domingo, 26 de fevereiro de 2023

«MAL VIVER / VIVER MAL» | são filmes de João Canijo e com «Mal Viver» ganhou o Urso de Prata | PARTILHEMOS ESTA ALEGRIA !

 




Recorramos a titulo do trabalho do Expresso de Francisco Ferreira: 

Festival de Berlim: João Canijo venceu este sábado o Prémio do Júri. “Mal Viver”/“Viver Mal” é um díptico assombrado pela maternidade

De lá estes excertos: « (...)Para esse hotel vai “Mal Viver” inventar um historial, uma família que foi passando o negócio de geração em geração. É uma família de mulheres. Quem pela primeira vez aparece em grande plano é Piedade, papel de Anabela Moreira. Ali vive e trabalha com a mãe Sara (Rita Blanco), que herdou a propriedade dos pais, a irmã Raquel (Cleia Almeida) e a prima Ângela, que tem a cozinha a seu cargo (Vera Barreto). (...).Para onde foi a sensualidade daquelas mulheres é coisa que os espelhos não dirão. A sensualidade ficou arrumada numas quantas dúzias de caixas de sapatos de salto alto que nunca mais foram usados e que já não servem a ninguém. Um dia contará talvez João Canijo porque há e porque filmou ele tantos pés nestes filmes. É uma recorrência, quando os corpos das mulheres se deitam, a descansar. Pernas e pés. Isto é muito japonês. A Nouvelle Vague sabia-o. Mas também Tarantino tem queda para o mesmo, quem conhece Tarantino como deve ser sabe do que estou a falar. Há mesmo personagens, como Alice e Júlia de “Viver Mal”, jovens namoradas (a homossexualidade é outra novidade nesta obra), que nos são apresentadas pelos pés antes dos rostos chegarem ao ecrã. Nada mau, nem elegância falta aqui ao cineasta que um dia realizou um filme chamado “Sapatos Pretos”. (...)»


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

«Prémio Literário Natália Correia»

 




UNIVERSITY OF CAMBRIDGE |«The Women Leading Change: Shaping Our Future Online Short Course»





«The Women Leading Change: Shaping Our Future online short course from the University of Cambridge Institute for Sustainability Leadership (CISL) aims to inspire and equip women to lead society and their organisations towards a more just and equitable future. 

Over eight weeks, you’ll examine the processes and levers of change through three lenses: society, organisations, teams and your own personal context. Enhance your ability to influence and drive system-wide change while embracing your authentic leadership voice. You’ll expand your network through dedicated interactive spaces and conversations with peers. You'll learn from a diverse range of expert practitioners and academics and be guided by tutors each week to apply what learning within your own context. Saiba mais.




terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

THOMAS PIKETTY |«Medir o Racismo, Vencer as Discriminações»

 

Sinopse

Um ensaio consagrado aos meios que permitem medir o racismo e lutar contra as discriminações mediante uma política social e económica baseada no universalismo.

«Digamo-lo de imediato: nenhum país, nenhuma sociedade inventou o modelo perfeito que permite lutar contra o racismo e as discriminações. O verdadeiro desafio é inventar um novo modelo, transnacional e universalista, que reinstaure a política antidiscriminatória no quadro mais geral de uma política social e económica, de feição igualitária e universal, e que assuma a realidade do racismo e das discriminações – para proporcionar a si mesmo os meios para os medir e corrigir, sem todavia cristalizar as identidades, que são sempre plurais e múltiplas.» Thomas Piketty. Saiba mais.



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

FILME |«Tár»

 


sinopse

Do produtor, realizador e argumentista Todd Field, chega TÁR, com Cate Blanchett no papel principal como Lydia Tár, a pioneira maestrina de uma ilustre orquestra alemã. Conhecemos Tár no auge da sua carreira, enquanto se preparara para o lançamento de um livro e para uma extremamente antecipada performance ao vivo da Sinfonia n.º 5 de Mahler. Ao longo das semanas subsequentes, a vida de Tár começa a desenrolar-se de uma maneira singularmente moderna. O resultado é uma abrasadora análise do poder e do seu impacto e durabilidade na sociedade contemporânea.




