colaborar com a polícia política (PIDE), foi perseguida e ostracizada após 25 de Abril de 1974, reconquistando depois a unanimidade enquanto voz de Portugal no Mundo. Esta é a história secreta da vida de Amália Rodrigues.
Como se relacionou com o Estado Novo e sobreviveu à admiração por Salazar?
Como enfrentou a pobreza, seduziu a aristocracia e os intelectuais?
Como ajudou presos políticos, cantou poetas proibidos, colaborou com antifascistas e financiou clandestinamente a oposição e o PCP?
Como sobreviveu aos boatos, ataques e tentativas de silenciamento no pós-revolução?
Como é que os políticos, os músicos, os poetas, a ditadura e a democracia lidaram com a maior cantora portuguesa de sempre?
  Amália - Ditadura e Revolução - A história secreta é uma investigação jornalística que atravessa dois regimes, vários continentes e reúne perto de uma centena de entrevistas e depoimentos exclusivos, gravações inéditas da fadista e de personalidades que com ela conviveram, milhares de páginas de documentos nunca revelados, além de cartas e fotografias desconhecidas da cantora». Saiba mais.




«SG's progress report 2020»






sábado, 11 de julho de 2020

FILME | «Três Realizadoras Portuguesas»



«O título não podia ser mais explícito: “Três Realizadoras Portuguesas”, que chega às salas de cinema a 9 de Julho, é uma coletânea das mais recentes curtas-metragens de Sofia Bost, Mariana Galvão e Leonor Teles.

Dando destaque ao formato das curtas-metragens, que não têm, nos tempos que correm, encontrando grande espaço nas salas de cinema comuns, esta é uma iniciativa importante. Ainda para mais porque alia a clara intenção de dar relevo ao cinema no feminino, tentando colmatar uma já muito documentada falha na indústria (e que, de resto, tem levado ao surgimento de movimentos que propõem equidade de oportunidades e pagamento igual entre géneros). Os filmes escolhidos destacam-se, inclusive, pela predominância das personagens femininas, personagens despachadas e com garra, e que são tão importantes para uma igualdade de representação e uma crescente igualdade de géneros na sociedade. (...). Continue a ler.







quinta-feira, 9 de julho de 2020

«FUNDING FOR GENDER EQUALITY AND THE EMPOWERMENT OF WOMEN AND GIRLS IN HUMANITARIAN PROGRAMMING»




«Women and girls are negatively and disproportionately impacted by disasters and conflict. These crises affect their life expectancy, education, maternal health, livelihoods, nutrition, and the levels of violence they experience. At the same time, women are also often first responders and leaders in humanitarian response, though they are often portrayed only as victims and passive beneficiaries of aid.
To ensure that the specific needs and rights of crisis-affected women and girls are met, and to achieve effective—as well as rights-based—humanitarian outcomes, it is essential that we have clarity on existing levels of funding for women and girls in humanitarian programming and to what extent that funding meets the requested needs.
To this end, UN Women and UNFPA conducted a research study on “Funding for gender equality and the empowerment of women and girls [GEEWG] in humanitarian programming”.  The study is based on global desk research and case study focus on Bangladesh, Jordan, Nigeria, and Somalia (including field visits to Somalia and Bangladesh), and ascertains existing funding flows—and the impact of any shortfall—to GEEWG in humanitarian action, including the levels of funding requested, funding received, and the consequences of the funding gap».