Excerto da critica de Luís Miguel Oliveira no jornal Público: «(...) Claro que, considerando a tensão dos tempos que vivemos, há uma ousadia de princípio em Tár, que facilmente (o que não significa correctamente) pode ser vista como uma provocação: é dos filmes mais me too que já se fizeram, mas a protagonista e abusadora é uma mulher, e uma mulher lésbica. É Lydia Tár (que Cate Blanchett interpreta superlativamente, sem favor nenhum está entre as mais impressionante performances de uma actriz já vistas em filmes do século XXI), poderosa e genial maestrina, a primeira mulher a dirigir a Filarmónica de Berlim — vale notar também que os sectores da música erudita, naquele desejo profundo de se sentir ofendido que é muito da época, já se entretiveram a encontrar possíveis inspirações para a personagem criada por Field e Blanchett, o que a ser verdade ressalvamos não pelo “escândalo” (que parece não ter pegado) mas como medida da profundidade com que obviamente a preparação do filme investigou o “meio”, de que dá um retrato hiper-realisticamente detalhado. Esse universo é, como qualquer outro universo contemporâneo, uma selva que convida ao egoísmo e ao individualismo, porque só os mais fortes sobrevivem. Mas esse egoísmo e individualismo podem ser características “naturais”, quase “zoológicas”, não necessariamente fruto de uma frieza calculada. É por isso que se a personagem de Tár é um “monstro”, essa monstruosidade pareça sempre algo de quase infantil, inconsciente de si própria, espontânea, ou justamente “animal”».

 


domingo, 19 de fevereiro de 2023

ROSA MONTEIRO|«O perigo de estar no meu perfeito juízo»

 



«Sempre soube que na minha cabeça alguma coisa não funcionava muito bem», diz-nos logo ao início Rosa Montero. Voltando ao solo fértil que alimentou A Louca da Casa, esta sua convicção encontrou eco em estudos científicos e dados concretos, mas sobretudo na observação da sua própria vida e nas biografias desses «loucos» e «estranhos» seres dedicados, como ela, à arte da escrita, almas que transformaram o sofrimento pessoal em matéria literária. Sylvia Plath, Emily Dickinson e muitos outros estão presentes nestas páginas repletas de empatia pelos dramas humanos e, ao mesmo tempo, de admiração por toda a beleza daí resultante.
O perigo de estar no meu perfeito juízo prova a capacidade extraordinária de Rosa Montero de misturar ficção, autobiografia e ensaio, resultando numa obra perspicaz, tocante e bem-humorada sobre o custo da «normalidade» e o valor da diferença. Saiba mais.

Leia também:



PRÉ-PUBLICAÇÃO DE "O PERIGO DE ESTAR NO MEU PERFEITO JUÍZO". HAVERÁ CRIATIVIDADE SEM LOUCURA?






sábado, 18 de fevereiro de 2023

AINDA É NOTÍCIA | Na Super Bowl, pela primeira vez, os caças que fizeram o sobrevoo de pré-jogo foram pilotados apenas por mulheres

 


Tirado da Newsletter da Executiva:

«O Super Bowl de domingo, a final da liga de futebol americano entre os Kansas City Chiefs e os Philadelphia Eagles, foi histórico por ter sido a primeira final em que ambas as equipas marcaram, no mínimo, 35 pontos, mas também porque, pela primeira vez, os caças que fizeram o sobrevoo de pré-jogo foram pilotados apenas por mulheres. Esta foi a ocasião escolhida para assinalar os 50 anos de mulheres a voar pela Marinha dos EUA, desde a entrada das oito primeiras mulheres para a escola de voo de Pensacola, na Flórida, em 1973. 
A formação em diamante homenageou também a capitã Rosemary Bryant Mariner, a primeira piloto feminina da Marinha norte-americana. Catie Perkowski, tenente e uma das pilotos escolhidas para a cerimónia, descreveu o voo como sendo "o sonho de qualquer piloto". "A sabedoria que ela [Mariner] partilhou foi realmente incrível. Ter a capacidade de representar pessoas como ela que vieram antes de nós e tornaram tudo o que fazemos possível é verdadeiramente uma honra", revelou Perkowski». Saiba mais no site da Executiva.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

A CAMINHO DO 8 MARÇO 2023 | DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES | «Juntas fazemos acontecer! |MDM - MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MULHERES


 «É com a certeza da luta que travamos todos os dias que faremos do dia 8 de Março de 2023 uma forte jornada de luta em defesa dos direitos das mulheres, um dia de forte ligação do MDM com as mulheres que estudam, trabalham e vivem nas diversas regiões do País e de novo realizaremos a Manifestação Nacional de Mulheres, a 4 e 11 de Março, no Porto e em Lisboa, momentos altos da projecção da força e vontade das mulheres em defender e exercer os seus direitos».


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

«DAR VOZ AO SILÊNCIO|A Comissão Independente apresentou, esta segunda-feira, o relatório sobre os abusos sexuais contra crianças na Igreja Católica portuguesa, depois de um ano a recolher testemunhos e denúncias de alegados casos verificados desde 1950»



Resumo - 21 pg.

Ainda:



De lá:«Uma dor imensa foi tornada pública nesta manhã de segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023. A dor dos menores, vítimas de abusos sexuais por parte de clérigos e outros homens e mulheres de Igreja. O grito de mais cinco centenas de vítimas foi escutado e validado pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica. A sós na solidão do seu sofrimento estarão ainda outras 4300 vítimas retraídas, mudas, caladas. (...)».


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

SE AINDA NÃO VIU | NA GALERIA QUADRUM |«Novas Novas Cartas Portuguesas»| ATÉ 26 FEV 2023 | LISBOA

 

Maria Teresa Horta; Existem Pedras (in Minha Senhora de Mim, 1971); 21 x 29,7 cm; Poema manuscrito pela autora em 2022; Cortesia da autora. © Joana Hintze | Veja aqui.



Novas Novas Cartas Portuguesas

Audun Alvestad, Aura, Fabiana Faleiros, Sara Graça, Rita Moreira, Delphine Seyrig, Caio Amado Soares, Francisca Sousa, Aleta Valente

novas novas cartas portuguesas galerias municipais capa
1/10

A exposição “Novas Novas Cartas Portuguesas” foi organizada por ocasião do 50.º aniversário de Novas Cartas Portuguesas, uma coleção de cartas escritas coletivamente por Maria Isabel Barreno (1939-2016), Maria Teresa Horta (*1937) e Maria Velho da Costa (1938-2020) e caracterizada pelas autoras como “inclassificável”. O seu formato foi inspirado na obra de Mariana Alcoforado (séc. XVII), que, forçada a ingressar muito jovem num convento, é lá que escreve Cartas Portuguesas: cinco cartas de amor repletas de esperança, depois incerteza e, finalmente, a convicção do abandono.

Publicado em 1972, o livro Novas Cartas Portuguesas foi considerado imoral e pornográfico pela ditadura portuguesa e imediatamente apreendido pela censura, o que levou ainda à instauração de um processo contra as escritoras. Porém, em face da pressão internacional, as três mulheres acabariam por ser absolvidas a 7 de maio de 1974, após a Revolução dos Cravos. (...)».Saiba mais.




terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

«EU SEI QUE VOU TE AMAR»

 


Vinícius De Moraes e Maria Creuza| Eu Sei Que Vou Te Amar





PODCAST | «As Mulheres não existem»

 

«As Mulheres Não Existem é um podcast sobre mulheres para ouvintes de todos os géneros. Porque persistem expetativas antiquadas e imerecidas sobre o papel das mulheres na sociedade, as autoras Carla Quevedo e Matilde Torres Pereira apresentam todas as segundas-feiras uma nova convidada para expor preconceitos e contrariar o título do próprio programa. As Mulheres Não Existem teve uma primeira temporada na Antena 1 e lança agora a segunda temporada no Expresso». Saiba mais.





domingo, 12 de fevereiro de 2023

EDIÇÃO BILINGUE | «POEMS» by Amália Rodrigues | «Amália Rodrigues (1920-1999), a mais célebre fadista de todos os tempos, foi também uma poeta notável, embora só nos últimos anos da sua extraordinária carreira tenha decidido cantar de forma sistemática os seus próprios versos e autorizado a sua publicação» | PREFÁCIO DE RUI VIEIRA NERY

 

RESUMO

"Amália Rodrigues (1920-1999), a mais célebre fadista de todos os tempos, foi também uma poeta notável, embora só nos últimos anos da sua extraordinária carreira tenha decidido cantar de forma sistemática os seus próprios versos e autorizado a sua publicação. Os poemas de Amália, inscrevendo-se numa tradição lírica popular mas ao mesmo tempo refletindo o seu conhecimento profundo da obra de alguns dos maiores poetas da Língua Portuguesa, que tinha cantado ao longo de toda a sua carreira, abrangem um leque muito amplo de temas e de emoções, desde exemplos de jogos de palavras habilidosos e cheios de humor, à evocação idealizada de tradições rurais multisseculares e à expressão de um profundo sentimento de desespero face à inevitabilidade de uma permanente angústia interior ditada pelo destino. Deste modo, transmitem-nos a essência da visão do mundo contida na lírica fadista e ajudam-nos a compreender melhor esta canção tão caracteristicamente portuguesa, que ao longo de dois séculos soube captar tanto da identidade cultural essencial de Portugal e foi, enquanto tal, inscrita pela UNESCO na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Esta edição bilingue contém todos os seus poemas já publicados, pela primeira vez traduzidos para Inglês por Jamie Rising, ilustrações originais de André Carrilho e um novo estudo crítico introdutório da autoria do mais reconhecido historiador atual do Fado, Rui Vieira Nery». Saiba mais.

EXPOSIÇÃO | « Diário - dias incertos» | DE FÁTIMA MENDONÇA NA GALERIA 111 | ATÉ 25 FEV 2023

 


sábado, 11 de fevereiro de 2023

«MEDIA GUIDANCE FOR THE DEVELOPMENT OF SELF-REGULATORY STANDARDS TO REPORT ON CASES OF VIOLENCE AGAINST WOMEN AND DOMESTIC VIOLENCE, BASED ON COUNCIL OF EUROPE STANDARDS»

 





«1. Introduction 
The media plays a crucial role in increasing awareness and changing harmful attitudes towards gender-based violence against women, especially in conflict and post-conflict areas1 . However, despite this important role, media professionals often lack systematic and continuous support, knowledge and understanding to approach the topic of violence against women and domestic violence in a gender-sensitive manner to raise public awareness of the problem. In Ukraine, women are often represented in media stereotypically (due to their physical appearance, or as mothers, wives or carers) and are nearly absent in male-dominated sectors. Cases of violence against women and domestic violence are typically under-reported and when they are reported, it is not in a gender sensitive ethical manner. This can be due to the lack of a set of standards for ethical reporting on gender equality/violence against women. To address this shortcoming, an interdisciplinary approach and cooperation between different professionals working on the issue of violence against women and media professionals is needed. These guidelines are designed in cooperation with national and international experts on gender equality, violence against women and media experts and professionals, with the purpose of providing Ukrainian media professionals with concrete guidance that would developing self-regulatory mechanisms to facilitate human rights-based, gender-sensitive and ethical reporting on violence against women and thus contribute to a more just and equal society for all. This media guidance has been developed under the project The Istanbul Convention: a tool to advance in fighting violence against women and domestic violence in Ukraine. Through this project, the Council of Europe aims to support and further develop capacities within Ukraine’s preventive and protective institutional mechanisms to prevent and protect victims of violence against women, while also aiding professionals who provide assistance to victims of violence against women and domestic violence to capably apply their knowledge and skills».


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

«Portugal lidera a incorporação das mulheres no mercado de trabalho na União Europeia, tendo atingido 50% da população ativa. No entanto, em termos de cargos executivos, apenas 6% dos CEO são mulheres»

 



De lá: «Portugal lidera a incorporação das mulheres no mercado de trabalho na União Europeia, tendo atingido 50% da população ativa. No entanto, em termos de cargos executivos, apenas 6% dos CEO são mulheres.

Estas são as conclusões do estudo “Women Matter” realizado pela McKinsey & Company, que analisou 45 empresas em Portugal e Espanha que empregam mais de 300 mil pessoas.

Apesar de Portugal se destacar nas questões de equidade laboral, a desigualdade de género no mercado de trabalho mantém-se e as mulheres continuam a enfrentar uma situação de disparidade na progressão profissional, ocupando apenas 6% dos cargos de liderança.

O mesmo acontece para as posições superiores, onde as mulheres portuguesas ocupam apenas 16% destes lugares, em comparação com uma representação média europeia de 22%.

O nosso país ocupa atualmente o 15.º lugar no Índice de Igualdade da União Europeia e o 29.º no Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial.

“Além dos benefícios óbvios em termos de igualdade de género, foi demonstrado que a liderança feminina tem um impacto positivo no bem-estar dos trabalhadores, uma vez que as gestoras de topo colocam maior ênfase no desenvolvimento profissional da equipa, no apoio aos colaboradores mais jovens, no bem-estar dos empregados e na flexibilidade do trabalho”, afirma Joana Magalhães Silva, sócia associada da McKinsey e co-líder do estudo (...)».




segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

TALVEZ LHE INTERESSE | PRÓXIMA CONVERSA COM O PÚBLICO NO TEATRO MUNICIPAL JOAQUIM BENITE |«Como escrever sobre o amor, hoje» | ALMADA | 11 FEV 2023 | 18:00 H | ENTRADA LIVRE

 


Sobre os convidados, no Em Cada Rosto Igualdade, temos posts sobre  Djaimilia Pereira de Almeida, por exemplo:  «ser uma escritora negra», e mais distante DJAIMILIA PEREIRA DE ALMEIDA | «Luanda, Lisboa, Paraíso».


De André Tecedeiro, assinalemos:


SINOPSE

«Tenho defendido que o século pertence às mulheres, ao seu paradigma enfim livre, ou ao menos insubmisso como nunca, fazendo também com que as poetas se tornem muito mais vibrantes do que os poetas recentes. O André Tecedeiro, contudo, comporta uma retumbante excepção. Às voltas com as questões do corpo, muito outras das que foram trabalhadas exaustivamente por grande tempo no século XX, o seu lugar é uma das últimas novidades masculinas no que ao debate poético diz respeito. O homem que Tecedeiro implica é aquele que falta, o que faz falta, o que ainda nos pode ensinar e deslumbrar.
Apela à minha sensibilidade sobretudo o jeito que tem de se estudar sem sucumbir à angústia. Não lhe falta contundência, clareza ou sobriedade, mas não se entrega exactamente a um aparato trágico de efeitos alardes ou exagerados. É um pensador junto à ciência possível. Interessa-lhe conhecer e mudar. Interessa-lhe a arte e a sabedoria, como se estivesse ao pé de educar a própria natureza. Ao pé de educar o corpo.
Considero-o um dos mais importantes poetas portugueses surgidos neste século. Breve e de aparência simples, a sua profundidade é uma hipótese de completude. Essa impossível coisa para que, por utopia, tendemos a correr.»
Valter Hugo Mãe

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E lembremos as coordenadas do CICLO DE CONVERSAS a decorrer - o destaque é nosso:«O mais extremo amor da nossa História, tão tresloucado que levou o rei D. Pedro a coroar Inês de Castro depois de morta, paira como tema e obsessão sobre a literatura ibérica dos últimos séculos. De Os Lusíadas aos poetas contemporâneos, não faltam exemplos de revisitações desta tragédia. Em paralelo com a reposição de um desses exemplos, a peça de Luis Vélez de Guevara (autor espanhol do séc. XVII), tentaremos pensar o drama da paixão funesta com o olhar do nosso tempo, examinaremos os ecos e legados da tradição literária do século de ouro (Siglo de Oro) e exploraremos a coragem, ou desassombro, de quem se atreve a escrever sobre o amor na era do distanciamento irónico e do cinismo».



«A demissão de Jacinda Ardern e o equilíbrio entre a vida pública e familiar»

 


Leia aqui

O artigo começa assim: 

«A demissão inesperada da primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, que mudou a face da política global quando, ao ser eleita, se tornou na mais jovem chefe de Estado mundo, lança uma luz sobre as exigências punitivas enfrentadas pelas mulheres no poder.

Retendo as lágrimas ao fazer a sua declaração de saída, a política de 42 anos disse que era altura de se afastar, após cinco anos e meio no cargo. “Os políticos são humanos”, declarou. “Damos tudo o que podemos, enquanto pudermos, e depois é tempo [de sair]. E para mim, chegou a hora.” (...)».



domingo, 5 de fevereiro de 2023

RIJKSMUSEUM | EXPOSIÇÃO | «SLAVERY» | veja online

 


Veja aqui

Stories about slavery. Not as an abstract concept, but in the form of personal and true stories. Stories from Brazil, Suriname and the Caribbean, as well as from South Africa and Asia. Stories about people who were enslaved or were slave owners, about people who benefited from the system or fought against it. They are an inextricable part of our history.



sábado, 4 de fevereiro de 2023

«Nas­cida a 29 de Ja­neiro de 1923, Laura Lopes fez no do­mingo 100 anos. Na­tural de uma fa­mília ope­rária, foi pro­fes­sora, jor­na­lista, ad­vo­gada de presos po­lí­ticos e de sin­di­catos, mi­li­tante co­mu­nista, di­ri­gente e ac­ti­vista do Mo­vi­mento De­mo­crá­tico e Mu­lheres e do Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração»

 


A partir do jornal Avante!:

«Nas­cida a 29 de Ja­neiro de 1923, Laura Lopes fez no do­mingo 100 anos. Na­tural de uma fa­mília ope­rária, foi pro­fes­sora, jor­na­lista, ad­vo­gada de presos po­lí­ticos e de sin­di­catos, mi­li­tante co­mu­nista, di­ri­gente e ac­ti­vista do Mo­vi­mento De­mo­crá­tico e Mu­lheres e do Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração. A sua as­si­na­tura, aliás, consta no do­cu­mento que deu exis­tência legal ao CPPC, for­ma­li­zada em Abril de 1976.

Atenta desde muito jovem ao mundo que a ro­deava, Laura Lopes tinha 26 anos quando par­ti­cipa na sua pri­meira acção pú­blica em de­fesa da paz, pro­mo­vida pelo MUD Ju­venil: a 9 de Abril de 1949, poucos dias após a cri­ação da NATO, que in­te­grava Por­tugal, co­locou uma coroa de flores no mo­nu­mento aos mortos da Grande Guerra, com a ins­crição A Ju­ven­tude luta pela Paz. Em 1950, foi de­tida por re­co­lher as­si­na­turas para o Apelo de Es­to­colmo, contra as armas nu­cle­ares.

Com Vasco Ca­bral e Ma­nuel Va­la­dares, in­te­grou a de­le­gação por­tu­guesa ao Con­gresso dos Povos para a Paz de 1952, em Viena. Apoiou a can­di­da­tura pre­si­den­cial de Ruy Luís Gomes, em 1952, sendo por isso de­mi­tida do en­sino. Par­ti­cipou na As­sem­bleia do Con­selho Mun­dial da Paz, em Sófia, pouco antes do 25 de Abril, jun­ta­mente com Ur­bano Ta­vares Ro­dri­gues e Vasco Ma­ga­lhães Vi­lhena. Foi ac­ti­vista da Co­missão De­mo­crá­tica Elei­toral (CDE) e es­teve no III Con­gresso da Opo­sição De­mo­crá­tica, re­a­li­zado em 1973 na ci­dade de Aveiro. Du­rante o pe­ríodo que viveu em Paris, liga-se à Co­missão Na­ci­onal da Paz e Co­o­pe­ração.

Após a Re­vo­lução, par­ti­cipou em di­versas ini­ci­a­tivas in­ter­na­ci­o­nais re­la­ci­o­nadas com a de­fesa da paz, tanto em re­pre­sen­tação do CPPC como do MDM: entre elas, des­tacam-se a Con­fe­rência das Mu­lheres para a Se­gu­rança e Co­o­pe­ração na Eu­ropa, em Hel­sín­quia, e ou­tras reu­niões, con­gressos, as­sem­bleias e en­con­tros re­a­li­zados em di­versos países do Mundo. (...)»

E no blogue SILÊNCIOS E  MEMÓRIAS:

 





sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

«Image as Protest brings together two powerful bodies of work by Joy Gerrard (b. 1971) and Dame Paula Rego RA (1935 - 2022), centred on women’s rights, that highlight different ways in which protest can be manifested»

 



«Several new drawings by Joy Gerrard of protest crowds, including those in the US demonstrating against the repeal of Roe v Wade - the ruling that ended abortion access nationwide - and the massive protests in Berlin in support of women in Iran, will be shown alongside Paula Rego’s seminal abortion series. Conceived over twenty years ago to campaign for the legalisation of abortion in Portugal, Rego shows women undergoing illegal backstreet operations. Further prints by Rego, explicitly dealing with violence against women, including sex trafficking and female genital mutilation (FGM), will also be displayed».Veja aqui.


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS? | «A Autoridade para as Condições do Trabalho notifica hoje cerca de 1500 entidades empregadoras que apresentaram disparidades no Balanço das diferenças remuneratórias entre homens e mulheres»

 


02-02-2023 
Balanço das diferenças remuneratórias entre homens e mulheres  
A Autoridade para as Condições do Trabalho notifica hoje cerca de 1500 entidades empregadoras que apresentaram disparidades no Balanço das diferenças remuneratórias entre homens e mulheres.

Cabe agora às entidades empregadoras demonstrar que as diferenças remuneratórias não resultam de práticas discriminatórias.


Saiba mais